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BTC segue em movimento lateral preso em US$ 82 mil com leve queda de 0,3%

Os touros continuam preso no movimento lateral que tem impedido o BTC de romper com a resistência de US$ 85 mil

A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin – BTC está cotada na manhã desta sexta-feira (14) em R$ 481.938,65. Os touros continuam preso no movimento lateral que tem impedido o BTC de romper com a resistência de US$ 85 mil.

Nas últimas duas semanas, o Bitcoin experimentou maior volatilidade, alimentada por uma ampla liquidação em ações globais. O S&P 500 fechou recentemente em território de correção, enquanto o Nasdaq 100 caiu 7% de seu pico, aproximando-se de seu primeiro mercado de baixa desde 2022.

No entanto, os dados de inflação de fevereiro, divulgados esta semana, não conseguiram levantar os mercados. Os índices de preços ao consumidor e ao produtor ficaram abaixo das expectativas, essa fraqueza pode não se traduzir na medida de inflação preferida do Fed. O Índice de Volatilidade, $VIX, agora subiu +63% no último mês, mas ainda não viu um grande rompimento.

“As tensões seguem bastante intensas para os mercados. Se de um lado Putin disse estar aberto a discutir um cessar-fogo na Ucrânia, do outro, Trump ameaça novas taxas a países que aplicarem “contra-tarifas” aos Estados Unidos.  Por mais que sejam produtos “supérfluos” ainda assim traz um ruído dessagradável. Afinal, tudo isso faz com que os investidores se perguntem até onde vai essa guerra comercial. Pior ainda, torna os impactos dessas decisões ainda mais imprevisíveis, o que tira qualquer apetite ao risco.

Não à toa, o Bitcoin e o mercado acionário caem hoje, mesmo com a queda da inflação ao produtor norte-americano acima do esperado. Por isso, sem um fundamento positivo muito específico para o BTC no momento faz com que a criptomoeda siga o comportamento de todo o mercado”, disse Beto Fernandes, analista da Foxbit.

Agne Linge, Chefe de Crescimento da WeFi, aponta que o recente arrefecimento da inflação fortalece o caso de potenciais cortes nas taxas no final deste ano. No entanto, as crescentes tensões geopolíticas e econômicas, especialmente da guerra comercial em andamento, adicionam complexidade à trajetória política do Federal Reserve.

Segundo Linge, tarifas mais altas e medidas retaliatórias devem aumentar os custos da cadeia de suprimentos e pesar no crescimento econômico, potencialmente levando o Fed a flexibilizar a política monetária para manter a estabilidade financeira. 

“O Bitcoin passou por uma intensa ação de preço de whipsaw nas últimas duas semanas, flutuando entre US$ 79 mil e US$ 85 mil em meio à maior incerteza macroeconômica. Sua rápida dinâmica de preços reflete sua crescente sensibilidade a fatores macroeconômicos, sugerindo que o Bitcoin está se comportando mais como um ativo de risco do que como uma reserva tradicional de valor.

Essa volatilidade provavelmente persistirá nas próximas semanas, à medida que as tensões geopolíticas e as incertezas macroeconômicas continuam a impulsionar o sentimento do mercado”, disse.

Análise preço do Bitcoin

Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, destaca que após atingir a mínima de US$ 76.606 no dia 10, o preço do Bitcoin iniciou um movimento corretivo da queda anterior, e no dia 12 voltou a ser negociado no positivo, na faixa de preço dos US$ 84.500.

“Para que o preço do Bitcoin retome a alta, é necessário que entre um alto volume comprador absorvendo a queda. Além disso, ainda é preciso que supere as resistências de curto e médio prazo que estão nas faixas de preços dos US$ 88.620 e US$ 94.840. Caso o preço do Bitcoin não supere essas resistências, o ativo poderá voltar a corrigir e buscar os suportes de curto e médio prazo nas faixas de US$ 79.700 e US$ 75.900”, disse.

Para o Ethereum ela aponta que ao analisar o fluxo, é possível observar que entrou um alto volume financeiro no fundo do gráfico. Este movimento sugere que houve uma absorção de fundo por parte dos compradores, portanto, se houver rompimento da consolidação para cima, as resistências de curto e médio prazo estão nas regiões de liquidez dos US$ 2.000 e US$ 2.185.

“Os suportes do Ethereum estão nas áreas de valor dos US$ 1.780 e US$ 1.670”, disse.

Já para a Solana, segundo ela, é possível observar que o preço da Solana continua em tendência de baixa e que há uma região de liquidez muito forte na faixa dos US$ 112. Essa liquidez poderá ser capturada pelos institucionais, o que levaria o preço da Solana a testar o suporte na faixa de preço dos US$ 100.

