Começa novembro e com ele chegam as emoções, na programação dos Jogos Pan-Americanos, da Ginástica Rítmica, modalidade que proporcionou muitas glórias ao Brasil em 2023. Neste ano, o País definitivamente se consolidou como uma grande potência global da GR.
Depois da histórica conquista da vaga olímpica no Mundial de Valencia, na Espanha, as atletas do conjunto que necessitavam de tratamentos e recuperação, visando aos Jogos de Paris, foram poupadas do Sul-Americano de Barranquilla, na primeira quinzena de outubro. O Brasil foi representado pelo Grupo 2, formado por um misto de ginastas mais novas e de atletas mais experimentadas que treinam com foco em ascender para o Grupo 1. “Temos um time com 12 ginastas. Assim, formamos dois grupos para treinar ao longo da temporada. Cada ginasta do grupo tem sua substituta e assim vamos trabalhando e definindo a cada competição quem está melhor física, técnica e mentalmente para cada competição”, explicou a treinadora do conjunto brasileiro, Camila Ferezin.
Em Santiago, vai defender o Brasil uma mescla de atletas dos dois grupos. Nicole Pircio, Bárbara Galvão, Victoria Borges e Geovanna Oliveira, que estão na capital chilena, estiveram em Valencia – nem todas como titulares. A elas se junta a jovem Gabriela Coradine.
“Nosso conjunto está muito bem-preparado. Estamos brigando pelas medalhas de ouro. Esperamos conquistar novamente as três douradas”, disse Camila.
Desde os Jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara, o Brasil não conquista as três medalhas de ouro em jogo no conjunto (séries simples, mista e geral).
“Tivemos duas semanas de intenso trabalho. O esforço foi no sentido de obter entrosamento e sincronia. A qualidade individual das atletas é muito alta. No Sul-Americano, com o Grupo 2, tivemos notas excelentes”, afirma Camila.
Enquanto isso, as ginastas que vão representar o Brasil nas disputas individuais não escondem a empolgação.
Bárbara Domingos, a única atleta individual da GR presente em Santiago que já sentiu o gostinho de medalha nos Jogos Pan-Americanos (obteve prata na fita em Lima), acredita que a competição na capital chilena pode lhe dar a oportunidade de fechar com chave de ouro uma temporada brilhante. Babi recentemente conquistou nada menos do que a tão sonhada vaga olímpica no Mundial de Valencia, em agosto.
“Estou muito bem preparada. No Mundial atingimos nosso ápice em termos competitivos. Temos grandes possibilidades de, na esteira daquela campanha, registrarmos grandes feitos aqui”, disse a atleta curitibana.
A atleta olímpica ainda tem muito fresca na memória a sensação de ser vice-campeã continental na fita. “Essas recordações de Lima estão entre as mais especiais da minha carreira. Foi lá que conquistei minha primeira medalha, em minha primeira participação nos Jogos. Trata-se de um resultado histórico para o Brasil, e só tenho grandes lembranças dessa competição magnífica”.
De antemão, Bárbara avisa que não encontrará facilidades. “As canadenses, norte-americanas e as mexicanas também deverão estar muito bem preparadas, porque ainda estão na luta pela vaga olímpica e com certeza treinaram muito. Vai ser uma competição muito acirrada, eu imagino. Mas é uma competição que tem sempre uma energia diferente, um astral especial. E quem fizer o melhor na quadra vai ser premiada”, conclui a paranaense.
Geovanna Santos, dona de duas medalhas no Pan de GR do Rio, em 2022 (maças e fita), também chega com grandes ambições à arena de competição. E a grande preocupação da capixaba é justamente com a série de maças. “A gente mudou a série, então, como a mudança é recente, as dificuldades são maiores. Mas estou muito feliz por poder mostrar essa rotina que estou treinando há 30 dias. Espero que todo mundo curta a série e se divirta assistindo, assim como eu, dentro de quadra”.
Já a jovem Maria Eduarda Alexandre, de apenas 16 anos, apontada frequentemente como atleta de grande futuro, procurar desfrutar da oportunidade de ser vista por um público bem mais amplo. “Quero fazer desta competição uma alavanca pra voar mais longe ainda. Tenho até dificuldades para me dizer o que sinto neste momento. Estou vivendo situações que não imaginava que iria viver na Ginástica. Esta é uma das competições maiores em que poderia estar”.
Duda e sua treinadora evitaram fazer grandes mudanças nas séries que foram exibidas no Sul-Americano de Barranquilla. Do Brasileiro para o Sula é que houve maiores transformações. “Mudei a parte de dança, lançamentos e algumas dificuldades em que aumentamos de valor”, antecipa a atleta.
PÓDIOS DAS COMPETIÇÕES DE CONJUNTO NOS JOGOS PAN-AMERICANOS
2019
Geral MEX EUA BRA
Série simples MEX EUA BRA
Série mista BRA MEX CUB
2015
Geral BRA EUA CUB
Série simples BRA EUA CAN
Série mista EUA BRA CAN
2011
Geral BRA CAN CUB
Série simples BRA EUA CAN
Série mista BRA CAN EUA
2007
Geral BRA CUB CAN
Série simples BRA CUB CAN
Série nista BRA CUB MEX
PROGRAMAÇÃO
1º/11
16h Individual – Arco
16h Individual – Bola
18h30 5 Arcos – Conjunto
2/11
16h Individual – Fita
16h Individual – Maças
18h45 3 Fitas e 2 Bolas – Conjunto
3/11
11h Final – Individual – Arco
11h50 Final – Individual – Bola
18h Final – 5 Arcos – Conjunto
4/11
11h30 Final – Individual – Maças
12h20 Final – Individual – Fita
18h30 Final – 3 Fitas e 2 Bolas – Conjunto
Fonte: CBGinástica
Foto: Divulgação