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Bitcoin cai para US$ 62 mil, mas traders acreditam em novo teste em US$ 65 mil na semana

Apesar da queda para US$ 62 mil, analistas acreditam que os touros estão fortalecidos e devem buscar um novo teste da resistência de US$ 65 mil ainda esta semana

A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin – BT  está cotada na manhã desta terça-feira (27), em R$ 345.718,47. Apesar da queda para US$ 62 mil, analistas acreditam que os touros estão fortalecidos e devem buscar um novo teste da resistência de US$ 65 mil ainda esta semana.

Julio Andreoni, especialista em criptomoedas do Bitybank, afirma que nesta semana, o mercado de criptoativos merece atenção especial após os acontecimentos da última sexta-feira. Durante o simpósio de Jackson Hole, o presidente do Federal Reserve deu o maior sinal até agora de que a taxa de juros poderá ser cortada em breve. Isso é extremamente positivo para ativos de risco, especialmente as criptomoedas.

“Na própria sexta-feira, os mercados reagiram bem, com as bolsas nos Estados Unidos, como o NASDAQ e o S&P 500, subindo mais de 1,5%. Esse movimento pode continuar reverberando ao longo da semana, especialmente com a divulgação de dois indicadores macroeconômicos importantes: o índice de inflação PCE e o PIB dos Estados Unidos. Dependendo dos resultados, o corte de juros em setembro se tornará ainda mais provável, o que seria altamente positivo para o mercado”, disse.

Além disso, ele aponta que dois pontos específicos do mercado de criptoativos merecem destaque. Primeiro, a capitalização de mercado das stablecoins, como os cripto dólares, atingiu uma nova máxima, superando 168 bilhões de dólares, o maior valor desde março de 2022. Isso sugere que mais capital está fluindo para o mercado cripto, com um crescente interesse no potencial das stablecoins para diversos projetos e serviços.

Outro ponto a observar, segundo o analista, é o desempenho da blockchain TON, que registrou uma queda de mais de 20% no final de semana após a prisão do fundador do Telegram, Pavel Durov, acusado de não colaborar com as autoridades europeias.

A TON é um projeto significativo, estando entre os 10 maiores em valor de mercado no universo dos criptoativos e com o apoio de grandes fundos como a Pantera Capital. Portanto, é crucial acompanhar o desenrolar dessa situação.

“Por fim, também é importante ficar atento ao resultado trimestral da NVIDIA, que tem sido uma peça central na narrativa de inteligência artificial, impulsionando o desempenho do S&P 500 nos últimos meses, junto com outras Big Techs. A NVIDIA tem uma alta correlação com os criptoativos, especialmente dentro do contexto de inteligência artificial, que tem favorecido muitos projetos cripto. Dependendo dos resultados, podemos ver uma volatilidade significativa nos mercados”, aponta.

Olhando para os gráficos, Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget, destaca que os touros não estão ‘em um mar de tranquilidade’ e precisam agir rapidamente.

“Após recuar, de forma totalmente natural nas últimas 24 horas, o BTC precisa encontrar um fundo rápido e voltar a subir. Isso porque no momento estamos fazendo um reteste no topo anterior, e se manter acima dele é imprescindível para configuração de um pivot de alta em busca dos US$ 67000”, disse Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget.

Ana de Mattos, Analista Técnica e Trader Parceira da Ripio, destaca que se o preço do Bitcoin superar a resistência dos US$ 65.800, o próximo alvo de médio e longo prazo estão nas faixas de preços de US$ 68.200 e US$ 70.500.

“No entanto, caso ocorra correção de toda alta acumulada, os suportes de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 61.200 e US$ 54.000”, disse.

Para o Ethereum, ela aponta que se houver continuidade da queda, o preço do ativo poderá buscar os suportes nas regiões de liquidez dos US$ 2.600 e US$ 2.368. “No entanto, caso entre fluxo comprador revertendo o movimento, as resistências de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos  US$ 2.900 e US$ 3.200”, afirma.

