CiênciaCiênciaPesquisasSaúdeSaúde MentalTratamentoTratamento Alternativo

Pesquisadores encontram “primeira evidência objetiva de que o CBN influencia a arquitetura do sono”

Estudo mostra que o CBN melhora a qualidade do sono em ratos e pode ser uma alternativa segura para tratar insônia em humanos

Um estudo investigou a eficácia do canabinol (CBN) na arquitetura do sono em ratos. Publicado no periódico Neuropsychopharmacol, a pesquisa pode ser a primeira “evidência objetiva de que o CBN influencia a arquitetura do sono e que seus efeitos hipnóticos podem envolver um metabólito ativo”, destacaram os pesquisadores australianos.  

Os resultados mostram que o CBN aumentou o tempo total de sono, incluindo tanto o sono NREM (Non-rapid eye movement) quanto o sono REM (Rapid Eye Movement).

O que são?

O sono NREM ou não-REM é uma fase do sono em que os movimentos oculares são lentos ou ausentes. Esse estágio é caracterizado por ser um sono mais profundo, com menor tensão muscular e atividade cerebral reduzida, promovendo maior descanso físico.

Já o REM é a fase do sono em que os olhos se movem rapidamente sob as pálpebras fechadas, causando diversas mudanças fisiológicas e comportamentais, como relaxamento profundo do corpo, respiração rápida e irregular e atividade cerebral intensa.

Uso do CBN no tratamento da insônia

A psiquiatra Ana Hounie destaca o CBN como um dos principais canabinoides para o tratamento da insônia — uma dificuldade persistente em iniciar ou manter o sono. De acordo com Hounie, o CBN se destaca por seu efeito sedativo, além de possuir propriedades neuroprotetoras, anti-inflamatórias e antibacterianas.

Rosane Cirne, enfermeira aposentada de 68 anos, encontrou na cannabis a solução para um problema presente em sua vida durante três décadas: a insônia. “Noites intermináveis ​​sem dormir, me revirando na cama, pensando sem parar… Sofri muito com isso. Agora, com o tratamento à base de cannabis, durmo a noite toda e me sinto revigorada”, relata Rosane.

Comparação com medicamentos convencionais

O estudo também testou o efeito do CBN em comparação ao Zolpidem, um hipnótico comumente usado para induzir o sono. Nos projetos NREM, os efeitos dos dois foram considerados “iguais”. No entanto, os investigadores destacam a maior segurança do CBN, que não apresenta os efeitos colaterais associados aos medicamentos tradicionais.

De acordo com a bula do Zolpidem, seus efeitos adversos incluem dor de cabeça, tontura, agravamento da insônia, distúrbios cognitivos como amnésia anterógrada, além de náusea, vômito, dor abdominal e infecções respiratórias.

Fonte: Sechat
Foto: Freepik

Related posts

Estudo usa vídeos com expressões faciais para identificar sinais de doença degenerativa

Fulvio Bahia

Jequié: Prefeitura e Conselho Municipal de Saúde darão início às Pré-Conferências Municipais de Saúde

Fulvio Bahia

Investimento do Estado permitirá construção de novo hospital em Lençóis

Fulvio Bahia

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Nós assumimos que você concorda com isso, mas você pode desistir caso deseje. Aceitar Leia Mais