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Troféu Mulher IMPRENSA celebra a diversidade regional no jornalismo brasileiro

Pela primeira vez uma Secretária de Estado recebe a premiação.

A festa de entrega começou com as cinco novas categorias regionais que homenagearam jornalistas de norte a sul do Brasil. As vencedoras dos estados do Paraná, de Rondônia, do Maranhão (com atuação no Distrito Federal), de Alagoas e de Minas Gerais receberam o troféu e fizeram seus depoimentos. Luciene Kaxinawá, primeira jornalista indígena da TV Brasileira, abriu a noite representando a região Norte.

Na categoria “Regionalidade Sul”, a vencedora foi a jornalista Rosiane Correia de Freitas, especialista em jornalismo de dados e Ceo do portal Plural. “Estou extremamente feliz por essa oportunidade de celebrar essas mulheres do jornalismo brasileiro. Estou  aqui em nome do jornalismo regional,  do jornalismo da cidade e se cheguei aqui é porque conseguimos fortalecer o jornalismo independente. Agradeço às pessoas que assinam o portal plural, a minha família, aos amigos e sócios”, finaliza.

A vencedora da categoria “Regionalidade Centro-Oeste” foi a jornalista do Brasil de Fato, no Distrito Federal, a maranhense Flávia Quirino. “Eu sou fruto de uma família que tem nas mulheres a sua base de sustentação e esteio. Em 2020, fui a primeira pessoa da minha família a entrar em uma universidade pública. Agradeço demais a todas as pessoas que também trabalharam comigo neste lugar (Brasil de Fato) que acolhe todas as mudanças fundamentais do país. Obrigada por materializar o reconhecimento de mulheres do jornalismo fora do eixo Rio-São Paulo. Viva o jornalismo plural e regional e viva a vida das mulheres”, disse. 

A jornalista Raíssa França, venceu pela categoria “Regionalidade Nordeste”, co-fundadora do portal Eufêmea, Raíssa enalteceu as tradições e pluralidade da cultura nordestina presente também em todo o país. 

“Ser jornalista em um estado pequeno é enfrentar o desafio de falar em nome das mulheres. É difícil, falta apoio, falta recurso, mas trago em mim a força feminina das mulheres nordestinas. Hoje não é só o Portal Eufêmera que ganha, ao longo desses anos muitas histórias foram contadas,  muitas histórias foram transformadas, inclusive a minha. A Raíssa que escutou que passaria fome se optasse por jornalismo, que ouviu que precisava ficar calada, hoje grita. E minha voz é alta, viu? Viva o nordeste”, celebrou.  

Pela região Sudeste, a vencedora foi a jornalista Etiene Martins, integrante do coletivo Negras e Negros Lena Santos e colunista do jornal Estado de Minas. “Eu sou de uma terra de mulheres fortes e independentes. Sou de Minas Gerais, terra de Carolina Maria de Jesus,  que saiu de lá e veio morar em São Paulo. Carolina abriu  caminho para mim e para outras.  É com emoção que aprendo todos os dias com Conceição Evaristo, que a importância não é ser a primeira ou a única mulher negra em um espaço, mas abrir caminho para todas as outras”, disse.

Consultoras de comunicação

Criada há quatro, é a primeira vez que ganha uma Secretária de Estado na categoria “Comunicação Pública”. Necessária para o fortalecimento entre o Poder Público e a população, a categoria visa homenagear as profissionais que trabalham em orgão nas três esferas públicas. A vencedora neste ano é a Secretária de Comunicação do Estado de São Paulo, Lais Vita. 

“É muito bom ser reconhecida pelo que a gente faz! Eu sou a primeira mulher à frente da Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo. Infelizmente, quanto mais alto a gente vai, menos mulheres a gente encontra. Comunicação Pública é desafiadora, mas igualmente apaixonante. Eu tô muito feliz em ver cada uma de vocês brilhar aqui. Estou muito honrada por estar entre vocês, obrigada.” 

Outro discurso cheio de ancestralidade foi o da jornalista Juliana Oliveira, da Agência Oliver Press. “São 17 anos de Jornalismo, estamos na 17a. edição e este é o primeiro prêmio da minha carreira. Eu nunca pensei em fazer outra coisa senão jornalismo, quando comecei sequer imaginava que faria estágio, que conseguiria me consolidar na profissão, mas acredito que não é por acaso que metade das vencedoras deste ano somos nós, mulheres negras”, finalizou Juliana que estendeu os agradecimentos à família que estava presente na ocasião e as mais de 45 mulheres que trabalham com ela na Oliver Press. 

Ainda exaltando a diversidade, a vencedora da categoria “Consultoria Corporativa”, foi a jornalista Helena Bertho, diretora global de diversidade do Nubank e vencedora do prêmio “Sim à Igualdade Racial”. Helena subiu ao palco ao lado da filha Olivia, em um dos momentos mais simbólicos da noite, duas gerações que evidenciam  que o futuro pode ser melhor para as mulheres negras na profissão que escolherem. 

“Dedico esse prêmio a minha mãe que acreditou que a única coisa que precisava fazer era respeitar todas as pessoas e que eu nunca deveria me silenciar ou diminuir para caber nas expectativa de ninguém e que isso me levaria a este lugar que estamos hoje. Este discurso de ser a primeira não me contempla, meu desejo é que não seja a última. Dedico esse prêmio a todas as pessoas que concorreram na mesma categoria e que seguem em busca da mesma transformação “, disse. 

O Troféu Mulher IMPRENSA não apenas celebrou a excelência no jornalismo, mas também destacou o papel crucial das mulheres na busca pela verdade, na promoção da justiça e na defesa da liberdade de imprensa. Este evento anual continua a ser um farol de esperança e inspiração para todas as mulheres que se comprometem com a ética, com a informação, com a prestação de serviço e aspiram o mesmo reconhecimento.

Uma iniciativa da Revista e Portal IMPRENSA, a 17a. edição do Troféu Mulher IMPRENSA conta com o apoio do CIEE e da ACCOR, o oferecimento do coquetel da Boxnet e do I’Max, a parceria institucional da ESPM e da Intercom, e o patrocínio da Bayer, o evento foi transmitido ao vivo pela primeira vez na home da premiação.

Acesse as fotos na galeria aqui.

Fonte: Portal Imprensa
Foto: Deka Carvalho (fotos) e Cris Pedott (luz)

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