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Camaçari: Feira da Economia Solidária destaca força da mulher empreendedora

A Praça dos Coqueiros, em Arembepe, foi o cenário escolhido para sediar mais uma edição da tradicional Feira da Economia Solidária, com início neste sábado (8), em celebração ao Dia Internacional da Mulher – data considerada símbolo da luta histórica das mulheres por direitos, equidade e respeito. A iniciativa faz parte do projeto Camaçari Mulher, idealizado pela Prefeitura de Camaçari, por intermédio da Secretaria da Mulher (Semu), e tem o apoio do Governo do Estado.

Com uma programação extensa, que contempla arte, artesanato, gastronomia e a comercialização de produtos de diversos segmentos, o evento, batizado de “Arembepe tem nome de mulher”, segue até o domingo (9), e visa fomentar o empoderamento feminino, bem como a geração de renda e autonomia financeira.

Para a titular da Semu, Branca Patrícia, a ação reafirma o compromisso da pasta em criar, pensar e promover ações de valorização e respeito às mulheres, enfatizando o talento, o dinamismo e o protagonismo feminino nas distintas esferas sociais. A feira integra o calendário de atividades elaboradora pela secretaria para celebrar o mês de março.

“Hoje é um dia especial, de conscientização, de luta e de comemoração de avanços. Estamos aqui, em uma feira de economia solidária, movimentando o empreendedorismo feminino, a cultura, e, também comemorando esse novo momento de reestruturação da Secretaria da Mulher em Camaçari, pensando em qualificação, em intermediação de mão de obra, reestruturando a rede de atenção à mulher vítima de violência, ou seja, é Camaçari pensando em atingir todas as mulheres do município na emancipação, no respeito, no cuidado, com a visão do nosso empreendedor”, avaliou a secretária.

Integram a parceria no processo de realização da feira, a Associação de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável e Solidário do Estado da Bahia (Adesba), bem como o Centro Público de Economia Solidária da Bahia (Cesol). Ao todo, foram montadas 20 barracas, com a presença de, aproximadamente, 30 expositores, em sua maioria mulheres, conforme enfatiza a assistente social e coordenadora de articulação do Cesol Metropolitano 2, Rosa Maria Bonfim.

“A predominância é das mulheres. São as mulheres da vida real, como costumo falar. Essa realidade é desde que essa feira é realizada, inclusive, tenho que ponderar que é um evento que já pode ser considerado histórico dentro de Camaçari. Esse ano, estamos com mais força, a Secretaria da Mulher percebeu a importância e abraçou esse projeto”, contou Rosa Maria.

Aos 53 anos, a expositora Joelma Gomes desenvolve seu trabalho desde a adolescência. Com o tempo, o que começou como um hobby, acabou se tornando sua principal fonte de renda. A empresária, moradora de Arembepe, confecciona peças em crochê e participa das feirinhas em praticamente todas as edições. Para ela, o evento pode ser definido como uma ‘vitrine de clientes’.

“Posso garantir que meus clientes, a maioria, eu conquisto participando dessas feiras. Às vezes a pessoa não compra na hora, mas faz encomendas. As feirinhas geram novos clientes, passamos contatos por cartãozinhos, e, de fato, eles funcionam. Aqui é a nossa vitrine”, celebrou.

No que diz respeito à gastronomia, um dos serviços ofertados vem direto de Vila de Abrantes, com produtos carregados de cultura. A Comunidade Quilombola de Cordoaria participa da feira desde 2019 – é o que conta Jaciara de Santana, de 47 anos, uma das líderes comunitárias do local.

“Nos cadastramos no Cesol e, desde então, sempre que tem as feiras a gente participa. Vejo como uma forma de divulgar o nosso produto, alcançando pessoas que ainda não conhecem  nosso serviço”, iniciou Jaciara que, na sequência, ratificou a força da mulher empreendedora.

“Você pode ver que nessas feiras a maioria das pessoas são mulheres, e, mulheres empreendedoras que aproveitam essa abertura de espaço para o popular troca-troca com as amigas, com novos clientes que são feitos. Nós da Cordoaria, por exemplo, atuamos como um grupo de mulheres que lutam dia a dia para manter as  gerações, o nosso legado que vem passando de mães para filhas, nessa luta de resistência, de trabalhar com os produtos da terra”, acrescentou.

Durante o evento, a potência musical foi evidenciada pela cantora Nadja Meirelles. Para o domingo, a partir das 10h, a grade de atividades também envolve shows musicais e manifestações artísticas, a exemplo das rodas de capoeira.

Participaram deste primeiro dia da feira o prefeito Luiz Caetano e as vereadoras Salles e Neidinha, além do secretário de Relações Institucionais, Ademar Lopes.

Fonte: Secom PMC
Foto: Juliano Sarraf

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