Os touros conseguiram manter o BTC acima de US$ 57 mil, nível fundamental para uma nova tentativa de romper com a faixa de US$ 60 mil e iniciar uma ampla recuperação até testar a resistência de US$ 67 mil.
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin – BT está cotada na manhã desta quinta-feira (8), em R$ 322.565,74. Os touros conseguiram manter o BTC acima de US$ 57 mil, nível fundamental para uma nova tentativa de romper com a faixa de US$ 60 mil e iniciar uma ampla recuperação até testar a resistência de US$ 67 mil.
“Nos dados on-chain tivemos o acúmulo de 24 mil bitcoins por parte dos investidores de longo prazo (LTH). Nos ETFs de bitcoin tivemos um fluxo positivo de 45 milhões de dólares. Nos ETFs de ether foram 23 milhões de dólares de saída”, disse André Franco, especialista do MB Research do Mercado Bitcoin.
Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget, destaca que o MVRV (market value realized value) mostra que os níveis de prejuízos acumulados dos Traders são maiores do que na quebra da FTX. Nunca o mercado foi tão desalavancado. Esse é um sinal de fundo de curto prazo, o mercado deve ficar mais calmo durante a semana.
“O MVRV Ratio é uma métrica que compara a capitalização de mercado (Market Value) de um ativo com a sua capitalização realizada (Realized Value). Hoje estamos muito próximos da zona neutra do indicador, situação que da a oportunidade dos traders fecharem suas posições no “zero a zero” ou seja, sem prejuízos.
Nesta região veremos uma importante tomada de decisão, sendo a retomada da baixa caso rejeitemos a zona neutra. De momento a recomendação é manter a cautela principalmente em operações na ponta compradora”, disse.
Beto Fernandes, analista da Foxbit destaca que os investidores estão um pouco mais aliviados após o forte sell-off do começo da semana, mas ainda há preocupações importantes rondando o sentimento do mercado. Ainda mais que, semana que vem, os Estados Unidos vão divulgar seus dados inflacionários.
Ele também aponta que os ETFs seguem registrando saídas, mas em um nível bem abaixo do esperado, considerando o pânico gerado no mercado. Ontem, foram cerca de US$ 150 milhões que deixaram os fundos. Por outro lado, os ETFs de Ethereum engataram o segundo fluxo positivo consecutivo, com quase US$ 100 milhões entrando em caixa.
“Esse “apetite”, porém, não está muito claro nos order books, que mostram pouco interesse de compra na atual faixa de preços. Com isso, os big players podem estar esperando mais uma pressão de vendas, antes de voltar para o jogo”, disse.
Portanto, o preço do Bitcoin em 08 de agosto de 2024 é de R$ 322.565,74. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0031 BTC e R$ 1 compram 0,0000031 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 08 de agosto de 2024, são: XRP (XRP), Toncoin (TON) e Stellar (XLM) com altas de 19%, 7% e 6% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 08 de agosto de 2024, são: Brett (BRETT), Floki (FLOKI) e Mantra (OM), com quedas de -10%, -9% e -8% respectivamente.
O que vem pela frente
Os últimos acontecimentos do cenário global impactaram negativamento as criptomoedas. Com a instabilidade, o Bitcoin voltou a patamares considerados ultrapassados para os analistas, e a análise técnica se tornou imprescindível para a gestão de risco da moeda, durante essa semana.
“A aderência aos gatilhos da análise técnica foi essencial para o gerenciamento de risco na semana passada, quando a quebra do suporte de US$ 61.5 mil dólares sinalizou a última proteção antes de uma potencial queda até US$ 49 mil dólares. Para esta semana, ainda enfrentamos o risco de uma queda para US$ 46.2 mil dólares. No entanto, isso não ocorrerá sem antes testarmos ou rejeitarmos níveis significativos, como US$ 58.2 mil e US$ 61.5 mil dólares”, explica Taiamã Demaman, líder de research da Coinext.
O especialista enxerga uma recuperação moderada no mercado tradicional, mas relembra que o movimento afetou as estratégias em cripto que precisarão de ajustes para mitigar riscos, embora os fundamentos indiquem uma continuação do aumento na liquidez global. Com isso, a análise de Demaman avalia três possíveis cenários: alta, queda e indecisão.
Numa visão de alta, os investidores que estão posicionados acima dos US$ 62.5 mil dólares terão um alívio com a quebra desse patamar, seguida de um reteste após o rompimento inicial. Para atingir esse nível, o primeiro obstáculo é a resistência entre US$ 57.3 mil e US$ 58.2 mil dólares, o que poderá desencadear o fechamento do duplo GAP da CME e aumentar potencialmente a volatilidade do movimento ascendente.
Em um cenário de indecisão, a permanência do preço entre US$ 53.5 mil e US$ 57 mil dólares poderá causar confusão nos gráficos de curto prazo. Cada novo teste desses limites, seja para cima ou para baixo, sinalizará tentativas de movimentação na direção oposta.
Já em um cenário de queda, uma rejeição clara abaixo de 53 mil dólares, com subsequente rompimento de 51,5 mil dólares, poderá fazer com que o Bitcoin chegue até os 46,2 mil dólares.
“A dominância do Bitcoin manteve-se por mais uma semana acima do ponto crucial de 56,3%, impulsionada pela queda do preço do ativo e reforçando sua posição como o ativo mais seguro em períodos de volatilidade. O topo do intervalo atual está em 57,21%, o que pode ser um bom indicador para realocar parte do capital para altcoins. Um rompimento abaixo de 56,2% também sugere uma oportunidade semelhante, mas com um aumento no risco de quedas adicionais, especialmente se o Bitcoin não estiver em uma zona de consolidação”, explicou o Demaman.
A incerteza também impactou os ETFs de Bitcoin e Etherum, que registraram quedas expressivas, refletindo o momento negativo do mercado global. O destaque está com o ETF de Ethereum, que acumula 500 milhões em vendas. No entanto, com esse ritmo, a expectativa é que a pressão sobre o Grayscale Ethereum ETF se dissipe em aproximadamente 60 dias.
Fonte: CoinTelegraph
Imagem: Divulgação / Michael Förtsch on Unsplash
