A Bahia registrou 106 casos de feminicídio ao longo de 2024, conforme dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública do estado (SSP-BA). Apesar de representar uma redução de 7,8% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizados 115 crimes dessa natureza, o número ainda é alarmante e reflete a persistência da violência de gênero no estado.
Diante desse cenário, a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, enfatizou que, embora a redução seja um avanço, a luta contra o feminicídio é constante e não pode arrefecer. “Não podemos nos acomodar com qualquer redução enquanto ainda há mulheres sendo brutalmente assassinadas simplesmente por serem mulheres. O feminicídio é a face mais cruel da violência de gênero, e é nosso dever continuar cobrando medidas mais eficazes de prevenção e proteção”, pontuou.
Ireuda também destacou a importância de políticas públicas mais abrangentes, que incluam não apenas o fortalecimento das instituições de segurança, mas também iniciativas voltadas para o empoderamento econômico e social das mulheres. “Uma mulher que tem autonomia financeira e acesso a uma rede de apoio tem mais condições de romper o ciclo da violência. Programas como o SIMM Mulher e o Nova Fase, que já demonstraram resultados positivos, precisam ser expandidos para garantir mais oportunidades a essas mulheres”, ressaltou a vereadora.
Para a parlamentar, é fundamental que a sociedade como um todo se envolva na erradicação da violência contra a mulher. “A segurança pública tem papel essencial, mas essa luta não pode se restringir à esfera governamental. É preciso educar meninos e meninas desde cedo para que entendam a importância do respeito e da igualdade, desconstruindo uma cultura machista que perpetua a violência”, finalizou.
Fonte / Foto: Ascom ver Ireuda Silva – Republicanos