O preço do BTC iniciou a semana em queda de quase 2% sofrendo ainda com os dados da macroeconomia americana e mantendo seu movimento lateral, preso entre, US$ 95 mil e US$ 102 mil
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTCR está cotada na manhã desta segunda-feira (17), em R$ 552.232,82. O preço do BTC iniciou a semana em queda de quase 2% sofrendo ainda com os dados da macroeconomia americana e mantendo seu movimento lateral, preso entre, US$ 95 mil e US$ 102 mil.
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O Bitcoin tem mostrado um comportamento independente do mercado de ações, conforme aponta o analista Mike Ermolaev, fundador da Outset PR. “A correlação do Bitcoin com o S&P 500 caiu para zero, indicando que, no momento, não há nenhuma ligação entre os dois”, explica Ermolaev.
Esse fenômeno não era observado desde 5 de novembro de 2024, pouco antes de o Bitcoin ultrapassar a marca dos US$ 100 mil.
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Além disso, o mercado está vivenciando um intenso movimento de liquidez. “Estamos vendo uma verdadeira caçada à liquidez no Bitcoin”, destaca Ermolaev. O mais recente heatmap de liquidações mostra volumes pesados na região de US$ 96.100, com eliminações agressivas de posições long e short.
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Os clusters de alta liquidez indicam potenciais próximos alvos de preço, com exchanges como Binance e Bitget dominando o volume de liquidação.
“Esses dados sugerem que os grandes players do mercado estão reposicionando suas ordens, criando zonas de pressão que podem definir o próximo movimento do Bitcoin”, acrescenta Ermolaev.
No contexto macroeconômico, há sinais de alerta vindos do mercado de ações. O Bank of America apontou que 60% dos sinais baixistas foram acionados, sendo que, historicamente, quando esse número atinge 70%, um pico do mercado costuma se seguir.
“Esse dado reforça a importância de observar como o Bitcoin reagirá a um possível movimento de retração das bolsas”, conclui Ermolaev.
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O analista Manish Chhetri destaca que o preço do Bitcoin caiu abaixo do nível de suporte de US$ 100.000 em 4 de fevereiro e vem se consolidando entre US$ 94.000 e US$ 100.000 desde então. No momento em que este artigo foi escrito na segunda-feira, o BTC estava em torno de US$ 96.400.
“Se o BTC romper e fechar abaixo do limite inferior da faixa de consolidação de US$ 94.000, ele poderá estender o declínio para testar seu nível psicologicamente importante de US$ 90.000. O Índice de Força Relativa (RSI) no gráfico diário lê 44, consolidando-se após ser rejeitado em seu nível neutro de 50 na semana passada e indicando um momentum ligeiramente pessimista. Além disso, a Convergência Divergência da Média Móvel (MACD) mostrou um cruzamento pessimista e barras vermelhas no histograma, sugerindo uma correção adicional”, disse.
No entanto, ele aponta que se o BTC ultrapassar o limite superior da faixa de consolidação de US$ 100.000, ele estenderá a recuperação para testar novamente sua máxima de 31 de janeiro de US$ 106.012.
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Neil Roarty, analista de criptomoedas da ClickOut Media, também aponta que o Bitcoin passou a maior parte de fevereiro se consolidando em uma faixa estreita logo abaixo da marca de US$ 100.000. Embora pareça haver um forte apoio a este nível, crescem as preocupações sobre o que poderá acontecer se não conseguir subir antes do final do mês.
“Mesmo com um presidente pró-cripto na Casa Branca, o sentimento do mercado parece cada vez mais cauteloso antes da divulgação, na quarta-feira, da ata da reunião de janeiro do Federal Reserve. Se a ata indicar uma relutância em cortar as taxas, apesar da crescente pressão do presidente Trump, isso pode ser suficiente para tirar o Bitcoin de sua estreita faixa de negociação e abaixo de US$ 90.000 pela primeira vez em três meses”, disse.
Já o analista do Cointelegraph, Rakesh Upadhyay, aponta que o nível de US$ 100.000 provavelmente atuará como um obstáculo, mas espera-se que seja cruzado. O par BTC/USDT pode subir para US$ 102.500 e, posteriormente, para US$ 106.500.
“Se os ursos quiserem evitar a alta, eles terão que arrastar o preço abaixo do suporte imediato em US$ 94.000. Isso pode afundar o par para o suporte sólido em US$ 90.000. Espera-se que os compradores cheguem ferozmente ao nível de US$ 94.000 porque uma quebra abaixo dele completará um padrão de topo duplo de baixa. O próximo suporte na baixa é US$ 85.000”, destaca.
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Portanto, o preço do Bitcoin em 17 de fevereiro de 2025 é de R$ 552.232,82. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0018 BTC e R$ 1 compram 0,0000018 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 17 de fevereiro de 2025, são: Sonic (S), Aave (AAVE) e Bitget Token (BGB), com altas de 11%, 6% e 5% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 17 de fevereiro de 2025, são: Jupter (JUP), Raydium (RAY) e Litecoin (LTC), com quedas de -9%, -6% e -5% respectivamente.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.
Fonte: CoinTelegraph
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