Ciclo ativistas de todo o país criam grupo para debater e incluir a mobilidade ativa como política pública
O vereador André Fraga (PV) é um dos 19 ativistas e políticos que integram a Coalizão Nacional Suprapartidária pela Bicicleta, fundada no dia 18 de fevereiro.
O movimento parte da luta por cidades mais favoráveis à ciclomobilidade urbana, com a intenção de usufruir do momento de eleições municipais para dar maior reconhecimento à pauta, além de reforçar a sua representatividade no desenvolvimento sustentável.
Ciclista e incentivador da ciclomobilidade urbana, Fraga é o único representante do Norte e Nordeste na lista de signatários da carta de fundação da coalizão. “Acredito e reforço que o desenvolvimento sustentável das cidades também passa por uma mobilidade limpa, com menor emissão de gases poluentes. Por isso, nosso mandato busca uma cidade mais planejada para os ciclistas amadores e profissionais”, disse o vereador.
Segundo a carta, a bicicleta tem despontado como um dos modais de transporte em ascensão, que deve estar integrada ao bem-estar dos cidadãos e ocupar espaços nas instituições de poder da democracia representativa. “Acreditamos que a bicicleta é um veículo de mudança, capaz de transformar a realidade nos mais diversos níveis – do indivíduo, dos coletivos e da sociedade como um todo”.
Para a ativista Renata Falzoni, que tem inúmeros estudos sobre a malha cicloviária no Brasil e é uma das fundadoras da coalizão, o momento representa uma coesão entre políticos e eleitores que entendem a cidade a partir da escala humana. “A Coalizão pela Bicicleta marcará o início dessa bancada política orgânica, onde tanto as demandas populares quanto as soluções propostas nasçam dentro dos conceitos de sustentabilidade, inclusão, direito à cidade e zero mortes no trânsito”.
Projetos
Fraga já apresentou na Câmara Municipal de Salvador alguns projetos ligados ao ciclismo, como o que cria Áreas de Proteção ao Ciclismo de Competição (APCCs), e que se tornou lei. Outra medida aprovada de autoria do parlamentar foi a que destina 10% das multas de trânsito para a mobilidade ativa. No entanto, o texto acabou sendo vetado pelo Executivo Municipal.
Fonte / Foto: ASCOM Ver André Fraga – PV