Dois dos mais tradicionais blocos afro de Salvador, Olodum e Cortejo Afro desfilaram na última sexta-feira (17) à noite no Circuito Osmar (Campo Grande). Mais cedo, no final da tarde, o Olodum ainda percorreu as ruas do circuito Batatinha (Pelourinho).
Fundado em 1979, o Olodum resgatou no Carnaval deste ano a história do instrumento que eternizou o grupo, com o tema “Tambores: a Batida do Coração – Caminhos da Eternidade”. No domingo (19), a banda desfila no circuito Dodô (Barra-Ondina).
Já o Cortejo Afro, que completa 25 anos de existência em 2023, celebrou Logunedé, o orixá menino, filho do caçador Oxóssi com a deusa das águas doces Oxum, através das cores, dos sons e dos símbolos do desfile. O bloco vai às ruas novamente no domingo e segunda-feira (20) no trajeto Barra-Ondina.
Em dezembro do ano passado, o prefeito Bruno Reis garantiu a remissão de dívidas tributárias, no valor total aproximado de R$ 2 milhões, de entidades culturais e carnavalescas de matriz africana. A medida possibilitou aos blocos afro receber apoio financeiro governamental para a folia, já que os principais programas de incentivo exigem como condição essencial à regularidade fiscal e tributária. Foram quase 200 instituições beneficiadas.
Além disso, a prefeitura de Salvador assegurou este ano um investimento recorde nos blocos afro, conforme anunciou o chefe do Executivo na apresentação oficial do Carnaval. “A expectativa esse ano é de que a prefeitura possa fazer o maior investimento da história em apoio a esses blocos. São mais de 150 instituições que receberão o apoio direto da prefeitura e tudo isso fortalece o nosso Carnaval”, afirmou o prefeito.
Fonte e Foto: SECOM