Os bebês já saem com as consultas de fisioterapia e pediatria agendadas
Nos primeiros meses deste ano, mais de 850 consultas foram realizadas com fisioterapeutas no ambulatório do Hospital Inácia Pinto dos Santos, o Hospital da Mulher. Os bebês que nascem na unidade já saem com as consultas de fisioterapia e pediatria agendadas, garantindo assim um acompanhamento contínuo para bebês que nascem prematuros, como Anthony, que com apenas 2 meses e 23 dias de idade cronológica, mas 1 mês e 18 dias de idade corrigida, já demonstra avanços significativos em seu desenvolvimento.
Layne Lima, mãe de Anthony, relata com entusiasmo as melhorias notáveis em seu filho desde o início do acompanhamento. “Ele está mais esperto, o pescoço ficou bem firme, ele está se desenvolvendo bastante, presta atenção em tudo, acompanha a minha voz”. Esse progresso é resultado direto da intervenção precoce proporcionada pela fisioterapia, que se concentra na estimulação do desenvolvimento motor, apoio respiratório, orientação aos pais e avaliação e tratamento de problemas posturais e musculares.
Para compreender a relevância dessa evolução, é importante entender a diferença entre idade cronológica e idade corrigida. A idade cronológica é a contagem do tempo desde o nascimento, enquanto a idade corrigida leva em consideração o tempo que o bebê deveria ter se desenvolvido no útero. Essa correção é fundamental para avaliar adequadamente o desenvolvimento de bebês prematuros, que nascem antes das 37 semanas de gestação.
Segundo Ticiane Campos, fisioterapeuta responsável pelo acompanhamento de Anthony e outros bebês, “a fisioterapia é importante para iniciar essa estimulação precocemente e evitar que o atraso no desenvolvimento apareça”. Ela explica que bebês prematuros tem sistemas, especialmente neurológicos, imaturos, e por isso requerem intervenções específicas para alcançar marcos de desenvolvimento esperados.
Além do trabalho realizado no consultório, a terapia centrada na família é essencial. Ticiane ressalta a importância dos pais continuarem a estimulação em casa, complementando o que é feito nas sessões semanais. “Se os pais não estimularem em casa, não será suficiente para corrigir esse risco de atraso no desenvolvimento”, destaca a fisioterapeuta.
Fonte: SECOM PMFS
Foto: Victória Seixas