Artistas da Geração Z como Taylor Swift ajudaram a alavancar as vendas dos discos
Pela primeira vez desde 1987, os discos de vinil venderam mais unidades do que os CDs nos Estados Unidos, de acordo com o relatório anual de receita da Associação da Indústria Fonográfica da América (RIAA). Em 2020, foram vendidas 41 milhões de unidades de discos de vinil em comparação com 33 milhões de CDs.
O relatório anual de receita da RIAA revelou que as vendas de discos de vinil têm crescido constantemente nos últimos 16 anos, representando agora 71% de toda a receita de formatos físicos de música. O número é um tanto quanto impressionante e mostra como os CDs sofreram uma enorme desvalorização com o universo digital.
Embora os formatos físicos como um todo tenham crescido 4%, gerando US$ 1,7 bilhão entre 2021 e 2022, as vendas de discos de vinil cresceram 17%, representando US$ 1,2 bilhão em receita e superando as vendas de CDs, que caíram 18% no mesmo período, de acordo com o relatório da RIAA.
O aumento das vendas de discos de vinil em relação aos CDs não é uma tendência exclusiva dos EUA. A Entertainment Retailers Association (ERA) relatou a mesma mudança no início deste ano, mas apenas para dados de vendas no Reino Unido, enquanto a Alemanha, o Japão e a Coreia do Sul também experimentaram um crescimento nas vendas de vinil.
Nos últimos anos, houve um ressurgimento na compra de discos de vinil, e esse fenômeno pode ser explicado por diversos fatores. Para muitos audiófilos, o vinil oferece um som mais autêntico e quente em comparação com o digital, embora alguns argumentem que essa é uma questão subjetiva.
Geração Z ajudou a impulsionar a venda de discos de vinil
Contudo, este não é o único fator que corrobora com o crescimento da comercialização de discos de vinil. A nostalgia é um fator importante para aqueles que cresceram na era do vinil, mas as gerações mais jovens também estão contribuindo para o aumento das vendas, valorizando a tangibilidade e a arte do formato.
As vendas de discos de vinil experimentaram um crescimento notável em 2022, especialmente entre artistas da geração Z e da demografia milenar. Taylor Swift foi a líder de vendas, com quase 1,7 milhão de discos de vinil vendidos, superando as vendas combinadas de Harry Styles (719 mil) e dos Beatles (553 mil), de acordo com o relatório de vendas da Luminate no final do ano.
Os números mais recentes sobre as vendas de discos de vinil podem sugerir que o formato físico está vivendo um renascimento, mas a realidade é que o streaming continua sendo a forma mais popular de consumo de música em todo o mundo. Segundo a RIAA, serviços como Spotify e Apple Music representaram 84% da receita total de música em 2022, gerando uma receita de US$ 13,3 bilhões.
Se por um lado o serviço de streaming de músicas apresentou um aumento de 7% em relação ao ano anterior, as vendas de downloads digitais acabam seguindo um caminho reverso. Isso porque as vendas despencaram 20% este ano, gerando US$ 495 milhões a menos, sendo que já tinha caído 12% em 2021.
Fonte: Mundo Conectado
Foto: Clem Onojeghuo/Unsplash
