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Adhemar Ferreira da Silva é mais novo herói da pátria

Adhemar entra para o Livro dos grandes brasileiros da história.

Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico do salto triplo, agora faz parte do Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, que fica no Panteão Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A decisão é resultado do Projeto de Lei 3.322/2021 da deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA), que foi relatada no Senado por Paulo Paim (PT-RS), sancionada como Lei 14.575/2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União da última quinta-feira (11).

Filho da cozinheira Augusta Nóbrega da Silva e do ferroviário Antônio Ferreira da Silva, nascido no dia 29 de setembro de 1927, Adhemar é um dos maiores heróis do atletismo e do esporte nacional e internacional. Recordista mundial em cinco oportunidades, vencedor do triplo nos Jogos Olímpicos de Helsinque-1952 e Melbourne-1956 e dono de três medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos, entre dezenas de outros títulos, Adhemar morreu em 12 de janeiro de 2001, aos 73 anos.

A vida do bicampeão olímpico não se resume, porém, ao esporte. Muito ao contrário. Ele se formou em Educação Física, Direito e Relações Públicas, foi escultor, ator na peça “Orfeu da Conceição”, de Vinícius de Moraes, e no filme franco-italiano “Orfeu Negro”, e adido cultural na embaixada do Brasil em Lagos, na Nigéria. Depois de aposentado nas pistas, com quatro olimpíadas na carreira (disputou ainda Londres-1948 e Roma-1960), trabalhou como servidor público estadual, no esporte da Uni’Santana e na organização de eventos nacionais e internacionais no Brasil.

Adhemar recebeu o título de “Herói de Helsinque”, em 1993. Em 2000, foi agraciado com o Mérito Olímpico pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Olímpico Internacional (COI). Em 2012, passou a integrar o Hall da Fama do Atletismo, durante as celebrações do centenário da Federação Internacional de Atletismo, na época, hoje World Athletics. Integra o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (https://www.cob.org.br/pt/cob/home/hall-da-fama/biografia/adhemar-ferreira-da-silva). O troféu entregue anualmente pelo COB aos destaques na história do esporte olímpico brasileiro leva o nome Adhemar Ferreira da Silva.

O grande campeão começou sua carreira aos 19 anos, orientado pelo treinador alemão Dietrich Gerner, do São Paulo FC. Treinava no horário de almoço, no intervalo do trabalho. Em 1949, saltou 15,51 m e se tornou recordista sul-americano. Em 1950, igualou o recorde mundial, que perdurava desde 1936, saltando 16,00 m. Em 1951, conquistou seu primeiro título pan-americano em Buenos Aires.

Ademar revolucionou o salto triplo, direcionando sua atenção para o segundo salto, até então apenas um impulso para o terceiro, e foi muito superior aos concorrentes durante anos. Ele abriu a tradição brasileira da especialidade, seguido de Nelson Prudêncio, prata nas Olimpíadas da Cidade do México-1968 e bronze em Munique-1972; João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, bronze em Montreal-1976 e Moscou-1980; e Jadel Gregório, atual recordista brasileiro e sul-americano (17,90 m).

“Estou muito feliz por mais esse reconhecimento ao talento e conquistas do Adhemar no atletismo”, comentou Wlamir Motta Campos, presidente do Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).

Fonte: ASCOM CBAt
Imagem: Divulgação

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