A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação na Câmara Municipal de Salvador, Ireuda Silva, desempenha uma forte liderança nas pautas ligadas aos direitos das mulheres.
O mês de agosto traz consigo uma cor que vai além de seu nome, uma cor que simboliza uma luta essencial: o lilás. Durante o ‘Agosto Lilás’, a sociedade é convidada a direcionar seus olhares e esforços para um problema que aflige milhões de pessoas em todo o mundo: a violência doméstica.
Este artigo visa destacar a importância do movimento e promover uma reflexão sobre como todos nós podemos contribuir para a erradicação dessa dolorosa realidade.
A violência doméstica transcende barreiras sociais, econômicas e culturais, afetando vítimas de todas as idades. Ela se manifesta de diversas formas – física, psicológica, sexual e até mesmo econômica -, deixando cicatrizes profundas nas vítimas e em suas famílias. Portanto, é imperativo que, como sociedade, nos mobilizemos para enfrentar esse problema complexo e multifacetado.
Estima-se que cinco mulheres são espancadas a cada dois minutos no Brasil. Em mais de 80% dos casos reportados, o responsável é o marido, namorado ou ex-parceiro, que também se aproveita da dependência financeira da vítima. Na Bahia, houve um aumento de 58% nos casos. O estado também lidera o feminicídio no Nordeste, com 91 ocorrências no ano passado.
O ‘Agosto Lilás’ não é apenas uma campanha passageira, mas um chamado à ação contínua. Devemos aproveitar esse mês como uma oportunidade de educar a nós mesmos e aos outros sobre os sinais de violência doméstica e como oferecer apoio às vítimas. Além disso, é fundamental pressionar por políticas públicas eficazes que garantam a segurança das vítimas e punam rigorosamente os agressores.
A conscientização é o primeiro passo para a mudança. Ao falar sobre a violência doméstica, podemos romper o silêncio que muitas vezes envolve essas situações. Famílias, amigos, colegas de trabalho e a comunidade em geral têm um papel vital a desempenhar ao oferecer um ambiente de apoio e compreensão para as vítimas. Devemos incentivar as pessoas a denunciar casos de violência doméstica, garantindo que elas se sintam ouvidas, protegidas e amparadas.
Além disso, é essencial que haja um investimento contínuo em programas de educação que abordem a prevenção da violência doméstica desde cedo. Ao ensinar os jovens sobre relacionamentos saudáveis, respeito mútuo e empatia, podemos criar uma sociedade que rejeita a violência e valoriza a igualdade.
Em última análise, o ‘Agosto Lilás’ nos lembra de que a violência doméstica não é um problema isolado, mas uma questão que demanda a ação coletiva de todos nós. Precisamos unir forças para criar um mundo onde a violência não tenha lugar e onde todas as pessoas possam viver com dignidade e segurança. Neste mês e além, vamos vestir o lilás como um símbolo de solidariedade e compromisso na luta contra a violência doméstica. Afinal, juntos construiremos um futuro verdadeiramente seguro e igualitário para todos.
Fonte: ASCOM CMS
Foto: Valdemiro Lopes | CMS