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Rede de combate à violência contra a imprensa faz balanço de atividades

Um balanço das investigações em andamento e a apresentação de estratégias para fortalecer o trabalho de combate aos ataques contra profissionais de imprensa foram os destaques da reunião da Rede Agostinho Muniz Filho de Combate à Violência contra a Imprensa, na manhã desta quinta-feira (19). Realizado na sede da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), o encontro contou com a presença de representantes de órgãos e instituições que compõem o coletivo.

Na abertura da reunião, o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba), Moacy Neves, reiterou a importância da Rede no enfrentamento à violência que situa o Brasil entre os países mais inseguros para o exercício da atividade jornalística. Justamente por isso, ele enfatiza a necessidade de dar uma resposta à categoria sobre os casos no âmbito da polícia judiciária.

Lançada em abril, a Rede acompanha sete denúncias de violência a profissionais de imprensa – cinco na capital e dois no interior do estado. Representante da Polícia Civil no coletivo, o delegado Ricardo Mendes de Barros, assessor técnico do Gabinete da Delegada-Geral Heloísa Campos de Brito, apresentou informações sobre as situações em andamento.

Barros revelou também que a Polícia Civil estabeleceu em oficio circular normas internas que orientam a atuação de agentes em relação aos profissionais de imprensa. “Tomamos cuidado para não parecer privilégio da classe jornalística, porque não é. Trata-se de um documento simples que estabelece alguns procedimentos”.

‘Trato com a imprensa’

A Guarda Civil Municipal de Salvador e a Polícia Militar do Estado da Bahia também têm adotado ações voltadas para melhorar a relação com a mídia. Representante da GCM na Rede, o subinspetor Marcelo Silva Gomes revela que a instituição introduziu na formação de guardas a disciplina “Trato com a imprensa”:

– Nossos agentes hoje estão sendo treinados com essas diretrizes e capacitados para identificar possíveis situações de violência antes que aconteçam, principalmente em coberturas de atos públicos – disse Gomes.

Já a PM-BA, de acordo com o capitão PM Welington Chaves, tem investido maciçamente em cursos de media training dirigidos a membros da tropa em todo o estado.

A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional da Bahia, trouxe, entre outras contribuições, a proposta da elaboração de um documento que oriente os profissionais da imprensa a evitarem situações de risco. “O que pode e o que não pode? Que cuidados tomar? Quais informações o profissional precisa fornecer às autoridades depois de sofrer uma violência? Precisamos de algum material para facilitar a vida de todo mundo”, sugere Eduardo Rodrigues, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-Bahia.

Já o presidente da ABI, Ernesto Marques, manifesta sua preocupação com o aumento dos ataques aos profissionais de imprensa em período eleitoral. Ele propõe ações coordenadas e um planejamento voltado para a campanha de 2024. “Nessa época, observamos geralmente um aumento de casos”, alerta.

Participaram da reunião representantes da ABI, do Sinjorba, OAB-BA, polícias Civil e Militar, GCM/SSA), Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) e da Rede Bahia de Comunicação.

Fonte / Foto: SINJORBA

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