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Bitcoin sobe 4%, volta para US$ 62 mil, mas alta pode não ser sustentável

O mercado de criptomoedas se recuperou solidamente em 3% para US$ 2,15 trilhões, ganhando mais impulso após o corte decisivo da taxa do FED

A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin está cotada na manhã desta quinta-feira (19) em R$ 338.678,11. André Franco, especialista do MB Research do Mercado Bitcoin, aponta que nos dados on-chain não tivemos movimentações relevantes na posição dos investidores de longo prazo (LTH). No Ethereum foram 5 mil ETH colocados em staking. Nos ETFs de bitcoin tivemos a saída de 52 milhões de dólares. Nos ETFs de ether foram quase 10 milhões de dólares de retirada.

O mercado de criptomoedas se recuperou solidamente em 3% para US$ 2,15 trilhões, ganhando mais impulso após o corte decisivo da taxa do FED. O aumento do apetite ao risco nos mercados após a decisão do FED ajudou as criptomoedas a atingirem máximas nas últimas três semanas.

“O preço das criptomoedas tem se movido dentro de um corredor descendente desde meados de março, e apenas uma superação dos recentes picos de US$ 2,25 trilhões poderia mudar essa tendência”, disse o analista Alexander Kuptsikevich.

Segundo ele, a alta no Bitcoin é um ganho impressionante de 19% desde as mínimas no início de setembro, mas apenas +7% em 7 dias e menos de +2% em 30 dias. A tendência de baixa está em vigor desde março, e o pico anterior de cerca de US$ 64 mil coincide aproximadamente com a média móvel de 200 dias.

“Presumimos que o Bitcoin pode encontrar séria resistência neste nível, superando o que abriria caminho para cima”, disse.

Fábio Plein, Diretor Regional da Coinbase, destaca que o mercado aguardava com ansiedade o anúncio do início dos cortes nas taxas de juros, que desde julho de 2023 estão na faixa de 5,25% a 5,50%, os níveis mais altos desde 2001.

“Acreditamos que, ainda que cortes nas taxas de juros possam indicar ambientes favoráveis a ativos considerados de risco, a redução de 50 pontos-base pode ser vista pelo mercado como drástica, e sinalizar preocupações do FED com uma recessão iminente, o que pode ter impacto negativo nos preços”, disse.

No entanto, segundo ele, é preciso cautela para avaliar o impacto desse anúncio nos preços, à medida que outros fatores poderão agir positiva ou negativamente na performance do mercado nos próximos meses, como as eleições presidenciais americanas, fluxos de capital institucional em direção a ETFs de BTC e ETH e até mesmo o fim da sazonalidade dos meses de agosto e setembro, períodos historicamente de baixa para o setor.

Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, avalia que após o anúncio do FED, o mercado está mais confiante, porque a inflação começa a arrefecer e a entrar numa zona de controle.

Ele aponta que a taxa de desemprego assim como a questão das hipotecas são fatores relevantes, e esses dados serão avaliados nos próximos meses. E o mercado está um pouco receoso sobre uma possível recessão técnica nos Estados Unidos para o ano que vem.

“Estamos a poucos meses das eleições dos EUA, e, especialmente neste ano, os holofotes estão no BTC como algo muito forte. O Bitcoin está se tornando um dos temas centrais da maior economia do mundo. A principal criptomoeda está se tornando muito relevante no mercado internacional e principalmente nas eleições americanas”, afirma.

No geral, segundo ele, o mês de setembro tende a não performar bem, mas podemos ter surpresas. E acredito que o último trimestre será muito bom para o mercado cripto. São muitos elementos que contribuem para que o mercado de renda variável tenha boa performance. O corte da taxa de juros americano realizado ontem, o mercado terá mais liquidez e mais fluxo de dinheiro no mercado

“Acredito que essa questão do corte de juros possa influenciar diretamente na alta do BTC e ajudar a sair dessa grande acumulação que está entre US$ 60 mil e US$ 70 mil e buscar os alvos entre US$ 90 mil a US$ 100 mil dólares. Na minha opinião, em resumo, o mercado recebeu bem a notícia e foi positivo para o mercado cripto e de renda variável”, finaliza.

Olhando para os gráficos, o analista Rakesh Upadhyay afirma que apesar da alta para US$ 62 mil, a ação do preço do Bitcoin nos últimos dias formou um padrão de triângulo simétrico, indicando indecisão entre os touros e os ursos. 

“No entanto, se o preço se recuperar da EMA de 20 dias, isso melhorará as perspectivas de um rali acima de US$ 61.200. Se isso acontecer, o par BTC/USDT pode começar uma recuperação para US$ 65.000 e, posteriormente, para US$ 70.000”, afirma.

Já Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget, aponta que o gráfico mais importante para estar de olho nessa quinta-feira é o S&P500.

“As fortes divergências entre o preço e o índice de força relativa mostram uma possibilidade de formação de topo triplo. Uma quinta-feira “negativa”pode ser o gatilho para fortes quedas na semana que vem, por isso é muito importante termos mais um dia positivo para tendência de alta continuar presente”, destaca.

Portanto, o preço do Bitcoin em 19 de setembro de 2024 é de R$ 338.678,11. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0030 BTC e R$ 1 compram 0,0000030 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 19 de setembro de 2024, são: Popcat (POPCAT), Celestia (TIA) e SEI (SEI) com altas de 25%, 21% e 20% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 19 de setembro de 2024, são: Kucoin (KCS), Nervos Network (CKB) e Tron (TRX) com quedas de -6%, -2% e -0,1% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão

Fonte: CoinTelegraph
Imagem: Divulgação / Michael Förtsch on Unsplash

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