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Bitcoin cai novamente, permanece em US$ 66 mil e tenta encontra equilíbrio para nova alta

O mercado de criptomoedas está desenvolvendo uma correção em um ritmo moderado, perdendo 1,3% a mais no último dia para US$ 2,31 trilhões, queda de cerca de 3% em relação ao pico recente

A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin – BTC está cotada na manhã desta quarta-feira (23) em R$ 378.269,53. O mercado de criptomoedas está desenvolvendo uma correção em um ritmo moderado, perdendo 1,3% a mais no último dia para US$ 2,31 trilhões, queda de cerca de 3% em relação ao pico recente.

“O preço agora está próximo de um nível de suporte local em US$ 66,8 mil. Uma quebra desse suporte abrirá caminho para uma correção mais profunda para $ 65,5 mil, perto do nível de retração de 61,8% do último rali e do topo do final de setembro”, destaca Alexander Kuptsikevich.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, olha para a macroeconomia e aponta que os investidores estão mais atentos às incertezas relacionadas às falas de representantes influentes das políticas monetárias globais.

Segundo ele, do lado do BCE, vimos um tom otimista com a queda da inflação e o corte de juros. Nos Estados Unidos, o clima ficou mais azedo, com a secretária do tesouro, Janet Yellen, indicando novas sanções à Rússia, por conta da guerra contra a Ucrânia.

“Além desse mal-estar, o mercado também acompanha os balanços corporativos norte-americanos. Até agora, a maioria das empresas de tech tiveram um desempenho acima do esperado. A nova rodada de divulgação pode trazer uma perspectiva interessante sobre o apetite ao risco dos investidores e do próprio setor de tecnologia”, disse.

No cenário fundamentalista do BTC, ele aponta que os ETFs spot registraram quase US$ 300 milhões em entrada ontem, seguindo a sequência de sete dias consecutivos de fluxos positivos. Ao mesmo tempo, os investidores de varejo começaram a dar um pouco mais as caras, aumentando em 13% o volume de negociações por carteiras até US$ 1 mil.

“Portanto, o mercado institucional começa a ganhar um grande aliado, que é o varejista, na luta por preços maiores. Apesar de quantias menores, é no varejo que o volume de grandes investidores aparece, podendo impulsionar com mais intensidade uma possível valorização da criptomoeda”, disse.

Já Richard Ptardio, analista de criptomoedas, destaca que o BTC está preso em um padrão de espera desde março. Segundo ele, os touros estão olhando para as eleições dos EUA no próximo mês como o ponto de inflexão. Se Donald Trump regressar à Casa Branca, a promessa de uma administração com baixa regulamentação e a provável remoção de Gary Gensler do cargo de presidente da SEC poderão quebrar a resistência necessária para novos máximos históricos.

“No entanto, mesmo com Trump no cargo, os ursos podem estar certos em emitir uma nota de cautela. Há sinais de que o Bitcoin já não é o porto seguro do tipo de incerteza geopolítica que tende a segui-lo, enquanto os investidores de retalho estão a mudar rapidamente para outras criptomoedas, particularmente no campo em expansão das memecoins. A única garantia é que não há garantias”, disse.

Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget, está olhando para o Exchange Net Position Change, um indicador on-chain que mede a variação líquida de bitcoins mantidos em todas as exchanges. Ele calcula a diferença entre o total de bitcoins depositados e retirados das exchanges em um período específico. Segundo ele, este indicador é fundamental para compreender os fluxos de entrada e saída de bitcoins nas exchanges, fornecendo insights sobre a atividade de negociação e o sentimento dos investidores.

“Uma métrica que traz um viés bullish para nós é justamente este em tela, que nos mostra que desde a segunda quinzena de agosto estamos vendo um considerável volume de BTC sendo retirado das exchanges, ou seja, os investidores estão fazendo a custodia do seu ativo, assim evidenciando que não tem pretensão de realizar suas posições tão cedo. Assim temos a situação de diminuição de oferta, ajudando o preço do ativo subir”, aponta.

Pauline Shangett, CMO da ChangeNOW, no entanto, não acredita em uma alta no momento. Ela explica que diversos sinais técnicos indicam que o Bitcoin está prestes a passar por um momento de baixa, após um ciclo recente de alta.

“Identificamos três impulsos consecutivos de alta no mercado, mas o indicador RSI mostra divergências baixistas claras. Enquanto o mercado formou máximas mais altas, o RSI, que mede a força do movimento, formou máximas mais baixas. Isso sugere que o momentum de alta está enfraquecendo”, disse.

A análise de Shangett se concentra no gráfico de quatro horas do Bitcoin, onde ela destaca a formação de uma cunha ascendente, padrão que geralmente antecipa movimentos de queda nos preços. “O mercado tentou romper essa consolidação, e na minha perspectiva, há uma chance de retestar a marca de US$ 64.800”, previu a especialista.

Shangett também compartilhou uma estratégia de curto prazo para quem busca capitalizar com essa potencial queda. “Se colocarmos uma posição de venda em torno de US$ 68.256 e mirarmos a meta de US$ 64.500, o risco inicial seria significativamente menor que o potencial de recompensa, com um ganho de até três vezes o risco assumido”, explicou.

Segundo a analista, a meta de US$ 64.500 representaria um objetivo de queda para o Bitcoin, criando uma oportunidade de lucro para traders que apostarem na correção. A especialista destacou que, embora o Bitcoin tenha experimentado um ciclo de alta nos últimos dias, as divergências de momentum e a quebra de padrões sugerem uma reversão iminente.

“O Bitcoin negociou em um ciclo de alta recentemente, mas agora estamos vendo divergências de momentum, o que configura uma oportunidade clássica de venda”, concluiu Shangett.

Com esse cenário em mente, Shangett recomenda cautela aos investidores e traders, especialmente aqueles focados em curto prazo. Ela sugere que essa correção pode ser uma excelente oportunidade para quem deseja aproveitar as flutuações do mercado.

“Apostar na venda do Bitcoin nesse momento pode trazer bons resultados, desde que os traders estejam atentos aos sinais técnicos e às condições do mercado”, alertou.

Portanto, o preço do Bitcoin em 23 de outubro de 2024 é de R$ 378.269,53. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0026 BTC e R$ 1 compram 0,0000026 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 23 de outubro de 2024, são: cat in a dogs world (MEW), Beam (BEAM) e Jupter (JUP), com altas de 7%, 5% e 4% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 23 de outubro de 2024, são: Apecoin (APE), Aptos (APT) e Chainlink (LINK), com quedas de -16%, -8% e -5% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão

Fonte: CoinTelegraph
Foto de Vitaly Mazur na Unsplash

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