Assembleia Legislativa da BahiaInclusão SocialPolítica

Políticas públicas para literatura periférica são debatidas em audiência na Assembleia Legislativa

A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) debateu, na última sexta-feira (12), em audiência pública proposta pelo deputado Robinson Almeida (PT), políticas públicas para a literatura periférica. O evento contou com a participação do secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, da presidente da Fundação Nacional das Artes (Funarte), Maria Marighella, de representantes dos Ministérios da Cultura e da Igualdade Racial, escritores, produtores culturais, professores e estudantes de escolas públicas.

No debate, foi destacado a importância de o Estado promover e incentivar as práticas de cultura e arte nas periferias. Para o deputado Robinson Almeida, o encontro tem fundamental relevância na discussão de propostas que possam valorizar e estimular a literatura periférica em território baiano e demais regiões do Brasil.

“É importante que o Estado brasileiro esteja presente nas comunidades para promover o bem-estar das pessoas. Se não for assim, sabemos que vão chegar outras atividades muitas vezes consideradas ilegais. Se o Estado se ausenta, esse vazio vai ser ocupado”, alertou o petista, frisando a necessidade de se proteger a população que reside nas periferias.

“Através da cultura e da literatura, a gente pode incentivar essas práticas cotidianas nas comunidades, promovendo cidadania e inclusão social. Para isso, é importante que ocorra a intersecção entre periferia, juventude, saúde, educação e cultura”, defendeu Robinson Almeida. Ele também destacou o potencial que as escolas carregam enquanto espaço com capacidade de promover acesso a atividades de lazer e cultura.

O secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, afirmou que a política de territorialização da cultura representa a valorização das identidades de quem vive em cada local. Ele frisou que o Governo do Estado tem estabelecido uma diretriz de reconhecer o fazer cultural nos locais onde as ações acontecem efetivamente.

“Há uma elite cultural que se acostumou a atuar como validadora daquilo que é cultura e daquilo que não é cultura. No entanto, consideramos cultura aquilo que brota nos mais diversos espaços”, disse.

Igor Graciano, coordenador de Literatura na Diretoria de Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, classificou a audiência como momento de celebração e de caráter histórico em função da oportunidade de construção de políticas públicas para a literatura periférica.

“A literatura não está somente nos gabinetes, nas universidades. Ela também está nas ruas. Esse é um momento de escuta, de pensar o que devemos fazer a partir daquilo que já existe e construir políticas adequadas. É notório que a literatura não só representa o mundo, ela constitui o mundo, reconfigura e transforma espaços e territórios”, frisou.

A audiência também teve a presença do presidente da Academia de Letras da Bahia (ALB), Ordep Serra, e de escritores oriundos de estados como Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

Fonte: ASCOM Dep Robinson Almeida – PT
Foto: Daniel Ferreira

Related posts

CDH aprova projeto que inclui estupro virtual de vulnerável no Código Penal

Fulvio Bahia

Audiência da Câmara com Dino é encerrada, após confusão entre deputados

Fulvio Bahia

Violência em Salvador retorna ao debate na Câmara

Fulvio Bahia

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Nós assumimos que você concorda com isso, mas você pode desistir caso deseje. Aceitar Leia Mais