Informações sobre a qualidade da água, biodiversidade e principais impactos ambientais na Bacia Hidrográfica do Rio Joanes, como poluição, desmatamento e ocupação irregular do solo, estes foram os temas debatidos na última quarta-feira (30), na cidade de Lauro de Freitas, durante o Seminário SOS Rio Joanes 5. O evento é uma iniciativa da Oscip Rio Limpo e contou com palestras e apresentação das ações realizadas pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para a preservação e gestão participativa dos recursos hídricos na região.
Na abertura do evento, o presidente da Oscip Rio Limpo, Fernando Borba, ressaltou a importância de sensibilizar os diversos segmentos sociais ligados à bacia hidrográfica. “A Rio Limpo atua, desde 2009, promovendo atividades socioambientais e debates sobre soluções para os diversos problemas vivenciados no Joanes, procurando engajar todos os setores públicos, empresariais, ribeirinhos e moradores dos municípios que integram a bacia. A preservação desse ecossistema é essencial para garantir a qualidade de vida da população, a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento econômico da Região Metropolitana de Salvador”.
Durante a programação, o diretor de Recursos Hídricos e Monitoramento Ambiental do Inema, Antonio Martins, ministrou uma palestra sobre as competências e atividades exercidas pelo órgão ambiental, a exemplo do monitoramento dos recursos hídricos. “Hoje, através do Programa Monitora, temos mais de 500 pontos de monitoramento distribuídos em todas as Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA’s). Na bacia do Joanes são 21, realizando a análise de 23 parâmetros de avaliação da qualidade, com equipamentos cobrindo trechos estratégicos deste manancial, o que permite um diagnóstico atual e preciso da bacia”.
Especialista em recursos hídricos convidado pela organização, o diretor de Fiscalização Ambiental do Inema, Eduardo Topázio, parabenizou a todos os envolvidos na organização e destacou a atuação do Instituto. “São muitos os desafios, estamos falando de uma região que passou, nos últimos anos, por um aumento significativo da densidade populacional, uma expansão urbana muitas vezes desordenada e que acarreta sérios problemas sociais e ambientais. A gestão ambiental do Estado tem investido no fortalecimento dos comitês de bacias, na gestão das Unidades de Conservação e na ampliação da rede de monitoramento”.
Topázio completou: “As soluções vão além das políticas ambientais, é fundamental a aplicação efetiva, por exemplo, de políticas eficazes de ocupação e uso do solo. É preciso também que a sociedade ocupe os espaços de decisão, participe dos comitês de bacias e façam valer deste instrumento de empoderamento dos segmentos sociais”, pontuou.
Em seguida o gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) Joanes – Ipitanga, Geneci Braz, discorreu sobre os trabalhos realizados pelo Inema e o Conselho Gestor para a gestão desta Unidade de Conservação. “A APA conta com o trabalho persistente dos membros do seu Conselho Gestor, unindo esforços e parcerias para a realização de projetos socioambientais, a exemplo do incentivo a meliponicultura, bem como atividades de educação ambiental e recuperação de áreas degradadas. Quero destacar o Projeto Guardiões das Águas, liderado pela Embasa, que tem contribuído para a preservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais”, ressaltou.
Também foram tratadas as temáticas das mudanças climáticas, conceito de governança ambiental, estrutura de saneamento básico e abastecimento, entre outros. Esteve presente a coordenadora de Programas e Projetos da Sema, Poliana Gonçalves.
Fonte / Foto: Ascom/Inema