Assembleia Legislativa da BahiaPolíticaSaúde

ALBA avança no debate sobre a saúde do trabalhador

Reunião contou com a participação de gestores administrativos para demonstração dos critérios para concessão de insalubridade e periculosidade.

A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) realizou, na tarde da última quinta-feira (13), uma reunião com gestores administrativos para demonstração dos critérios para concessão de insalubridade e periculosidade através dos programas de saúde e segurança do trabalho. A atividade foi executada pela Diretoria de Promoção à Saúde e teve a explanação da médica do trabalho Diana Vetter Vincis e do consultor João Luiz Póvoa.

De acordo com Letícia Mascarenhas, diretora de Promoção à Saúde, uma empresa foi contratada para fazer o Plano de Gerenciamento de Risco (PGR) e o Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT). O estudo, ressaltou a gestora, é essencial para proporcionar e estruturar um programa de saúde do trabalhador. “Tanto na iniciativa privada quanto na administração pública, o ideal é tirar o profissional da linha de risco. Se a gente pode tirar todos os riscos que colocam o funcionário em situação vulnerável, não tem motivo para a instituição ter custos com isso. A instituição ideal não é aquela que paga insalubridade e periculosidade, é aquela que ameniza os riscos para o trabalhador”, ressaltou Letícia.

O consultor João Luiz Póvoa frisou que a instituição deve prezar pela diminuição da exposição e pelo afastamento do risco ao servidor. “Insalubridade quer dizer que tua saúde está em jogo. Os gestores precisam saber onde estão seus servidores e em que estão envolvidos. Eles estão aqui para trabalhar, para servir, não é para ficar doente”, alertou.

A médica Diana Vincis, por sua vez, fez uma apresentação dos conceitos e objetivos do PGR e do LTCAT. O plano de gerenciamento, por exemplo, define risco como a combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por um evento perigoso, exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade dessa lesão ou agravo à saúde.

O documento também deve contemplar um inventário de riscos e um plano de ação. Além disso, a avaliação deve abranger todos os ambientes e atividades de trabalho da instituição. Entre os riscos ocupacionais a serem observados, estão: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos ou de acidente. “O PGR é de responsabilidade da organização, exige comprometimento da administração”, frisou a médica do trabalho.

Já o LTCAT, explicou a profissional, também avalia riscos com aspectos físicos, químicos e biológicos, mas em caráter pormenorizado. “Tem origem na lei da Previdência Social e tem objetivo de averiguar se o trabalhador segurado tem direito ou não à atividade especial”, contou.

Ao falar sobre insalubridade e periculosidade, Diana Vincis relatou que o servidor, mesmo exposto a ambos os casos, não poderá receber adicionais de forma cumulativa. No caso da insalubridade, os critérios estão estabelecidos na Norma Regulamentadora nº 15 do Ministério do Trabalho e Emprego. O pagamento do adicional, neste caso, tem como referência o salário mínimo.

Já o adicional de periculosidade tem previsão legal na Norma Regulamentadora nº 16 e tem como beneficiários trabalhadores com exposição a explosivos, produtos inflamáveis ou energia elétrica. O cálculo é feito sobre o salário base do trabalhador.

INTERRUPÇÃO

Em sua explanação, a médica do trabalho enfatizou que o pagamento do adicional, em ambos os casos, deve cessar quando a exposição for interrompida. Ela citou como exemplo a linha do tempo de como os adicionais de insalubridade e periculosidade eram tratados na ALBA. No ano de 2020, quando foi decretada a pandemia de coronavírus e o trabalho presencial foi suspenso em sua maioria, os pagamentos foram suspensos na Casa. “Nesta época, muitas atividades laborais foram feitas remotamente, o que pode justificar a interrupção da concessão dos adicionais”, pontuou.

Ainda entre os anos de 2019 e 2020, contextualizou Diana, uma empresa foi contratada para elaborar o PGR e o LTCAT. Agora, novos estudos serão feitos para aprimoramento do diagnóstico levantado à época. “Há a necessidade de revisitar essa avaliação, fazer novo inventário de risco. Algumas atividades não estavam no programa. Alguns setores não foram contemplados da melhor forma. Esse é um processo contínuo, não quer dizer que aquilo que foi realizado está errado. Sempre é possível identificar possibilidades de melhorias”, argumentou.

Por fim, ela pediu aos gestores presentes que elaborem um relatório contendo a descrição das atividades desempenhadas pelos servidores nos respectivos setores.

Fonte: ASCOM ALBA
Foto: JulianaAndrade/AgênciaALBA

Related posts

Lídice elogia postura de deputados que estão fora da base de Jerônimo presentes em evento na Sesab

Fulvio Bahia

Projeto estabelece ressarcimento a prejuízos por falta de energia

Fulvio Bahia

Luís Eduardo Magalhães: Prefeitura leva vacinação para bairros mais distantes do centro

Fulvio Bahia

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Nós assumimos que você concorda com isso, mas você pode desistir caso deseje. Aceitar Leia Mais