“As resistências de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 138 e US$ 171” finaliza.

Já Kais Altabbaa, gerente de negócios na Bitget, destaca que o Bitcoin encontra-se dentro de um padrão triangular simétrico, indicando uma possível movimentação mais forte nos próximos dias. Um rompimento da linha de suporte pode levar a uma tendência de queda, enquanto um rompimento da resistência pode abrir espaço para uma alta mais acentuada, caso haja um aumento significativo no volume de compra.

Bitcoin de volta para US$ 30 mil?

De acordo com Ermolaev, há divergências de baixa nos gráficos semanal, quinzenal e mensal, o que sinaliza uma possível exaustão da tendência de alta e uma provável continuação da queda. Além disso, três dos quatro alvos projetados já foram atingidos, restando apenas o último, que pode ser alcançado antes de um breve repique e, posteriormente, uma queda ainda maior.

Segundo ele, o gráfico reforça a possibilidade de um padrão clássico de “topo duplo” ou até mesmo um “ombro-cabeça-ombro”, padrões conhecidos por indicar reversões de tendência. A perda das zonas de suporte traçadas pode ampliar as probabilidades de um movimento descendente mais acentuado. O suporte imediato se encontra na região dos US$ 70.000, onde o preço pode encontrar uma reação.

No entanto, se essa barreira for rompida, o próximo grande suporte está na faixa entre US$ 35.000 e US$ 40.000, conforme destacado na projeção do analista.

Outro fator relevante mencionado por Ermolaev é a similaridade dos gráficos de índices tradicionais com o comportamento do Bitcoin. Isso sugere que a movimentação do mercado de ações pode ter influência direta sobre o criptoativo, aumentando a correlação entre os ativos de risco.

Apesar das projeções, o analista enfatiza que os padrões gráficos são apenas ideias de fractais, ou seja, o preço pode não seguir exatamente o desenho previsto. No entanto, a quebra dos suportes mencionados aumenta substancialmente a probabilidade de quedas mais severas.

“Se a região de US$ 70.000 for perdida, as chances de uma correção mais profunda aumentam, levando o ativo a testar suportes muito mais baixos nos próximos meses”, disse.

Já Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, destaca que o mercado cripto está lateralizado no momento. Os touros têm protegido o preço entre US$ 79 mil e US$ 89 mil, enquanto os ursos defendem a faixa entre US$ 84 mil e US$ 85 mil. Isso cria um intervalo de curto prazo entre US$ 80 mil e US$ 85 mil.

O especialista destacou a influência do S&P 500 sobre o Bitcoin, observando que o índice teve uma queda de mais de 10% nas últimas semanas.

“O S&P 500 encontrou um fundo em um canal extremamente importante, com confluência em 0,61% de Fibonacci, considerando a última pernada de alta”, afirmou. Segundo ele, esse ponto técnico pode indicar uma recuperação.

Miranda argumenta que, caso o S&P 500 faça um movimento de alta e volte aos 6 mil pontos, isso poderá impulsionar o Bitcoin. “Se o índice conseguir respirar e apresentar um repique, é possível que o Bitcoin chegue entre US$ 92 mil e US$ 96 mil”, projetou.

O analista enfatizou que o Bitcoin tem demonstrado uma forte correlação com o desempenho dos mercados de renda variável. “O BTC é um ativo elástico e sente bastante os impactos da economia americana. Após essa grande queda do S&P 500, o Bitcoin também corrigiu quase 30% depois de seu topo”, explicou.

Com base nessa tendência, Miranda acredita que o S&P 500 pode ter encontrado seu fundo e, se houver um pullback consistente, o Bitcoin deve seguir um caminho de recuperação. “

Se essa recuperação do S&P 500 se confirmar, é bem provável que vejamos o Bitcoin buscando US$ 92 mil, e depois, um patamar entre US$ 96 mil e US$ 98 mil”, concluiu.

Portanto, o preço do Bitcoin em 14 de março de 2025 é de R$ 481.938,65. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0020 BTC e R$ 1 compram 0,0000020 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 14 de março de 2025, são: Sonic (S), Hyperliquid (HYPE) e Official Trump (TRUMP) com altas de 14%, 10% e 8% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 14 de março de 2025, são: Pi Network (PI), Story (IP) e Ethena (ENA), com quedas de -8%, -6% e -5% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.

Fonte: CoinTelegraph
Imagem: Bitcoin Stock photos by Vecteezy

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