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Bitcoin luta por recuperação, mas deve continuar movimento lateral

Os touros devem tentar romper com o movimento lateral ao longo da semana e buscar rompimento das resistências de US$ 65 mil e US$ 67 mil, mas os ursos não devem facilitar já que há uma forte barreira de vendas nos níveis mencionados

A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta segunda-feira (14) em R$ 352.039,06. Os touros devem tentar romper com o movimento lateral ao longo da semana e buscar rompimento das resistências de US$ 65 mil e US$ 67 mil, mas os ursos não devem facilitar já que há uma forte barreira de vendas nos níveis mencionados.

Diego Kolling, head do Bipa Premium argumenta que o  mercado tem vivido, há alguns anos, uma tendência de crescimento da base monetária, seja na China, nos Estados Unidos ou na Europa, por diversos motivos e isso tem impactado os criptoativos já que influencia diretamente na inflação e no apetite dos investidores.

Seguindo esta linha, Kolling destaca que os números da inflação americana vieram melhores do que o consenso do mercado esperava. Em agosto, a inflação subiu 0,2%, e a expectativa era que crescesse 0,1% em setembro, mas, na verdade, ficou estável, em 0,0%. Isso, segundo ele, foi o suficiente para os agentes do mercado perceberem que há mais espaço para futuras quedas dos juros nos EUA.

“Quando os juros caem, o dinheiro se torna mais barato e, consequentemente, mais abundante, irrigando os outros mercados. O Bitcoin, em particular, é o principal absorvedor desse excesso de liquidez. Essa movimentação de hoje reflete uma tendência que já vem acontecendo, mas os mercados globais estão tão sensíveis a dados ou declarações, como as de um presidente do FED ou até de uma conta no Twitter, que acabam gerando essas grandes oscilações dentro de um único dia”, aponta.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, aponta que o Bitcoin encerrou a semana com sinais de recuperação, após enfrentar pressão de baixa nos últimos dias devido a fatores macroeconômicos. Segundo ele, apesar das incertezas geradas pelos dados inflacionários dos Estados Unidos e a ata da última reunião do Federal Reserve (FED), o curto prazo trouxe uma melhora nas expectativas.

“O recuo nos preços ao produtor dos EUA ajudou a aumentar o apetite por risco, o que beneficiou o Bitcoin”, afirmou Fernandes.

A ata do FED e a inflação dos Estados Unidos trouxeram um alerta ao mercado. Ainda que os resultados não tenham sido os mais esperados, a redução de curto prazo nos preços ao produtor trouxe algum alívio. “Muitos players questionam se o corte de 0,50% nos juros não foi exagerado”, acrescentou o analista.

Além dos EUA, a expectativa sobre as ações do governo chinês também influenciaram o mercado. A falta de estímulos econômicos mais agressivos por parte do Banco Central chinês desagradou os investidores. “Agora, todos aguardam como a China vai lidar com os incentivos à sua economia”, pontuou Fernandes.

Fernandes destacou que as baleias, grandes investidores do mercado cripto, foram as principais responsáveis por impulsionar o preço do Bitcoin de volta para US$ 63 mil. “Durante a semana, ficou claro que as baleias estavam posicionadas para compra na região dos US$ 59 mil, o que serviu de suporte”, afirmou ele. A pressão vendedora, segundo o analista, também vinha desse grupo, que estava posicionado na região dos US$ 63 mil.

Para o futuro próximo, Fernandes vê um suporte elevado para US$ 61,7 mil e uma resistência em torno dos US$ 63 mil, com aproximadamente 200 BTCs à venda nessa faixa.

“Será necessário um aumento significativo na demanda de compra para que o Bitcoin rompa essa resistência”, alertou o analista.

A análise de Fernandes também aponta que o sentimento mais positivo sobre a inflação nos Estados Unidos ajudou a trazer algum alívio ao mercado de criptomoedas. “Se no início da semana os preços ao consumidor eram estáveis e sem surpresas, o índice de preços ao produtor (PPI) trouxe uma ligeira melhora no curto prazo”, disse ele. Isso estimulou um pouco mais de risco por parte dos investidores, especialmente na sexta-feira, o que ajudou o Bitcoin a ganhar força.

Ki Young Ju, CEO da CryptoQuant, destacou que o Bitcoin tem se mantido em uma movimentação lateral por quase 200 dias desde o evento de halving em abril. Segundo ele, se o Bitcoin não desencadear um mercado de alta nos próximos 14 dias, isso marcará o período mais longo de lateralidade pós-halving da história da criptomoeda.

“Estamos observando uma movimentação lateral histórica para o Bitcoin, e a expectativa é de que ele rompa essa tendência em breve”, afirmou Ju.

Além disso, o trader de longo prazo Peter Brandt comentou que o Bitcoin está abaixo de sua máxima histórica de US$ 72 mil há 30 semanas. Para ele, se a criptomoeda não estabelecer um novo recorde dentro desse período, ela pode sofrer uma queda de até 75%.

“O histórico do Bitcoin mostra que, quando não há uma alta decisiva em 30 semanas, o ativo tende a perder grande parte de seu valor”, alertou Brandt.

Um dos níveis críticos para os detentores de curto prazo (STH) do Bitcoin também está em torno de US$ 62 mil, valor que se manteve estável nos últimos três meses. No entanto, dados da CryptoQuant mostram que a movimentação lateral persistente do Bitcoin resultou em uma queda na participação realizada pelos STH, caindo de 55% há três meses para 40% atualmente.

“Essa redução indica que os investidores de curto prazo estão mais propensos a reagir às flutuações de preço daqui para frente”, destacou o analista Michael Ebiekutan.

Apesar disso, Ebiekutan e outros analistas da CryptoQuant mantêm a visão de que o ciclo de alta do Bitcoin ainda está em andamento. “O comportamento atual do mercado reflete os ciclos de 2013 e 2020, quando os investidores de longo prazo realizaram lucros em dois momentos enquanto o preço alcançava novas máximas”, concluiu Ebiekutan.

Portanto, o preço do Bitcoin em 14 de outubro de 2024 é de R$ 352.039,06. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0030 BTC e R$ 1 compram 0,0000030 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 14 de outubro de 2024, são: SPX6900 (SPX), Brett (BRETT) e Celestia (TIA), com altas de 18%, 12% e 10% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 14 de outubro de 2024, são: Fantom (FTM), Unisawp (UNI) e Popcat (POPCAT) com quedas de -7,2%, -7% e -5% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão

Fonte: CoinTelegraph
Imagem: Roy Buri por Pixabay

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