“O destaque dessa semana vai para a criptomoeda Fet, que entre os períodos de 19 a 24 de agosto teve uma valorização de mais de 75%. Este movimento fez com que o preço do ativo saísse de US$ 0.80 e atingisse a máxima de US$ 1.40”, disse.

Segundo ela, ao analisar o fluxo é possível observar que no momento em que o preço da Fet atingiu a máxima de US$ 1.40, entrou um alto volume no topo, sugerindo realizações de lucros e com isso, uma possível correção no preço.

“Se o movimento corretivo confirmar, haverá suporte nas faixas de preços de US$ 1.26 e US$ 1.07. As resistências de médio e longo prazo estão nas regiões de liquidez dos US$ 1.45 e US$ 1.72”, finaliza.

Portanto, o preço do Bitcoin em 27 de agosto de 2024 é de R$ 348.784,90. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0029 BTC e R$ 1 compram 0,0000029 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 27 de agosto de 2024, são: Akash Network (AKT), Helium (HNT) e Artificial Superintelligence Alliance (FET) com altas de 10%, 5% e 4% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 27 de agosto de 2024, são: dogwifhat (WIF), Chainlink (LINK) e Pepe (PEPE) com quedas de -8%, -7% e -6% respectivamente.

Cenário favorável ao Bitcoin

Apesar do recuo nas últimas 24h, o cenário macroeconômico está se tornando cada vez mais favorável ao Bitcoin, de acordo com Fernando Szterling, Head da Bipa Premium. Em sua análise recente, Szterling destacou que o principal fator de pressão sobre o ativo digital nos últimos tempos foi o ciclo de alta das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos. “Esse ciclo, que começou em março de 2022, está finalmente prestes a ser revertido”, afirmou o analista.

Na última declaração, Jerome Powell, presidente do Fed, indicou que “chegou a hora de reduzir os juros”, comprometendo-se a evitar um aumento do desemprego no país. “O Bitcoin começou a precificar fortemente logo após o pronunciamento de Powell, refletindo a expectativa de um ambiente econômico mais favorável para ativos de risco”, explicou Szterling.

A próxima reunião do Fed para revisar a taxa de juros está marcada para os dias 17 e 18 de setembro, e o mercado agora especula se a redução será de 25 ou 50 pontos básicos.
Além do cenário de juros, Szterling apontou outro catalisador importante para a recente valorização do Bitcoin: a queda no volume de bitcoins depositados em corretoras de criptoativos.

“Essa queda geralmente indica uma menor propensão dos investidores em vender seus bitcoins, o que reduz a pressão vendedora e pode sustentar o preço em patamares mais altos”, comentou.

O analista também ressaltou o aumento significativo no volume de stablecoins emitidos, que atingiu um recorde histórico de US$ 168,1 bilhões.

“As stablecoins são emitidas para investidores em troca de moeda fiat e geralmente são usadas para a compra de bitcoin e outros criptoativos. Esse aumento no volume de stablecoins é um indicador técnico relevante que aponta para uma demanda crescente por ativos digitais”, afirmou Szterling.

Outro fator psicológico importante destacado por Szterling é o preço do Bitcoin acima de US$ 60.000, um nível em que a maioria dos investidores está no lucro. “Esse patamar se tornou uma referência psicológica significativa, explicando porque o preço tem gravitado ao redor desse nível por tanto tempo”, observou.

Na sexta-feira passada, os ETFs de Bitcoin registraram uma entrada líquida de US$ 252 milhões, o maior volume em mais de um mês. “Esse fluxo robusto de capital para os ETFs é um sinal claro de que os investidores estão otimistas em relação ao futuro do Bitcoin”, disse Szterling.

Com a combinação desses fatores — a expectativa de redução dos juros, a diminuição da pressão vendedora, o aumento do volume de stablecoins e a forte entrada de capital nos ETFs — o analista vê um cenário favorável para uma valorização contínua do Bitcoin nas próximas semanas.

“O mercado está alinhado para uma possível alta, especialmente se o Fed confirmar a reversão da política de juros. Isso poderia impulsionar o Bitcoin para novos patamares”, concluiu Fernando Szterling.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.

Fonte: CoinTelegraph
Imagem: Roy Buri por Pixabay

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