Vereadora vê programa como importante canal de aproximação entre o Legislativo e a comunidade
Além de líder da Bancada da Oposição, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) coordenará o Câmara Itinerante, projeto do Legislativo de Salvador classificado por ela como “um importante canal de aproximação entre os vereadores e a comunidade”. Tanto, que além dos bairros ela pretende levar a estrutura também para universidades e outras instituições. Ao participar como comentarista efetiva do programa Giro das Onze, da TV247, ancorado pela jornalista baiana Camila França, ela falou dos planos para dinamizar essa escuta da população, em que a Câmara transfere para espaços das diferentes regiões administrativas, com uma regularidade que ainda será definida, a estrutura de sessão ordinária, com direito a pronunciamento de lideranças comunitárias, apresentação e votação de projetos do interesse dos segmentos envolvidos.
“É muito importante essa escuta, porque os atores sociais, as pessoas que estão na comunidade, vão poder dialogar com a Câmara de Salvador”, reforça Aladilce, que já coordenou o Câmara Itinerante em mandato anterior. Ao assumir o quinto mandato, a vereadora observa que as lideranças comunitárias se preparam para essas sessões, apresentando as principais demandas regionais. E vê o programa como uma oportunidade, também, de aproximar a academia, a ciência, tanto do Legislativo quanto da população.
“A política e a ciência, a academia, têm que andar juntas. Então, os projetos que a gente faz, as leis que a gente faz, tem que ser leis que estejam de acordo também com o que os pesquisadores estão encontrando, com o que a universidade está produzindo, com a inovação tecnológica também. Essa aproximação é muito boa, muito importante. E ouvir as demandas da população nos bairros é fundamental, para que o cidadão possa avaliar o desempenho dos seus representantes”, enfatizou Aladilce.
Celular nas escolas
Durante o programa a vereadora comentou também o acerto da iniciativa do presidente Lula em proibir o uso de celulares nas escolas, mas reconhecendo que não será fácil a aplicação. “Vai ser preciso muito, muito, muito, muito trabalho, não vai ser fácil não. Precisamos fazer uma campanha muito bem feita, inserir novas formas de relação, novos mecanismos de interação nas escolas, para diversificar o ambiente escolar, que é um ambiente por excelência, onde o aluno cria vínculos, faz os melhores amigos”, sugeriu Aladilce.
E complementou: “Precisamos resgatar essa infância com uma relação de brincar, de amizade, de você ter uma briga num dia e no outro dia conversar normalmente, de aprender a perdoar, tem uma série de vantagens nessa interação pessoa a pessoa. Claro, a gente tem que saber usar as tecnologias, o que nós não estamos sabendo, e as companhias, as empresas de tecnologia, elas se utilizam disso e criam cada vez mais uma dependência, programas e coisas que criam dependência”.
Participaram do Giro das Onze, também, o jurista Marcelo Uchoa e o ativista social André Constantine, do Movimento Revolucionário Carlos Marighella, que anunciou plenária em Salvador na próxima terça-feira (21), às 9h, na Faculdade de Direito da UFBA.
Fonte / Foto: Ascom ver Aladilce Souza – PCdoB