SaúdeSaúde MentalTratamentoTratamento Alternativo

O impacto promissor do CBD no tratamento da demência

A demência está se tornando uma crescente preocupação de saúde pública na América Latina. De acordo com um estudo recente da Universidade de São Paulo (USP), a doença afeta cerca de 8,5% da população idosa da região, com as mulheres acima dos 65 anos sendo o grupo mais vulnerável. Países como Brasil, Argentina, Peru, Bolívia, Chile, Honduras e México foram analisados na pesquisa, que destaca os fatores socioeconômicos como um risco significativo para o desenvolvimento da condição. A baixa escolaridade, a pobreza e o acesso limitado a cuidados de saúde são apontados como principais determinantes do surgimento precoce da demência.

Outro dado relevante do estudo revela que o diagnóstico tardio é comum em áreas com poucos recursos médicos, o que dificulta o tratamento e o apoio adequado aos pacientes e seus cuidadores, que frequentemente são familiares. A pesquisa também sugere que 54% dos casos de demência, como o Alzheimer, poderiam ser evitados ao longo da vida com a prevenção de fatores como obesidade, sedentarismo e depressão.

O papel do CBD na redução dos sintomas neuropsiquiátricos

Entre os maiores desafios no tratamento da demência estão os sintomas neuropsiquiátricos, como agitação, apatia, distúrbios do sono, depressão, ansiedade e psicose, que impactam significativamente a qualidade de vida dos pacientes e de seus cuidadores. Tradicionalmente controlados com medicamentos antipsicóticos, esses sintomas agora encontram uma alternativa promissora no uso do CBD (canabidiol).

A Dra. Mariana Maciel, médica especializada em medicina canabinoide e CEO da Thronus Medical, destaca que o CBD tem demonstrado eficácia na redução de sintomas como agitação e ansiedade, além de melhorar a ativação neuronal e aumentar os níveis de dopamina. Segundo a especialista, o CBD age de forma semelhante aos antipsicóticos convencionais, mas sem os efeitos colaterais prejudiciais, como a deterioração das funções motoras, frequentemente observados com outros medicamentos.

Estudos recentes reforçam o potencial do CBD no tratamento da demência. Uma pesquisa publicada no PubMed revelou que o uso de óleo rico em CBD, com uma alta concentração de CBD e baixa de THC (na proporção 50:1), reduziu significativamente sintomas como agitação e ansiedade em 94,9% dos pacientes acompanhados, além de aliviar o estresse dos cuidadores.

Mariana também enfatiza a importância de um tratamento holístico, que inclua terapias complementares, como terapia ocupacional, estimulação cognitiva e uma nutrição adequada, para otimizar os resultados. Ela ressalta ainda que o uso do CBD deve ser individualizado e supervisionado por um médico, já que cada paciente pode reagir de maneira distinta ao tratamento.

Embora o CBD não cause efeitos psicoativos, sua utilização deve sempre ser feita com prescrição médica, respeitando as orientações específicas para cada caso. Assim, o canabidiol surge como uma esperança crescente no tratamento da demência, trazendo alívio para muitos pacientes e seus familiares em uma região que enfrenta grandes desafios em termos de cuidados de saúde.

Fonte: Cannabis Medicinal
Foto: Freepik

Related posts

Hospital Clériston Andrade inaugura Ambulatório de Cuidados Pós-Intensivos para pacientes que saíram da UTI

Fulvio Bahia

Município de Feira de Santana deve garantir atendimento médico regular nas Unidades de Saúde da rede pública 

Fulvio Bahia

Estado entrega equipamentos e veículos para reforçar a saúde básica no interior

Fulvio Bahia

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Nós assumimos que você concorda com isso, mas você pode desistir caso deseje. Aceitar Leia Mais