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Conheça Elizza Barreto e o “Balé das Folhas”

Após o sucesso de lançamento do livro “Ballet das Folhas”, publicado pela editora Penalux, Elizza Barreto, escritora e Psicóloga especialista em Psicologia da Saúde, conta que no seu segundo título de poesia, a escrita é um grito sobre a trajetória da mulher que vive à sombra do medo do abandono, trazendo a simbologia das folhas de outono e sua maleabilidade em um mundo normativo, permeado pelas regras, padrões e expectativas. Com escrita corajosa, perspicaz, reveladora e amadurecida, a escritora conversa com sua própria evolução e deságua nos atravessamentos do cotidiano.

“Nunca consegui corresponder ao que esperavam de uma menina, mas minha inadequação sucumbiu à necessidade de controle diante de tantas expectativas. Para ser perfeita, era preciso seguir passos milimétricos, jeitos, formas, estar presente, disponível, ser amável, doce. Eu nunca fui bailarina, era a pior turma do ballet. Foi nas folhas secas que encontrei meu primeiro lugar de pertencimento: livre, desgarrada, em queda. Pertencia à árvore ou ao mundo? Abandona a árvore e se torna mal-amada ou se desprende para, enfim, entender o amor em outras funções, para além da troca. Da dívida. Com as folhas bailarinas, fui construindo um livro que tem como função ser voz, mas especialmente proporcionar a sensação de pertencimento para os leitores. É o espelho da escrita de mim mesma, da minha trajetória para me tornar, enfim, livre do papel de cuidar para ser amada, fingir pertencer para não ser abandonada. Não é um livro sobre auto-ajuda, no entanto, nem mesmo um livro com viés terapêutico. Neste livro, meu medo do abandono encontra o desejo de ser leal a mim mesma. Eis meu grito, mas também o alívio na garganta” Compartilhou Elizza.

Lorena Ribeiro, Autora do livro “Amuleto”, comentou sobre o lançamento: “os textos de Elizza Barreto exibem o contraste entre a fragilidade e a veracidade dessa(s) mulher(es) que querem tudo aquilo que não dá: como rasgar, matar o tempo. As poesias em “Ballet das folhas” provoca um desvendar de si a partir das reflexões sobre o se relacionar com outras pessoas, mas sem deixar de olhar pra dentro, observando sensações”, concluiu.

Foto: Divulgação

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