Jogadores, árbitros e treinadores protestaram contra o preconceito racial em dez jogos; ação foi feita em toda rodada do fim de semana da Série A
Jogadores e treinadores dos 20 clubes do Brasileirão Assaí participaram, no último sábado (27) e domingo (28), da campanha de combate ao racismo promovida pela CBF na oitava rodada da competição. Vários deles entraram em campo vestindo a camisa com a frase “com o racismo não tem jogo”. Em seguida, sentaram no gramado logo após o apito inicial em apoio à campanha – gesto copiado pelas equipes de arbitragem.
As faixas dos capitães, as moedas utilizadas pela arbitragem e as bolas dos jogos da rodada também tiveram a frase “com o racismo não tem jogo” gravadas.
Um vídeo com a participação de artistas e atletas se posicionando contra o racismo foi exibido nos telões dos estádios. A frase criada pela CBF também pôde ser vista nas placas de publicidade ao redor do campo.
A iniciativa foi tomada após os mais recentes casos de racismo envolvendo jogadores brasileiros, não só no país como no exterior.
“Essa é a mensagem potente que queremos passar para toda a sociedade. Com racismo não tem jogo. Contamos com o apoio de cada torcedor. Racismo é um crime brutal e deve ser banido dos estádios. Basta de preconceito”, afirmou o Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, primeiro negro e nordestino a comandar a entidade em mais de 100 anos de história.
A CBF é a primeira entidade esportiva do futebol a adotar no Regulamento Geral de Competições a possibilidade de punir esportivamente um clube em caso de racismo. A novidade foi incluída no RGC de 2023, em fevereiro.
Desde o ano passado, a CBF faz uma série de campanhas de combate ao racismo no futebol. Em agosto, a entidade realizou o primeiro Seminário de Combate ao Racismo no Futebol e conta com um Grupo de Trabalho que discute de forma permanente o assunto.
Fonte: ASCOM CBF
Foto: Daniel Ramalho/Vasco