Cristian Westemaier Ribera tem 21 anos e recebe o Bolsa Atleta na Categoria Pódio. Para chegar ao ouro ele superou o italiano atual líder da Copa do Mundo, Giuseppe Romele, que corria em casa
O hino nacional brasileiro ecoou pelas paisagens de rios e montanhas nevadas de Toblach, na Itália. No último sábado (27), o rondoniense de Cerejeiras Cristian Westemaier Ribera conquistou a medalha de ouro na Copa do Mundo, na prova de 1km de esqui cross-country paralímpico, na categoria sitting (sentado).
Com o tempo de 2min52s51, Cristian superou o italiano Giuseppe Romele (prata), que contava com o apoio da torcida, e o ucraniano Bal Pavlo (bronze). O Brasil teve mais seis representantes na prova.
Há dois anos Cristian foi o autor da façanha da primeira medalha brasileira em um Mundial Paralímpico de esportes na neve, em Lillehammer, na Noruega. Atualmente ele recebe o Bolsa Atleta na categoria Pódio, a mais alta do benefício. Ainda sob a emoção da conquista, ele fez um balanço da sua trajetória na competição.
“Eu me senti muito bem desde a qualificatória, gostei muito do meu tempo, eu fui o primeiro de hoje. Era uma das metas. Aí na semifinal consegui controlar bem a prova e na final força total pra conseguir esse ouro muito esperado. Treinei muito e estou muito feliz pelo resultado”, descreveu.
Para o secretário nacional do Paradesporto do Ministério do Esporte, Fábio Araújo, a conquista reflete os fatores que uma política pública voltada ao esporte de alto rendimento, como o Programa Bolsa Atleta, ajuda a impulsionar.
“A histórica vitória de Cristian Ribera na Copa do Mundo de esqui cross-country é reflexo da notável ascensão do Brasil no cenário paralímpico na neve. A medalha de ouro consolida a posição do atleta e do Brasil em destaque na modalidade, que o Cristian havia conquistado prata e bronze em competições anteriores”, afirmou Fábio. “Tudo isso consolida o sucesso do investimento contínuo da Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN) para posicionar o país como protagonista no paradesporto de neve”, concluiu.
Com trabalho, estratégia e esforço coletivo do poder público, federações e patrocínios, o Brasil segue em evolução para deixar de ser considerado “outsider” nos esportes da neve.
Fonte: Agência Gov
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