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“Temos uma lei à altura, mas o cumprimento é que é o problema”, diz Ireuda Silva sobre a violência contra a mulher

Em entrevista ao programa Fora do Plenário, da rádio Salvador FM, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), discutiu a violência doméstica e a atuação da Patrulha Guardiã Maria da Penha, projeto idealizado por ela e operado pela Guarda Municipal de Salvador. Em conversa com os apresentadores Evilasio Junior e Daniela Prata, Ireuda ressaltou a importância do funcionamento da patrulha e criticou a lentidão da Justiça no combate a esse tipo de crime.

Segundo a vereadora, a Patrulha Guardiã Maria da Penha se destaca por sua capacidade de resposta rápida, com viaturas específicas e o apoio de toda a frota da Guarda Municipal em caso de necessidade. “Os guardas fizeram a qualificação. E o melhor disso tudo é que além de ter as viaturas específicas, todas as viaturas da corporação estão a postos para atender a um chamado, caso as viaturas específicas estejam ocupadas. Isso é mais do que necessário e ainda pouco para o problema que temos em mãos”, afirmou.

Ireuda também destacou a gravidade e a imprevisibilidade da violência doméstica, alertando para o fato de que o agressor nem sempre é identificável. “O agressor não tem uma identificação, você não sabe com quem está lidando. Você conhece um homem hoje e daqui a seis meses pode estar sendo morta. E combater isso é uma responsabilidade de todos nós”, disse.

Em relação à atuação do Judiciário, a vereadora criticou a demora no processamento dos casos de violência doméstica, o que, segundo ela, acaba por incentivar os agressores. “Precisamos que a Justiça ande no mesmo passo; ela não pode ser tardia. Os agressores andam a galope, eles desafiam. Vemos agora um garoto de 26 anos matar uma delegada, será que ele não teve tempo de pensar em que terreno ele estava pisando? Quem garante isso aos agressores? A omissão”, enfatizou.

Para Ireuda, embora a Lei Maria da Penha seja uma conquista fundamental, sua aplicação precisa ser mais ágil e efetiva. “Temos uma lei à altura, a Lei Maria da Penha, mas o cumprimento dessa lei é que é o problema. Você não pode dar queixa hoje e ser ouvida daqui a três meses”, concluiu.

Fonte / Foto: ASCOM ver Ireuda Silva – Republicanos

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