Visibilidade à cultura e literatura infanto-juvenil deram o tom aos debates nos espaços voltados para as crianças e aos jovens, na 11ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). Dentre os espaços, está o Fliquinha (voltado para público infantil) que recebeu grandes atrações no segundo dia de evento, ocorrido nesta sexta-feira (27).
Para abrir o dia com chave de ouro, o grupo “Capoeira abalou Cachoeira” animou o público infantil com um show de dança realizado por crianças e adolescentes do projeto. Com muito encanto, as crianças assistiram aos espetáculos realizados no espaço recheado de ludicidade e muita criatividade.
A programação, ao longo do dia, contou com shows musicais, histórias poéticas musicadas e ilustradas, peças teatrais, contação de histórias e bate-papos com autores de livros para a criançada. A curadora infantil Duca Clara Amorim fala da importância de explorar a cultura infantil para as crianças e adolescentes durante esses quatro dias da Flica, em Cachoeira. “Está sendo fundamental popularizar a cultura e literatura para que essas crianças possam explorar e ampliar o seu conhecimento, pois a leitura abre portas”, declara, Duca.
Kassiellen Magno, 10, estudante do quarto ano de uma escola em Cachoeira declarou a emoção ao assistir aos espetáculos que acontecem no espaço Fliquinha. “Está sendo fantástico participar da Fliquinha porque gosto muito de teatro”, afirma a estudante.
No sábado (28), o Espaço Fliquinha contará com uma programação especial com a presença da Escolinha de Música da Lira Ceciliana; a contação de história de Paula Brito – Liga do Dendê; a Companhia de Teatro Girô; o grupo de dança infanto juvenil Day Two; a intervenção artística de Marcos Cajé, dentre outros.
No Geração Flica, espaço dedicado ao público jovem, um turbilhão de cultura, literatura e identidade fez parte da programação nesta sexta-feira (27) com a presença de celebridades e a diversidade de talentos exposto neste espaço.
Juliana Pululu, 27 anos, angolana e estudante do curso de humanidades da UNILAB, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, situada em São Francisco do Conde, fez parte da mesa redonda que trouxe o tema “Brasil e Angola: caminhos que se cruzam e constroem o mundo”. Para ela, participar desse evento dar oportunidade de tornar visível a cultura da Angola.
“É importante destacar que um número de escravizados trazidos para o Brasil são de origem angolana e eles tiveram uma grande influência na formação da cultura Brasileira. Deixaram traços culturais como a questão da religião candomblé congo-Angola, a gastronomia, as línguas, o samba e a capoeira angolana.
Sendo assim, as transmissões destes saberes ajudam naquilo que é a afirmação da identidade cultural tanto do povo angolano como o povo Brasileiro”, enfatiza a angolana.
As personagens de destaque no evento foram Jeans Willys que contou a história do seu livro ‘O que não se pode dizer’; Emiliano José que apresentou seu livro ‘As Cumadres Estão Chegando’, destacando a presença das mulheres no jornalismo baiano, além de Iara da Cruz Froes e Talyta da Silva que discutiram sobre o direito, à comunicação e os instrumentos de acesso no Brasil.
No sábado (28), último dia, o Espaço Geração Flica traz uma diversidade de talentos com as apresentações de comédia e poesia de Féling Capela, Manuel Armando e Matheus Buente Martins Coelho. Em seguida, será apresentado o emocionante documentário ‘Bicentenário da Independência – Heróis e Heroínas da Liberdade’ por Ricardo Ishmael e Vladimir Costa. As reflexões sobre ‘Jovens Negras e Literaturas Individuais e Coletivas na Atualidade’ com Nina Maria Silva da Conceição, Ludmila Singa, Rosane Viana Jovelino e Thai Pereira. Por fim, será abordada a temática ‘’Leitura e Leitoras Indígenas’, com Kamaywrá Pataxó, Sairi Pataxó e Jeff Pataxó.
A programação completa do Espaço Geração Flica pode ser conferida nas redes sociais @flicaoficial e pelo site www.flica.com.br.
SOBRE A FLICA:
A FLICA conta com o apoio institucional da Associação Brasileira de Imprensa – ABI, que, este ano, será representada pela diretora de Cultura e Lazer Iara Cruz, conjuntamente com o jornalista Fábio Costa Pinto, representante da entidade no estado da Bahia.
A Flica 2023 é realizada pela Fundação Hansen Bahia (FHB) em parceria com a CALI – Cachoeira Literária, conta com a parceria da TV ALBA, da Prefeitura de Cachoeira, tem como livraria oficial a LDM, a CNA é a Internet oficial da FLICA e patrocínio ACELEN, Teiú, Bahiagás, Governo do Estado da Bahia, Caixa e Governo Federal.
Foto: Divulgação Flica