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Quase 16 toneladas de materiais recicláveis foram recolhidos nos Festejos Juninos

O que para alguns é lixo para os catadores de materiais recicláveis é renda e cuidado com o meio ambiente. O recolhimento de latinhas de alumínio, plásticos, vidro e papelão garantiram a preservação do meio ambiente. Além disso, com a execução do Projeto Arraiá Sustentável e Solidário houve na econômica baiana uma injeção de mais de R$ 800 mil reais.

Durante os dias dos festejos até hoje (3) cerca de R$ 90 mil reais chegaram nas mãos dos catadores(as) autônomos, que atuaram nas festas juninas e no 2 de Julho da capital baiana. Dinheiro que circula na mão dos catadores e catadoras e leva dignidade e sustento para cerca de 660 famílias.

O projeto ” Arraiá Sustentável e solidário ” contribuiu para mitigação de emissão de CO², de recursos naturais e minerais.

Os dados apresentados foram analisados através de eco indicadores da ONG CAMA e revelam significativas economias: 51 toneladas de dióxido de carbono deixaram de ser emitida para o meio ambiente, 203 mil litros de água, 80 metros cúbicos de espaço em aterros sanitários, 492 mil kWh de energia, 10 árvores e 5 mil litros de petróleo.

A iniciativa coordenada por 12 associações e cooperativas de catadores e catadoras de materiais recicláveis de Salvador e a ONG CAMA, que fazem parte do Fórum Estadual Lixo e Cidadania da Bahia e tinha a expectativa de recolher 12 mil toneladas mas a meta foi batida no final de semana.

A ação foi realizada até o São João em três circuitos: Paripe, Pelourinho e Parque de Exposições. Nesse último local o projeto finalizou hoje (3).

O Projeto

O Arraiá Sustentável e Solidário é uma iniciativa que tem como objetivo auxiliar, acolher e dar dignidade aos profissionais da reciclagem, durante os dias os festejos de São João, na capital baiana. Para auxiliar esses trabalhadores, três Vilas Juninas dos Catadores (as) de Materiais Recicláveis foram montadas no Parque de Exposições, no Pelourinho (Largo da Tieta) e pela primeira vez em Paripe, na Rua da Estação.

Nesses espaços, aos serem cadastrados os catadores recebem uma mochila contendo uma calça, uma blusa, um par de luvas, um par de botas e uma capa de chuva. Nas Vilas, os trabalhadores também podem comercializar todo o material coletado. O quilo da latinha de alumínio está sendo vendido a R$6,00, o da garrafa PET, a R$1,00, e do plástico, a R$0,50. Cada catador que conseguir alcançar a meta de 15 quilos de plástico,alumínio e PET recebia uma bonificação de R$30,00, além do valor do quilo do material recolhido.

Além dos catadores e catadoras, um grupo de costureiras, que integram o Costura Solidária Sustentável, também estão sendo beneficiadas pelo projeto. Foram elas as responsáveis por produzir as mochilas feitas com banners de lona vinílica que seriam jogados no lixo.

As cooperativas Coocreja, Cooperbari, Cooperguary, Caec, Canore, Camapet, Crun, Cooperes, Canarecicla, Cooperbrava, Cooperlix, Coleta Cidadã e a ONG CAMA, que integram o Fórum Estadual Lixo e Cidadania da Bahia. A ação conta com o apoio do Governo do Estado da Bahia (SEMA, SEDUR e SETRE) e do MPT-BA, Secis, Limpurb, Voluntárias Sociais da Bahia e MPBA.

Fonte / Foto: ONG Cama

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