A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), fez duras críticas à persistente disparidade salarial entre homens e mulheres no Brasil, à luz do recente levantamento do governo federal. Segundo o relatório de transparência salarial, mulheres brasileiras receberam, em média, 20,7% menos que os homens em 2023, um aumento na desigualdade em comparação com o ano anterior, quando a diferença era de 19,4%.
Para Ireuda, essa situação é inaceitável. “O Brasil deu um passo importante com a aprovação da lei de igualdade salarial em 2023, mas o que esses dados mostram é que a sua aplicação ainda enfrenta grandes barreiras. Continuamos vendo mulheres, muitas delas chefes de família, sendo desvalorizadas no mercado de trabalho simplesmente por serem mulheres”, afirmou a vereadora.
Ireuda, que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, aponta que, além da questão de gênero, a disparidade se agrava quando observada pela ótica racial. “As mulheres negras sofrem ainda mais, com uma diferença salarial ainda mais gritante. A interseção de racismo e machismo faz com que essas mulheres enfrentem barreiras duplas, o que é um reflexo direto do racismo estrutural do nosso país”, destacou. “A lei de igualdade salarial foi um avanço, mas precisa ser complementada por ações concretas de fiscalização e punição para empresas que não cumprem as normas”, acrescentou.
Ireuda finalizou ressaltando que a luta pela igualdade salarial é fundamental para garantir a dignidade das mulheres e fortalecer a economia como um todo. “Não se trata apenas de uma questão de justiça, mas também de desenvolvimento econômico. Quando as mulheres ganham salários justos, o impacto positivo se reflete em toda a sociedade.”
Fonte / Foto: ASCOM Ver Ireuda Silva – Republicanos