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Bitcoin: touros querem testar US$ 67 mil, mas podem enfrentar dificuldades

Após surpreenderem na segunda-feira, elevando o preço do BTC em mais de 6%, os touros agora buscam quebrar a resistência de US$ 67 mil, mas devem enfrentar dificuldades

A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta terça-feira (15) em R$ 367.684,09. Após surpreenderem na segunda-feira, elevando o preço do BTC em mais de 6%, os touros agora buscam quebrar a resistência de US$ 67 mil, mas devem enfrentar dificuldades.

“O principal motivo de o BTC ter subido forte no início dessa semana é pelo Long & Short Ratio, que está bem abaixo de 1. Isso significa que a maioria drástica do mercado está com contratos futuros abertos de venda nesse momento, e isso acaba virando liquidez para o preço continuar subindo. Acredito que o dia de hoje seja o gatilho para buscarmos a máxima histórica ainda esse ano”, destacou Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget.

Olhando o cenário macroeconômico, Beto Fernandes, analista da Foxbit, destacou que já no final de semana havia um movimento comprador, depois que a China deixou um pouco mais clara sua intenção de liberar novos pacotes de estímulos econômicos na região. Isso ajudou no desempenho da criptomoeda, junto com a queda da inflação ao produtor norte-americano na última sexta-feira.

“Fora isso, a demanda foi bastante intensa nos últimos períodos. Sim, o mercado viu realização de lucros e vendas por pânico. Porém, os ETFs de BTC, as baleias e até os pequenos investidores de varejo estavam prontos para comprar os mergulhos.  Só na sexta-feira passada, por exemplo, os fundos de BTC spot viram a entrada de mais de US$ 250 milhões. Em contrapartida, a subida de preços liquidou mais de US$ 200 milhões em contratos futuros alavancados.

Portanto, o mercado está, pelo menos neste recorte, mais sob controle dos bulls. Por isso, com a atual alta de mais de 4% no mês, o sentimento dos investidores também pode mudar, já que voltam aparecer as apostas para a repetição do famoso “uptober””, afirmou.

Julio Andreoni, especialista cripto do Bitybank, também aponta que o Bitcoin se recupera após dados econômicos dos EUA, como o CPI e o desemprego, que aumentaram a preocupação com novas elevações de juros pelo Federal Reserve, o que poderia afetar ativos de risco.

“Olhando para frente, esta semana será crucial para avaliar os dados de vendas no varejo e o setor imobiliário dos EUA, que podem influenciar o sentimento do mercado. Além disso, discursos de membros do Federal Reserve, como Christopher Waller e Mary Daly, podem trazer mais clareza sobre as próximas ações do banco central, o que deve impactar diretamente o mercado cripto”, afirma.

Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, destaca que após atingir a faixa de preço de US$ 58.830, o preço do Bitcoin iniciou um forte rali de alta e valorizou +10%, atingindo, até o momento desta publicação, a máxima de US$ 65.188.

“Se houver continuidade da alta, o preço da principal criptomoeda do mercado poderá atingir a região de liquidez dos US$ 68.390 como alvo de médio prazo. Os suportes de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 62.600 e 60.400”, disse.

Para o Ethereum ela destaca que o ETH atingiu a mínima de US$ 2.330 no dia 10 de outubro, e após atingir essa faixa de preço, o ativo encontrou demanda compradora, a qual absorveu a queda e fez com que o preço do ETH retomasse a alta.

Segundo ela, o preço do Ethereum está rompendo a resistência de curto prazo dos US$ 2.540, e ao validar a leitura pelo fluxo, podemos observar que entrou um alto volume financeiro no rompimento da resistência, o que sugere continuidade de alta no longo prazo.

“Os próximos alvos que servirão como resistência estão nas faixas de preços de US$ 2.670 e US$ 2.900. Os suportes estão nas regiões de liquidez dos US$ 2.460 e US$ 2.360”, disse.

Ana também afirma que o destaque da semana vai para a Ethena, que entre os dias 10 e 14 de outubro teve uma valorização de +60%. A Ena deixou de ser negociada por US$ 0.255 e atingiu a máxima de US$ 0.411 entre os períodos.

“Apesar da alta expressiva, considerando a análise de fluxo, é possível observar que ainda há um vácuo de liquidez para que a alta continue no longo prazo, portanto, os próximos alvos que servirão como resistência estão nas faixas de preço de US$ 0.463 e US$ 0.512. No entanto, caso entre fluxo vendedor revertendo o movimento para uma possível correção, haverá suporte nas faixas de preços de US$ 0.356 e US$ 0.321”, afirmou.

Segundo Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, essa semana começamos a receber alguns balanços de algumas empresas do SP500. Ele aponta que isso pode ser favorável para o mercado de renda variável.

“Vale ressaltar que a gente iniciou agora o mês de outubro, e a primeira semana foi muito boa, mas agora o BTC está se recuperando. No geral, no último trimestre do ano, especialmente nos meses de outubro e novembro, tendem a ser meses positivos para o mercado de renda variável”, disse.

Paralelo a isso, tem as eleições americanas. Nas próximas semanas, segundo ele, esse tema deve ficar bastante forte, já que está é a primeira vez que o BTC ganha importância na eleição americana.

“Ademais, o CEO da Black Rock e outros grandes analistas e investidores do mercado adicionando BTC no seu portfólio de investimento, pois eles visualizam o ativo como uma possível reserva de valor. Então o mercado está bem favorável para o BTC para os próximos meses

E agora, pegando os ciclos anteriores, no geral, um ano após o halving e eleições o BTC tem uma alta parabólica. Então, para sair desse valor de US$ 65 mil para buscar os US$ 140 mil, que é 100%, não é nada fora do comum. Quem viu os ciclos anteriores, constatou que o BTC chegou a subir 300%, 400% ou até mais no ano após o halving”, afirmou.

Portanto, o preço do Bitcoin em 15 de outubro de 2024 é de R$ 367.684,09. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0028 BTC e R$ 1 compram 0,0000028 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 15 de outubro de 2024, são: Neiro (NEIRO), Ethena (ENA) e Bitcoin Cash (BCH), com altas de 12%, 11,8% e 11,7% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 15 de outubro de 2024, são: Bittensor (TAO), dogwithat (WIF) e Helium (HNT) com quedas de -7,2%, -7% e -5% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão

Fonte: CoinTelegraph
Imagem de Sketchepedia no Freepik

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