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Risco da Privatização da Bahiagás foi destaque hoje na Rádio Metrópole

O diretor do Sindiquímica Bahia e da Central Única dos Trabalhadores (CUT/Bahia), Alfredo dos Santos Junior, foi entrevistado nesta quarta-feira, 30, por Mário Kertész no Jornal da Metrópole no Ar e, mais uma vez, denunciou o risco de privatização da Bahiagás, maior empresa pública de gás natural do Brasil.

O sindicato vem realizando mobilizações para alerta a sociedade dos prejuízos que a venda da empresa traria para o setor industrial da Bahia e para toda a economia do estado. Alfredo lembrou que, apesar de algumas declarações do governador Jerônimo Rodrigues de não ter intenção de privatizar, ainda há vigente um contrato com um grupo para estudos de desestatização da empresa, além de uma lei estadual que autoriza a venda.

“A privatização parece que só afeta o trabalhador da empresa, mas não. A Bahiagás é uma empresa pública, gigantesca, capaz de fomentar desenvolvimento regional. É uma das poucas, talvez a única, depois de tantas outras privatizações, empresa pública que o estado da Bahia tem que pode, por exemplo, construir um gasoduto sudoeste, o maior hoje no Brasil, para levar desenvolvimento para as regiões da Bahia. Isso não seria feito por uma iniciativa privada jamais. Além disso, a Bahiagás é extremamente lucrativa e retorna para os cofres do estado lucros e dividendos que podem, inclusive, serem utilizados para saúde, educação e para tantas outras áreas”, defendeu Alfredo.

Na entrevista, o sindicalista lembrou os prejuízos sofridos pela população após processos de privatização em áreas estratégicas como energia e gás:

“As mazelas que a gente viu agora em São Paulo às escuras, com a Enel privatizada; a gente vive aqui na Bahia, com a Coelba, campeã de denúncias no Procon; o preço da gasolina que disparou com a Acelen, após a privatização da Refinaria etc. Já a Bahiagás tem a molécula de gás natural mais barata do Brasil, por ser estatal”, pontuou.

Alfredo Santos Junior ainda adiantou os próximos passos do Sindiquímica, que conta com a mobilização efetiva dos trabalhadores da Bahiagás:

“Vamos reiniciar um processo de diálogo com os parlamentares e de imobilização com a sociedade, mas em uma fase diferente. Não temos mais tempo hábil para ficar apenas tirando foto do parlamentar dizendo que é contra a privatização. Está na hora de traçar uma linha e dizer: quem é contra vai assinar a revogação da Lei 7029/1997 [que autoriza o Estado a Privatizar a Bahiagás]. Quem é a favor está do outro lado da linha”, detalhou.

Por fim, o diretor do Sindiquímica reforçou que os trabalhadores esperam a bom senso do governador Jerônimo Rodrigues, para que ele faça no plano estadual o que defendem na esfera federal. “Se o Governo Lula está movimentando um processo de retomada dos ativos que a Petrobras vendeu, não faz sentido aqui a gente vender o nosso maior ativo”.

“Vender a Bahiagás é trair o povo baiano”

Assista a íntegra da entrevista: https://www.youtube.com/watch?v=PaR_7URdvf8

Fonte: Ascom Sindiquímica Bahia
Imagem: Divulgação Brasken

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