A 6ª Marcha do Silêncio, promovida pelo “Grupo Tortura Nunca Mais” e movimentos sociais parceiros, ocorre nesta terça-feira, (1º). Com o tema “1964 – Ainda Estamos Aqui!”, o ato político-cultural reunirá ativistas, sociedade civil, poder público, representantes de partidos, sindicatos e organizações defensoras dos direitos humanos, além da comunidade escolar e acadêmica, em defesa da memória e da verdade contra os males causados pela Ditadura Militar (1964-1985).
Este ano, a iniciativa conta com o apoio da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH). O secretário da pasta, Felipe Freitas, e o ex-ministro dos Direitos Humanos e atual assessor de memória e verdade do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), Nilmário Miranda, marcarão presença no ato.
A concentração está prevista para as 14h30, na Praça da Piedade, e o cortejo sairá às 17h, em direção ao “Monumento aos Mortos e Desaparecidos Baianos”, no Campo da Pólvora, em Salvador. No local, parentes, amigos e ex-companheiros dos 32 desaparecidos baianos durante o nefasto regime militar se reunirão para homenagens e reflexões. Realizada anualmente, a Marcha do Silêncio busca reafirmar o compromisso com a memória, a verdade e a justiça, garantindo a não repetição das graves violações de direitos humanos cometidas pela ditadura militar no Brasil. Em 2025, a manifestação assume um caráter ainda mais emblemático diante do cenário nacional e das ameaças à democracia.
“A Marcha é um momento de reflexão coletiva sobre os horrores do regime militar, honrando a memória dos mortos e desaparecidos e reafirmando o compromisso com a construção de uma sociedade justa e democrática. Nesse sentido, a realização da Marcha do Silêncio em 2025 é fundamental para reafirmar o compromisso com os valores democráticos, denunciar as violações do passado e do presente e fortalecer a luta por justiça e liberdade”, declara Sirlene Assis, presidente do ‘Tortura Nunca Mais’.
Tema da 6ª edição
O tema deste ano faz alusão ao longa-metragem brasileiro Ainda Estou Aqui, premiado como Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. Dirigida por Walter Salles, a obra cinematográfica aborda justamente o tema do golpe militar, a resistência e o papel central de Eunice Paiva — viúva do deputado Rubens Paiva, torturado e assassinado pela ditadura em 1971 — em sua busca por respostas sobre o paradeiro do marido.
A 6ª edição da Marcha também incorpora a pauta “Sem anistia: prisão para os golpistas!”, defendendo que os responsáveis pela tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2022 sejam responsabilizados pelos seus atos. A proposta estabelece um elo entre passado e presente para evitar que esses agentes recebam o “perdão” concedido aos acusados dos crimes cometidos durante o golpe civil-militar de 1964.
Fonte: Ascom/SJDH
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