CulturaFlica 2023

Espaços dedicados para crianças e jovens dão voz a diversidade cultural na Flica 2023

Visibilidade à cultura e literatura infanto-juvenil deram o tom aos debates nos espaços voltados para as crianças e aos jovens, na 11ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). Dentre os espaços, está o Fliquinha (voltado para público infantil) que recebeu grandes atrações no segundo dia de evento, ocorrido nesta sexta-feira (27).

Para abrir o dia com chave de ouro, o grupo “Capoeira abalou Cachoeira” animou o público infantil com um show de dança realizado por crianças e adolescentes do projeto. Com muito encanto, as crianças assistiram aos espetáculos realizados no espaço recheado de ludicidade e muita criatividade.

A programação, ao longo do dia, contou com shows musicais, histórias poéticas musicadas e ilustradas, peças teatrais, contação de histórias e bate-papos com autores de livros para a criançada. A curadora infantil Duca Clara Amorim fala da importância de explorar a cultura infantil para as crianças e adolescentes durante esses quatro dias da Flica, em Cachoeira. “Está sendo fundamental popularizar a cultura e literatura para que essas crianças possam explorar e ampliar o seu conhecimento, pois a leitura abre portas”, declara, Duca.

Kassiellen Magno, 10, estudante do quarto ano de uma escola em Cachoeira declarou a emoção ao assistir aos espetáculos que acontecem no espaço Fliquinha. “Está sendo fantástico participar da Fliquinha porque gosto muito de teatro”, afirma a estudante.

No sábado (28), o Espaço Fliquinha contará com uma programação especial com a presença da Escolinha de Música da Lira Ceciliana; a contação de história de Paula Brito – Liga do Dendê; a Companhia de Teatro Girô; o grupo de dança infanto juvenil Day Two; a intervenção artística de Marcos Cajé, dentre outros.

No Geração Flica, espaço dedicado ao público jovem, um turbilhão de cultura, literatura e identidade fez parte da programação nesta sexta-feira (27) com a presença de celebridades e a diversidade de talentos exposto neste espaço.

Juliana Pululu, 27 anos, angolana e estudante do curso de humanidades da UNILAB, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, situada em São Francisco do Conde, fez parte da mesa redonda que trouxe o tema “Brasil e Angola: caminhos que se cruzam e constroem o mundo”. Para ela, participar desse evento dar oportunidade de tornar visível a cultura da Angola.

“É importante destacar que um número de escravizados trazidos para o Brasil são de origem angolana e eles tiveram uma grande influência na formação da cultura Brasileira. Deixaram traços culturais como a questão da religião candomblé congo-Angola, a gastronomia, as línguas, o samba e a capoeira angolana.
Sendo assim, as transmissões destes saberes ajudam naquilo que é a afirmação da identidade cultural tanto do povo angolano como o povo Brasileiro”, enfatiza a angolana.


As personagens de destaque no evento foram Jeans Willys que contou a história do seu livro ‘O que não se pode dizer’; Emiliano José que apresentou seu livro ‘As Cumadres Estão Chegando’, destacando a presença das mulheres no jornalismo baiano, além de Iara da Cruz Froes e Talyta da Silva que discutiram sobre o direito, à comunicação e os instrumentos de acesso no Brasil.
No sábado (28), último dia, o Espaço Geração Flica traz uma diversidade de talentos com as apresentações de comédia e poesia de Féling Capela, Manuel Armando e Matheus Buente Martins Coelho. Em seguida, será apresentado o emocionante documentário ‘Bicentenário da Independência – Heróis e Heroínas da Liberdade’ por Ricardo Ishmael e Vladimir Costa. As reflexões sobre ‘Jovens Negras e Literaturas Individuais e Coletivas na Atualidade’ com Nina Maria Silva da Conceição, Ludmila Singa, Rosane Viana Jovelino e Thai Pereira. Por fim, será abordada a temática ‘’Leitura e Leitoras Indígenas’, com Kamaywrá Pataxó, Sairi Pataxó e Jeff Pataxó.
A programação completa do Espaço Geração Flica pode ser conferida nas redes sociais @flicaoficial e pelo site www.flica.com.br.

SOBRE A FLICA:
A FLICA conta com o apoio institucional da Associação Brasileira de Imprensa – ABI, que, este ano, será representada pela diretora de Cultura e Lazer Iara Cruz, conjuntamente com o jornalista Fábio Costa Pinto, representante da entidade no estado da Bahia.
A Flica 2023 é realizada pela Fundação Hansen Bahia (FHB) em parceria com a CALI – Cachoeira Literária, conta com a parceria da TV ALBA, da Prefeitura de Cachoeira, tem como livraria oficial a LDM, a CNA é a Internet oficial da FLICA e patrocínio ACELEN, Teiú, Bahiagás, Governo do Estado da Bahia, Caixa e Governo Federal.

Foto: Divulgação Flica

Related posts

BRINCA BAHIA: Atrações gratuitas e diversão sem tamanho para a criançada

Fulvio Bahia

Goethe-Institut recebe artistas de Angola, Gabão, México e Senegal   

Fulvio Bahia

29ª edição da Feira de Integração da Paróquia Nossa Senhora da Luz vai reunir música e gastronomia em quatro dias de diversão

Fulvio Bahia

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Nós assumimos que você concorda com isso, mas você pode desistir caso deseje. Aceitar Leia Mais