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PSD de Catu (BA) tenta reverter derrota humilhante nas urnas e busca a cassação do mandato de Narlison Borges de Sales

Após uma derrota considerada humilhante nas últimas eleições municipais, o PSD (Partido Social Democrático) de Catu, na Bahia, continua sua luta nos tribunais em busca de reverter o resultado e, de forma polêmica, tenta conquistar a prefeitura no “tapetão”. O ex-prefeito Gera e seus advogados, que não aceitam a derrota nas urnas, recorreram à Justiça Eleitoral para pedir a cassação do mandato do atual prefeito reeleito, Narlison Borges de Sales, alegando irregularidades e desequilíbrio no processo eleitoral.

Em sua defesa, o PSD recorreu à Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), uma medida legal que visa apurar e coibir atos que possam gerar um desequilíbrio entre os candidatos durante as eleições, especialmente no que se refere ao abuso de poder econômico, de autoridade e da utilização de meios de comunicação de forma irregular. Os advogados do ex-prefeito Gera alegam que houve uma série de infrações que beneficiaram a candidatura de Narlison, colocando em risco a justiça do pleito e prejudicando a igualdade entre os concorrentes.

No entanto, especialistas em direito eleitoral apontam que as alegações feitas pelo PSD carecem de fundamentação sólida, e que o processo eleitoral de Catu foi legítimo, com o resultado refletindo o desejo da população. Mesmo com a vitória expressiva de Narlison Borges, que foi reeleito com um grande número de votos, o PSD insiste em questionar a legitimidade do pleito, considerando a possibilidade de manipulação e o uso indevido de recursos.

Em um cenário de crescente tensão, surgem também outros questionamentos sobre os interesses do ex-prefeito Gera e seu partido. Um dos pontos que tem gerado controvérsia é a postura de Gera contra empresas locais, incluindo aquelas que empregam centenas de pais de família em Catu, como, por exemplo, a que está associada à tradicional micareta da cidade. Para muitos, a crítica do ex-prefeito à atividade empresarial que movimenta a economia local e gera emprego é vista como uma jogada política para agradar sua base de apoio, mas também como um risco para a estabilidade econômica da cidade.

A micareta de Catu, que é um evento de grande relevância cultural e econômica, não só atrai turistas, mas também garante sustento para muitas famílias locais. No entanto, Gera, em sua tentativa de recuperar terreno político, tem se posicionado contra o evento, gerando divisões na comunidade. Para muitos, essa postura é interpretada como uma tentativa de enfraquecer a atual administração, mas com impactos diretos no setor de emprego e no bem-estar da população.

O PSD, por sua vez, parece disposto a ir até as últimas instâncias para reverter a derrota, desafiando a vontade popular e colocando em jogo a estabilidade política e econômica de Catu.

Foto: Divulgação

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