Com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de políticas públicas e gestão voltadas ao desenvolvimento sustentável da fruticultura baiana, na última terça-feira (15), o Governo da Bahia, por meio da Secretaria da Agricultura (Seagri), iniciou tratativas para a criação de um grupo de trabalho para a elaboração de estratégias e adoção de ações em benefício do setor produtivo, principalmente no que se refere às questões fitossanitárias. O chefe de gabinete da pasta, Luiz Rezende, conduziu o diálogo que reuniu representantes da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Centro Tecnológico Agropecuário da Bahia (Cetab), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Embrapa, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), dentre outras, com a finalidade de articular adesão de novas instituições para o fomento de pesquisas, assistência técnica, extensão rural, capacitação técnica e gerencial para os fruticultores baianos.
Rezende pontua que um dos aspectos importantes do planejamento estratégico é que “ele será desenvolvido a muitas mãos, com a participação e compromisso de instituições relevantes e todos os elos da cadeia produtiva, como os produtores, comercializadores, exportadores, sendo a Secretaria da Agricultura articuladora das ações”.
O agronegócio baiano é responsável por cerca de 1/3 do Produto Interno Bruto (PIB) e quase 50% das exportações nacionais, além de gerar em torno de um em cada três empregos no Estado. A fruticultura é um dos segmentos que tem ampla importância nesse cenário, sendo o setor que mais emprega no campo, por ter baixa mecanização em seus processos, além de gerar impacto econômico e ambiental, preservando a biodiversidade.
O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas no mundo. Mas, quando o assunto é exportação, apresentamos um grande potencial ainda a ser explorado, e, na Bahia, não é diferente. Hoje, a Bahia é o maior estado produtor de frutas do Nordeste e segundo do Brasil. No entanto, quando o assunto é exportação, a Bahia ocupa o quarto lugar em exportação de frutas, apresentando amplo potencial de expansão.
Os produtores baianos têm obtido êxito no atendimento das normas de qualidade requeridas tanto pelo mercado interno, como o mercado externo, especialmente dos Estados Unidos, União Europeia e Mercosul. E grande parte desse sucesso se deve à alta qualidade fitossanitária do manejo de frutas, evitando a chegada ou proliferação de pragas que afetem as lavouras.
As perspectivas de expansão da fruticultura tropical na Bahia também são excelentes devido ao clima favorável, à possibilidade de duas ou mais colheitas/ano, terras aptas, recursos hídricos para irrigação, polos consolidados e estruturados para exportação, altos índices de produtividade nas áreas irrigadas com estrutura de pós colheita, qualidade do fruto e certificações de conformidade adotados pelos mercados mundiais, aliado à localização territorial do estado para escoamento da produção, tornam a atividade fortemente atrativa.
Além da produção de frutas tropicais, o clima propiciado pela altitude da Chapada Diamantina tem atraído produtores para o cultivo de frutas como: ameixa, morango, caqui e uva para produção de vinhos finos – frutas típicas de regiões de clima temperado – diversificando ainda mais a atividade no estado.
Fonte / Foto: Ascom/Seagri