Os touros conseguiram devolver o BTC para US$ 97 mil, mas parecem não ter forças para buscar níveis mais altos
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta quarta-feira (11) em R$ 591.887,17. Os touros conseguiram devolver o BTC para US$ 97 mil, mas parecem não ter forças para buscar níveis mais altos.
“Nessa semana temos um dado muito importante pra ficar de olho, na quarta-feira, o IPC, principal dado relacionado a inflação norte-americana e que impacta diretamente no BTC. Caso esse dado venha acima do esperado (2,7%) podemos ter fortes sinais de que acabaremos o ano sem mais quedas na taxa de juros, indo na contramão da expectativa do mercado. Isso poderia causar fortes quedas no mercado, jogando o BTC para baixo dos $90k”, disse Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget.
Pedro Gutiérrez, Diretor Latam da CoinEx, aponta que tecnicamente, o suporte chave está em US$ 95 mil, enquanto a resistência imediata permanece no nível psicológico de US$ 100 mil, com a área de US$ 91.500 sendo sustentada pela nuvem de Ichimoku como suporte dinâmico adicional.
“Embora o recuo tenha destacado os riscos associados à alta alavancagem, o volume elevado durante a quebra inicial sugere que compradores de longo prazo continuam interessados, o que pode permitir uma estabilização nessa faixa antes de uma nova tentativa de superar os US$ 100.000.
Caso o preço consolide acima de US$ 95.000, o mercado pode buscar novas máximas nas próximas semanas, mirando US$ 110.000, desde que não ocorram novas liquidações em massa ou eventos externos que aumentem a incerteza”, disse.
Tasso Lago, especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move, aponta que o BTC tende a oscilar entre US$ 120 a US$ 150 mil nesse ciclo de alta e não tem como prever um choque de oferta – ou seja, se vai faltar Bitcoin no mercado.
Segundo ele, se acontecer um choque de oferta, a valorização pode ser bem maior e o preço pode superar os US$ 200 mil. O choque de oferta pode ser causado pelo ETF do Bitcoin, por exemplo, ou pela excessiva demanda.
“Até o próprio Trump disse que quer estabelecer uma reserva em BTC para os EUA. Em suma, se no passado não tínhamos confiança nas criptomoedas, agora até o presidente da maior economia do mundo endossa as criptomoedas. Isso pode gerar uma explosão de preço, mas não conseguimos prever pontos fora da curva.
Para quem comprou lá atrás e já conseguiu um lucro acima de 100%, pode ser interessante a realização parcial de lucro em BTC. Para investidores naturalmente mais agressivos, a orientação é estudar mais o mercado e ponderar opções.
O Ethereum, por exemplo, também é bem seguro nesse momento e pode rotacionar o dinheiro. As altcoins também são mais arriscadas que o Ethereum, mas podem dar percentuais maiores de retorno. Para isso, naturalmente, é sempre interessante a busca por conhecimento, porque o mercado de criptomoeda é dinâmico e rápido”, disse.
Pauline Shangett, CMO da ChangeNOW, analisou o comportamento recente do Bitcoin e destacou sinais de recuperação e oportunidades no mercado de altcoins. “O Bitcoin está literalmente imitando o movimento de preço de dezembro passado”, afirmou Pauline.
Embora tenha expressado incerteza sobre a possibilidade de uma correção tão profunda quanto a observada anteriormente, a analista acredita que o momento favorece as altcoins. “Eu sei que é hora de as altcoins brilharem novamente”, acrescentou, reforçando o potencial de crescimento desse segmento do mercado cripto.
Dados recentes também apoiam a perspectiva positiva para o Bitcoin. Ontem, os fluxos de ETFs de Bitcoin registraram entradas de US$ 438,5 milhões. Entre os destaques, a BlackRock liderou com impressionantes US$ 295,6 milhões em novos aportes, enquanto a Fidelity adicionou outros US$ 210,5 milhões.
No entanto, o mercado também apresenta desafios. O Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) continua enfrentando dificuldades, com saídas de US$ 62,8 milhões registradas recentemente.
Outro fator que pode impactar positivamente o preço do Bitcoin é a inclusão da MicroStrategy no índice Nasdaq. Segundo Shangett, essa movimentação deve atrair mais compras, o que poderia elevar o preço da criptomoeda.
“Isso significa que Michael Saylor poderá vender mais ações e comprar ainda mais Bitcoin”, explicou a analista.
Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, destaca que Bitcoin, que vinha operando com variações médias de 3% a 4% nos últimos meses, apresentou uma correção mais acentuada nos últimos sete dias, ultrapassando os 10%.
“Essa configuração muda um pouco o cenário do mercado. Antes, estávamos habituados a uma alta volatilidade constante”, explicou.
O impacto também se refletiu nas altcoins, algumas das quais registraram quedas próximas de 30% na última semana. Essas correções mais profundas, segundo Miranda, podem sinalizar o início de uma fase de acumulação.
“É nesse momento que o mercado faz uma ‘limpeza’, afastando especuladores de curto prazo, para depois iniciar as altas parabólicas que caracterizam os ciclos anteriores”, comentou.
Esse padrão, observado em ciclos anteriores, sugere que o mercado está preparando o terreno para um momento de euforia, conhecido como fomo (medo de perder a oportunidade, na sigla em inglês).
Atualmente, Miranda aponta que o Bitcoin está consolidado em uma faixa de suporte entre US$ 94 mil e US$ 93 mil, com resistência variando de US$ 99 mil a US$ 100 mil.
“O BTC segue nesse movimento de acumulação entre US$ 94 mil e US$ 100 mil, aguardando um próximo rompimento”, concluiu o analista.
Portanto, o preço do Bitcoin em 11 de dezembro de 2024 é de R$ 591.887,17. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 compram 0,0000017 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 11 de dezembro de 2024, são: Bitget Token (BGB), Raydium (RAY) e Solana Swap (SOS), com altas de 21%, 20% e 16% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 11 de dezembro de 2024, são: Movement (MOVE), Stau (STAU) e Pepe (PEPE), com quedas de -25%, -8% e -7% respectivamente.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.
Fonte: CoinTelegraph
Imagem: Pexels / Jievani