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Bitcoin despenca 13%, cai para US$ 52 mil e traders perdem bilhões em posições de long short

O Bitcoin começa a semana com uma forte queda que chegou a 15%, levando seu preço a tocar o suporte de US$ 50 mil, com isso mais de US$ 1 bilhão de posições em long foram liquidadas nas últimas 24 horas.

A principal criptomoeda do mercado, o BitcoinBTC está cotada na manhã desta segunda-feira (5) em R$ 292.022,76. O Bitcoin começa a semana com uma forte queda que chegou a 15%, levando seu preço a tocar o suporte de US$ 50 mil, com isso mais de US$ 1 bilhão de posições em long foram liquidadas nas últimas 24 horas.

Ricardo Teng, CEO da Binance, destacou que as recentes quedas acentuadas nos preços de criptomoedas e ações são influenciadas por fatores macroeconômicos.

“NÃO acreditamos que isso seja indicativo de uma tendência negativa de longo prazo. Com potenciais cortes nas taxas do Fed e volatilidade geopolítica, ainda há um potencial significativo para flutuações de mercado. Lembrete para sempre DYOR e se manter informado. Continue construindo!”, disse.

Somente o Bitcoin teve US$ 362,83 milhões em liquidações, predominantemente de posições longas, enquanto o Ethereum enfrentou US$ 346,47 milhões. Durante esse momento caótico, 278.022 traders foram liquidados e o total de liquidações chegou a US$ 1,06 bilhão. A maior ordem de liquidação única ocorreu na Huobi entre BTC-USD, no valor de US$ 27 milhões.

Desde 2 de agosto, o mercado registrou sua liquidação mais significativa em três dias em quase um ano, perdendo mais de US$ 500 bilhões, enquanto o desempenho das ações do S&P 500 caiu mais de 4% no mesmo período.

Segundo o analista Andreja Stojanovic, ainda é incerto o que fez o preço do Bitcoin despencar tanto, porém ele afirma que é provável que uma mistura de fatores tenha causado a liquidação, incluindo o recente relatório de emprego, os efeitos colaterais do mercado de ações e os temores gerais persistentes e recentemente intensificados de recessão.

“Seja qual for o motivo, ou o coquetel de motivos, por trás da limpeza do mercado de criptomoedas, o fato é que quase US$ 400 bilhões foram eliminados da capitalização total de mercado de ativos digitais e que o Bitcoin parece estar lutando para manter sua avaliação psicologicamente importante de US$ 1 trilhão”, disse.

O analista destaca que o próximo nível em que o Bitcoin provavelmente encontrará algum suporte, caso realmente caia abaixo de US$ 50.000, será próximo a US$ 47.000, já que quase 1 milhão de endereços compraram quase meio milhão de BTC perto desse preço.

Rumores começaram a surgir na plataforma X, na manhã de segunda-feira, sugerindo que Justin Sun, o fundador da Tron, enfrentava uma liquidação, em meio à queda vertiginosa do mercado de criptomoedas. Ele foi culpado por ele e sua equipe terem liquidado fundos, o que intensificou a queda do mercado. Sun negou os rumores sobre a liquidação de suas posições. 

“Os rumores sobre nossas posições serem liquidadas são falsos”, escreveu Justin. “Raramente nos envolvemos em estratégias de negociação alavancadas porque acreditamos que tais negociações não beneficiam significativamente a indústria.”

Portanto, o preço do Bitcoin em 05 de agosto de 2024 é de R$ 370.511,63. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0033 BTC e R$ 1 compram 0,0000033 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 05 de agosto de 2024, são: Neiro on ETH (NEIRO), Wexo (WEXO), Fasttoken (FTN), com altas de 11%, 9% e 0,1% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 05 de agosto de 2024, são: Lido (DAO), dogwifhat (WIF) e JasmyCoin (JASMY) com quedas de -26%, -24% e -23% respectivamente.

Bitcoin

José Artur Ribeiro, CEO da Coinext, destaca que na última semana, observamos um movimento de queda pronunciado no Bitcoin, que já sinalizava uma retração profunda antes mesmo dos recentes desdobramentos no mercado financeiro global. Este recuo foi precipitado na última semana pela rejeição de alvos importantes, especificamente em US$64.400 e US$62.500, que indicavam potenciais quedas até $46.200 em um cenário crítico, conforme antecipamos em nossa análise semanal.

“O aumento das taxas de juros pelo Banco do Japão, que surpreendeu ao adotar uma postura mais restritiva, provocou uma valorização do iene e uma queda acentuada no índice Nikkei, que despencou cerca de 15% em três dias e teve seu “circuit breaker” ativado. Esses eventos refletiram diretamente no mercado de criptomoedas, já que o aumento das taxas de juros impacta diretamente na liquidez global e na disposição dos investidores em assumir riscos”, disse.

Ainda segundo ele, eventos geopolíticos como tensões no Oriente Médio, protestos no Reino Unido e questões na Venezuela, embora significantes, ainda são considerados de menor impacto quando comparados com a situação macroeconômica mais ampla. Esses eventos têm potencial para influenciar os mercados, mas até o momento, seus efeitos foram relativamente limitados em comparação com as questões econômicas globais.

“O Bitcoin, sendo um mercado que opera continuamente, respondeu de maneira imediata neste domingo a essas mudanças, servindo como um termômetro inicial para a liquidez global”, aponta.

O CEO destaca que o Bitcoin pode sofrer com a fuga de liquidez, mas é improvável que vejamos uma queda muito mais acentuada no ativo daqui para frente, com os investidores já antecipando e reagindo a negatividades potenciais. Com a abertura dos mercados na segunda-feira, espera-se um esclarecimento crucial sobre os efeitos de curto prazo desses eventos. Os fundamentos robustos da criptomoeda nos garante que ela irá se recuperar, ainda que seja esperada alta volatilidade nos próximos dias.

“Vale notar que este cenário reforça expectativas de cortes nas taxas de juros pelos bancos centrais, especialmente o Federal Reserve dos EUA, o que pode beneficiar o Bitcoin quando o mercado precificar esse movimento mais intensamente. A inversão da curva de rendimentos dos títulos do governo dos EUA, com rendimentos de 3 meses superando os de 30 anos, é um sinal clássico que antecede recessões, indicando uma deterioração econômica”, afirma.

Ainda segundo ele, outros indicadores econômicos também apontam para uma atividade contraída, reforçando o cenário de alerta que historicamente precede crises, reforçando um corte de juros que pode vir até maior que esperado.

“As altcoins provavelmente enfrentarão quedas mais acentuadas, refletindo um realinhamento de risco mesmo dentro do universo cripto. No Brasil, a situação pode ser um pouco mais amena para os investidores devido à potencial desvalorização do real frente ao dólar, que pode amortecer parte das perdas em Bitcoin”, destaca.

Para os investidores que olham para o longo prazo, portanto ele argumenta que momentos de queda como este podem representar oportunidades para adquirir criptomoedas a preços mais baixos, especialmente com o influxo previsto de investimentos para o Ethereum devido ao lançamento de novos ETFs.

“Finalmente, aconselha-se cautela aos investidores neste período volátil. A abordagem prudente seria realizar compras graduais, monitorando de perto os desenvolvimentos do mercado e ajustando as estratégias conforme necessário para mitigar riscos e aproveitar as oportunidades emergentes”, finaliza.

Fonte: CoinTelegraph
Foto: Pexels / Karolina Grabowska

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