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Bitcoin cai 5% e volta para US$ 93 mil, após não conseguir romper com US$ 100 mil

Os touros tentaram sem sucesso romper com US$ 100 mil durante quase uma semana. Esta dificuldade acabou dando força para os ursos que conseguiram devolver o preço do BTC para US$ 93 mil

A principal criptomoeda do mercado, o BitcoinBTCestá cotada na manhã desta terça-feira (26) em R$ 541.666,38. Os touros tentaram sem sucesso romper com US$ 100 mil durante quase uma semana. Esta dificuldade acabou dando força para os ursos que conseguiram devolver o preço do BTC para US$ 93 mil.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, aponta que o BTC começa a dar um sinal de realização de lucros. Segundo o analista, mesmo que a queda de quase 5% não seja algo tão agressivo, perto da valorização acumulada, o movimento corretivo era algo já esperado, considerando que praticamente todos os investidores estavam apresentando lucros.

Além disso, Fernandes aponta que está é uma semana bem “calma” na macroeconomia. Com exceção da quarta-feira, que será divulgado o índice de preços PCE, há pouco no que se apoiar nos próximos dias. Ainda mais com o feriado de ação de graças na próxima sexta-feira, que tende a reduzir abruptamente a liquidez dos mercados.

“Embora a gente não consiga determinar até onde essa correção pode ir, muito menos se ela será, de fato, uma correção, a percepção é de uma demanda ainda fortalecida. Enquanto os ETFs estão empilhando BTCs, a MicroStrategy também fez o mesmo, comprando mais de US$ 5,4 bilhões na criptomoeda.

Do lado especulativo, os touros sentiram um pouco mais o impacto, mas também longe da intensidade que já vimos neste e em outros ciclos. Foram liquidados cerca de US$ 400 milhões nas últimas 24 horas, sendo a maioria de contratos futuros de compra”, disse.

O analista afirma ainda que a taxa de financiamento começou a mostrar mais oscilações positivas, saindo da neutralidade de 0,01%, “mas este ainda é um comportamento restrito a bolsas descentralizadas. Quando vamos para as plataformas centralizadas, o comportamento de alavancagem é um pouco mais tímido, o que ajuda no controle da volatilidade”.

Já Pedro Gutiérrez, diretor Latam da CoinEx, afirma que do ponto de vista técnico, as médias móveis de 50 e 200 dias confirmam a força da tendência de alta, enquanto o aumento no volume legitima o recente movimento ascendente. No entanto, o índice RSI em níveis de sobrecompra e a proximidade do preço com a banda superior de Bollinger sugerem uma possível desaceleração, seja por meio de uma leve correção ou de uma consolidação de curto prazo.

“Com níveis de suporte chave em US$ 85 mil e resistência em US$ 95 mil, espera-se que o preço oscile dentro desse intervalo nos próximos dias. Apesar da tendência geral permanecer positiva, os investidores devem estar atentos a possíveis realizações de lucro e flutuações de volatilidade antes que o Bitcoin continue sua trajetória rumo a novos máximos”, afirma.

Pauline Shangett, CMO da ChangeNOW, também apontou uma tendência de baixa no curto prazo, com níveis de suporte e resistência bem definidos. Segundo Shangett, a criptomoeda está abaixo de US$ 93.300, confirmando um movimento corretivo que pode levar o preço a testar novos patamares mais baixos.

“Com o fechamento abaixo de US$ 95.820, o Bitcoin sinalizou o início de uma correção no gráfico intradiário, e o primeiro alvo está em US$ 91.855”, explicou a analista. Ela destacou que, caso esse suporte seja rompido, o ativo poderá enfrentar quedas adicionais. “A quebra desse nível pode estender as perdas para US$ 89.410, e posteriormente para US$ 87.070.”

A continuidade do cenário negativo depende diretamente do comportamento do preço em relação ao nível de US$ 95.820.

“Enquanto o Bitcoin permanecer abaixo desse valor, o viés de baixa permanece predominante. Um rompimento para cima, no entanto, pode reverter essa pressão negativa, permitindo uma tentativa de retomada do movimento de alta, com um primeiro alvo positivo na região dos US$ 100 mil”, acrescentou Shangett.

Para o dia, a analista apontou uma faixa de negociação projetada entre US$ 91.000 como suporte e US$ 96.500 como resistência. “O mercado deve observar atentamente esses limites para entender se a tendência de baixa continuará ou se haverá uma tentativa de recuperação.”

Israel Buzaym, especialista cripto do Bitybank, também aponta que a queda reflete uma barreira significativa de ordens de venda, o que reforça a importância dessa faixa como uma resistência psicológica e técnica. Apesar disso, a entrada de capital institucional e de pequenos investidores tem sido notável, o que pode reforçar o apetite do mercado pelas criptomoedas.

Buzaym afirma que os indicadores técnicos que mencionamos anteriormente já apontavam para essa possibilidade de correção, e ela acabou se confirmando. O RSI, por exemplo, estava em níveis de sobrecompra, enquanto o MACD, que sinaliza a desaceleração do mercado antes de uma possível mudança de direção, também reforçava essa hipótese. Em minha opinião, essa correção pode se aprofundar ainda mais, e uma queda de até 20% seria saudável para sustentar o movimento de alta no médio e longo prazo.

“Com o capital rotacionando para outros criptoativos, a atenção do mercado se volta para a Altseason, com destaque para Ethereum (ETH) e Solana (SOL). Moedas de plataformas base, ou “base layers”, são as maiores candidatas a capturar essa liquidez, devido ao seu papel essencial no ecossistema cripto. No caso do Ethereum, a performance recente abaixo das expectativas pode estar criando uma demanda reprimida.

Mesmo com o Bitcoin atingindo novas máximas históricas, o ETH não conseguiu revisitar seus picos anteriores de 4.000 dólares (2024) e 4.800 dólares (2021). Esse potencial de valorização pode posicioná-lo como uma das grandes apostas para as próximas semanas”, destaca.

Segundo o analista, outro ponto relevante é o cenário macroeconômico nos EUA. A vitória dos republicanos na presidência, Câmara e Senado tem sido bem recebida pelos mercados tradicionais, levando a uma sequência de altas.

“Para as criptomoedas, essa conjuntura política também pode ser muito positiva, especialmente com a perspectiva de uma postura mais favorável à inovação e à redução de regulações, como uma possível saída de Gary Gensler da SEC. Esse alinhamento pode fazer de 2025 um ano ainda melhor para o Bitcoin e para o mercado cripto como um todo. Por isso, continuar acumulando com prudência é, na nossa visão, a melhor estratégia para o investidor que busca o longo prazo’, destaca.

Portanto, o preço do Bitcoin em 26 de novembro de 2024 é de R$ 541.666,38. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0018 BTC e R$ 1 compram 0,0000018 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 26 de novembro de 2024, são: Lido Dao (LDO), Arbitrum (ARB) e Fanton (FTM) com altas de 4%, 1% e 0,4% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 26 de novembro de 2024, são: The Sandbox (SAND), Stellar (XLM) e Popcat (POPCAT) com quedas de -18%, -15% e -13% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.

Fonte: CoinTelegraph
Imagem: Roy Buri por Pixabay

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