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Projeto Caravana do Meio Tempo chega em Cajazeiras

Contemplado no edital Gregórios – Ano III, projeto do Coletivo Meio Tempo abre inscrições para turma de maio nas oficinas de vídeo e teatro

Após a bem-sucedida etapa de estreia durante todo o mês de abril, o projeto Caravana do Meio Tempo dá continuidade à sua ocupação cultural em comunidades de Salvador com apresentações de espetáculos, além de oficinas de teatro e audiovisual. Neste mês de maio, as ações coordenadas pelo Coletivo Meio Tempo chegam ao bairro de Cajazeiras e serão realizadas no espaço Boca de Brasa (Av. Engenheiro Raymundo Carlos Nery – Cajazeiras, Salvador – BA).

O grupo foi contemplado no edital Gregórios – Ano III e além das oficinas temáticas Teatralizando e Criando com Celular, sempre voltadas para jovens e adolescentes das comunidades atendidas pelo projeto,o público também poderá acompanhar as apresentações dos espetáculos O Contentor – O Contêiner; Boquinha… e assim surgiu o mundo e Esqueça, sob a direção de Ridson Reis, coordenador do projeto Caravana do Meio Tempo.

“Estamos dando continuidade a este projeto que é tão importante para a manutenção e expansão das nossas atividades. Circular com a Caravana em bairros periféricos e atuar em espaços que nós ocupamos até há pouco tempo, nos coloca com a responsabilidade de retornar aqui e poder ofertar arte e formação de qualidade para tantos jovens moradores da região”, reflete Reis.

O projeto Caravana do Meio Tempo tem a realização do Coletivo Meio Tempo e foi contemplado pelo edital Gregórios – Ano III, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.

EM CAJAZEIRAS – Localizado na região periférica da cidade de Salvador e com uma população estimada em quase 1 milhão de habitantes, o bairro de Cajazeiras é considerado o maior complexo habitacional do Brasil. Com isso se tornou um dos mais populosos do país, superando até mesmo algumas cidades brasileiras. Recentemente Cajazeiras se tornou bastante mencionada por causa de Davi Brito, vencedor do Big Brother Brasil 24 e, desde então, “Cajacity” vem sendo debatida em pautas e temas como desenvolvimento urbano e social e a qualidade de vida para a população jovem na capital da Bahia. “Não é de hoje que o bairro de Cajazeiras é um polo cultural e social importante para Salvador e, dentre a proposta da Caravana, não seria possível executá-lo, sem passar por esta importante Região para Salvador. É o reconhecimento do trabalho e da arte em que acreditamos, arte feita de gente e pra gente.”, afirma o coordenador do projeto, Ridson Reis

PROGRAMAÇÃO – No Boca de Brasa, as oficinas temáticas Teatralizando e Criando com Celular serão realizadas de 06 a 21 de maio, das 13h30 às 16h30 e são voltadas para jovens e adolescentes que residem na localidade.

A Oficina de Teatro Teatralizando será ministrada pelo diretor, arte educador e gestor cultural Guilherme Hunder. Na oficina, através de exercícios de jogos e exercícios de improvisação, os participantes terão como ponto de partida as diversas mitologias, lendas e diferentes interpretações sobre como o mundo e a humanidade foram criados e vão tecer conexões com suas vivências, saberes e aprendizados. Já a oficina Criando com Celular será ministrada pelo realizador audiovisual, documentarista e arte educador, Rogério Vilaronga, que vai orientar jovens e adolescentes a produzirem conteúdo audiovisual com os recursos multimídia dos aparelhos celulares.

As apresentações dos espetáculos O Contentor – O Contêiner; Boquinha… e assim surgiu o mundo e  Esqueça estão agendadas para às quintas-feiras dos dias 9, 16 e 23 de maio, na mesma sequência, às 9h e 14h. Com temáticas sociais e contemporâneas, os espetáculos vão entreter os variados públicos e propor importantes reflexões.

Com texto do ator e escritor Lázaro Ramos, o espetáculo Boquinha… e assim surgiu o mundo promove reflexões e diversão, além de uma viagem pelo lúdico e ancestral. A montagem do primeiro espetáculo solo do ator e diretor Ridson Reis mostra o encontro do pequeno João Vicente, personagem central da trama, com as diversas perspectivas de surgimento do mundo.

No espetáculo O Contentor (O Conteiner), três homens africanos, de diferentes países, decidem imigrar ilegalmente para a Europa. Durante a viagem, feita no porão de um navio, compartilham suas histórias de vida e elaboram planos para um futuro próximo, mas, na chegada, são descobertos e aprisionados dentro de um contêiner (ou “contetor”, no português de Angola). Foi escrito pelo dramaturgo angolano José Mena Abrantes, com montagem de Ridson Reis.

Já em Esqueça, o evento do Descobrimento do Brasil e o colonialismo serão abordados de maneira crítica e lúdica. Os atores se dividem em diversos personagens, refletindo e recontando a chegada dos portugueses em solo brasileiro sob outro ponto de vista. 

VEM AÍ! – As ações da Caravana do Meio Tempo seguirão até junho nos espaços Boca de Brasa localizados na periferia de Salvador Com atividades já realizadas no Subúrbio 360º, em Vista Alegre, o próximo espaço a contar com as atividades da Caravana será o SESI Casa Branca, na Cidade Baixa. Durante toda a temporada, as atividades do projeto Caravana do Meio Tempo serão totalmente gratuitas e contarão com tradução em libras. Mais informações sobre o projeto estão disponíveis no Instagram @coletivomeiotempo ou através do email coletivomeiotempo@gmail.com.

SOBRE O COLETIVO MEIO TEMPO – O Coletivo Meio Tempo surgiu em 2016 a partir do reencontro artístico de Ridson Reis e Roquildes Junior, multiartistas soteropolitanos, oriundos do subúrbio ferroviário. Eles haviam trabalhado juntos em 2006 na montagem do Sonho de uma noite de verão, do Bando de Teatro Olodum, e 10 anos depois eles se reencontram para a montagem do espetáculo O Contentor – O Contêiner, baseado na obra do angolano José Mena Abrantes. A peça rendeu a Ridson Reis a indicação do Prêmio Braskem de Teatro na categoria Revelação. Desde então, o coletivo montou três espetáculos, realizou projetos, eventos, participou de mostras e festivais.

Fonte: ASCOM Coletivo Meio Tempo
Foto: Adriane Rocha

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