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Bitcoin tenta recuperação, mas esbarra na força dos ursos

Os touros conseguiram ultrapassar a marca de US$ 58 mil ontem, mas, sem forças para segurar o ímpeto dos ursos o BTC caiu para abaixo de US$ 57 mil nesta manhã

A principal criptomoeda do mercado, o BitcoinBTC está cotada na manhã desta quarta-feira (11) em R$ 321.015. Os touros conseguiram ultrapassar a marca de US$ 58 mil ontem, mas, sem forças para segurar o ímpeto dos ursos o BTC caiu para abaixo de US$ 57 mil nesta manha.

“Nos dados on-chain tivemos o acúmulo de 6 mil Bitcoins por parte dos investidores de longo prazo (LTH). No Ethereum foram 35 mil ETH retirados do staking. Nos ETFs de Bitcoin tivemos a entrada de 117 milhões de dólares. Nos ETFs de ether foram 11,4 milhões de dólares de entrada”, destaca André Franco, especialista do MB Research do Mercado Bitcoin.

Austin Kimm, adivisor da CryptoIndex, afirma que era esperado que o mercado cripto não iria conseguir se consolidar acima do nível de US$ 2 trilhões devido à indecisão dos principais participantes antes dos dados de inflação dos EUA. A venda tem sido predominante desde o início do dia, confirmando a tática de rápida realização de lucros.

“O Bitcoin está sendo negociado em torno de US$ 56,5 mil, tendo falhado em romper a marca de US$ 58 mil duas vezes desde o início do dia na terça-feira. O Bitcoin é densamente povoado por investidores institucionais, para quem a macroeconomia e o sentimento nos mercados financeiros tradicionais são os principais impulsionadores de curto prazo”, disse.

Ainda segundo ele, a introdução de ETFs ainda não teve um impacto positivo no momentum. O BTCUSD está em tendência de baixa desde março, enquanto o ETHUSD tem sido vendido ativamente desde o final de maio.

“Isso é mais um resultado da realização de lucros por investidores de longo prazo após atingir um marco importante na adoção global de criptomoedas do que um efeito negativo da presença de fundos e empresas entre os compradores. Esse processo não derrubará o mercado, mas já quebrou a tendência de ciclos de 4 anos de forte crescimento durante os anos do halving do Bitcoin” completou

Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget, aponta que o indicador mostra as entradas e saídas de Bitcoin em ETFs dos EUA. Em agosto, houve uma grande retirada de mais de US$ 300 milhões em uma semana, após uma pequena entrada de US$ 70 milhões.

“Em setembro, as saídas já ultrapassam US$ 110 milhões, e se continuarem nesse ritmo, o preço do BTC pode cair para cerca de US$ 50 mil”, afirmou.

Fernando Szterling, Head of Bipa Premium, afirma que o BTC passou a maior parte da segunda metade de agosto acima de US$60.000, de maneira que essa faixa de US$58.000-60.000 é crucial. Investidores ainda estão bastante temerosos, com o humor do mercado indicando Fear no Fear & Greed Index.

“Há ansiedade da comunidade em ver se o debate presidencial de hoje à noite mencionará Bitcoin ou crypto, mas a probabilidade é baixa (vide Polymarket, onde se estima a chance em menos de 20%). Mais relevante que isso é ver qual candidato se sairá melhor. Qualquer menção positiva de Kamala a Bitcoin, ou uma performance superior de Trump (que já endossou enfaticamente o ativo) poderia ajudar no preço no curto prazo”, afirmou.

Segundo ele, o clima é de nervosismo máximo nos mercados em geral. O Federal Reserve irá revisar a taxa de juros nos Estados Unidos semana que vem, com um corte de 25% sendo esperado.

Um corte maior poderia gerar insegurança nos mercados, sob o receio de que o Federal Reserve antevê uma recessão mais forte.  O constante medo de recessão nos EUA e a insegurança natural do processo eleitoral nos EUA aumentam a pressão sobre o Bitcoin daqui até novembro.

“Nossa visão continua sendo que Bitcoin tende a negociar até as eleições presidências americanas em uma faixa de US$50.000-US$70.000, com forte apoio por volta dos US$60.000. Esta é ao menos a terceira vez este ano que o Bitcoin cai a quase US$50.000 e rapidamente se recupera, indicando que os investidores têm forte demanda a esse nível para sustentar o mercado. Os níveis de negociação continuam a níveis elevados – mais de US$31 bilhões foram negociados hoje, ao passo que um dia normal negociaria por volta de US$21 bilhões”, destacou.

O analista aponta ainda que não há nenhum fator intrínseco ao ecossistema de Bitcoin que explique a queda. Em verdade, os riscos diminuíram ao longo dos últimos meses: aprovação dos ETFs, mudança das regras de contabilidade, a prevista venda pesada de reservas de Bitcoin por alguns governos e pelo Mt Gox.

“Por isso, nós na Bipa continuamos positivos com os fundamentos do Bitcoin, e cremos que qualquer grande correção é uma oportunidade de compra. A crescente probabilidade de que o próximo governo nos EUA terá uma atitude muito mais favorável reforça nossa expectativa positiva. Adicionalmente, o Federal Reserve continua pronto para aumentar as liquidez nos mercados e evitar qualquer crise financeira”, finaliza.

Já Beto Fernandes, analista da Foxbit, Beto Fernandes, analista da Foxbit, afirma que as apostas sobre os dados inflacionários nos Estados Unidos já foram feitas na segunda-feira. Agora, este é o momento em que os investidores preferem esperar a divulgação oficial amanhã.

“Se é possível medir alguns sinais neste momento é que os ETFs de Bitcoin à vista voltaram a registrar um saldo de capital positivo, após oito dias consecutivos de marcado pelos saques. O fluxo de entrada foi bem tímido, com apenas US$ 28 milhões, mas quebra uma sequência negativa dos fundos.

Ao mesmo tempo, há um certo equilíbrio entre especuladores e HODLers. Enquanto os investidores de curto prazo venderam 21,6 mil BTCs na última semana, os players de longo prazo compraram 22 mil BTCs no mesmo período. Ou seja, a briga entre bears e bulls segue ferrenha, e o desempate pode vir justamente dos dados inflacionários e da decisão de juros nos Estados Unidos”, analisa.

Portanto, o preço do Bitcoin em 11 de setembro de 2024 é de R$ 321.346,81. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0031 BTC e R$ 1 compram 0,0000031 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 11 de setembro de 2024, são: Aave (AAVE), Internet Computer (ICP) e ThorChain (RUNE) com altas de 8%, 7% e 3% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 11 de setembro de 2024, são: dogwifhat (WIF), Arweave (AR) e Starknet (STRK), com quedas de -7%, -6% e -5% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.

Fonte: CoinTelegraph
Imagem de freepik


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