Os ursos querem baixar o preço do BTC para US$ 80 mil antes da divulgação dos dados do FOMC que vão ditar os rumos da taxa de juros nos EUA
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin – BTC está cotada na manhã desta terça-feira (18) em R$ 472.355,84. Os ursos querem baixar o preço do BTC para US$ 80 mil antes da divulgação dos dados do FOMC que vão ditar os rumos da taxa de juros nos EUA.
“O sentimento de incerteza permanece, à medida que os últimos dados macroeconômicos desenharam um cenário desfavorável para ativos de risco, como cripto. As definições da próxima reunião do FOMC e a divulgação de mais alguns dados econômicos vão dar ao mercado a medida de extensão do período de baixa.
No entanto, estamos esperançosos com relação a ventos favoráveis que podem ser trazidos por avanços regulatórios, principalmente relacionados a stablecoins e à ordem executiva emitida por Trump em janeiro.”, disse Fábio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase.
Caio Villa, CIO da Uniera, também destaca que esta é uma semana importante para todos os mercados de renda variável, sobretudo o dia 20, quando o Fed vai decidir sobre a taxa de juros americana. A maior aposta é de que a taxa atual seja mantida.
“A única incerteza que há, e é por isso que o preço do Bitcoin nos últimos dias está tendo pouca variação, é em relação ao discurso do Powell. Se vai ser mais propenso a termos 3 cortes de juros este ano, por tanto 0,75%, ou se teremos menos cortes. Então, dependendo do tom que ele utilizar, o mercado vai precificar isso.
Um outro ponto interessante são os dados do dia 17, em relação aos ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos. Tivemos o primeiro dia em que nenhum dos principais ETFs teve saída de capital desde 7 de fevereiro. Ou seja, todos estiveram positivos ou zerados. Isso é um indicador importante, possivelmente de reversão, que pode significar que já tenhamos atingido o fundo do valor de mercado do Bitcoin no curto prazo”, afirmou.
Beto Fernandes, analista da Foxbit, destaca que o mercado segue ainda muito tensionado. Essa tensão vem dos sinais externos bastante conflituosos. Na madrugada, a China indicou um pacote financeiro para estimular a geração de renda e consumo do país. Porém, isso acaba sendo ofuscado pela participação dos Estados Unidos na guerra contra grupos iranianos.
“Essa turbulência impede que o mercado abrace o fundamento mais otimista, e opte pela cautela. A cautela também aparece por conta da definição de juros nos Estados Unidos na quarta-feira. É fato que as chances de um corte ou aumento de juros são praticamente zero. Por isso, é consenso de que o FED vai manter os juros como estão. Mas mesmo precificado, os investidores vão querer ouvir Powell falar na coletiva após o anúncio”, disse.
Segundo ele, apesar da provável estagnação da política monetária, estão crescendo as apostas de um corte da taxa na reunião de junho, o que faz um relativo sentido. Recentemente, os dados inflacionários dos EUA mostraram um recuo, voltando para abaixo dos 3% e se aproximando da meta de 2%.
“Esses dois eventos mostram que os preços podem estar desacelerando, mas a economia também, já que podemos estar vendo uma falta de estímulo para o consumo. Isso, então, pode ajudar o FED a relaxar sua política monetária, se os dados continuarem nesta tendência nos próximos meses”, afirma.
Olhando para os gráficos, Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, aponta que se o preço da principal criptomoeda do mercado continuar se desenvolvendo com força compradora, no curto prazo poderá buscar a resistência dos US$ 88.620 e se superada essa resistência, o próximo alvo de médio prazo está na região de liquidez dos US$ 94.840.
“No entanto, caso o preço do Bitcoin não supere as resistências acima citadas, o ativo poderá buscar os suportes de curto e médio prazo nas faixas de preços de US$ 79.700 e US$ 75.900”, disse.
Já Pedro Gutiérrez, diretor Latam da CoinEx, destaca que embora o mercado continue pressionado devido a fatores macroeconômicos, como a escalada da guerra comercial entre os EUA, China, México e Canadá, a análise técnica sinaliza uma possível continuação de alta.
A formação de uma recuperação em “V”, juntamente com um RSI crescente a partir de níveis sobrevendidos, sugere que o BTC pode atingir a faixa de US$ 92.000 – US$ 96.000 no curto prazo, onde resistências chave, como as médias móveis de 500 dias e 100 dias, convergem.
“Um fechamento diário confirmado acima dessa faixa poderia desencadear uma alta em direção aos US$ 109.000, marcando um grande potencial de valorização a partir dos níveis atuais.
No entanto, se o momentum enfraquecer e o BTC cair abaixo de US$ 82.000, isso poderia levar a um novo teste de suporte em US$ 78.000, um nível crítico para evitar uma queda maior. A volatilidade continua alta e, embora os indicadores favoreçam uma tendência de alta, o mercado de criptomoedas é imprevisível, tornando essencial um gerenciamento de risco adequado e a capacidade de se adaptar”, disse.
Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, também destaca que o mercado continua bastante conservador. Grande parte do fluxo de dinheiro que entrou na sexta e na segunda-feira foram de pessoas físicas comprando o S&P 500 e também o mercado cripto.
“Nós acreditamos que para que o mercado volte a subir, o Bitcoin precisa trabalhar novamente acima de US$ 92 mil. Nesse momento, as melhores compras do BTC estão na base dos US$ 79 mil/ US$ 80 mil e a próxima zona de suporte seria na base dos US$ 74 mil até US$ 72 mil. No entanto, apesar das turbulências de curto prazo, nosso alvo continua sendo a base dos US$ 150 mil a US$ 160 mil e o segundo alvo US$ 200 mil”, afirmou.
Portanto, o preço do Bitcoin em 18 de março de 2025 é de R$ 472.355,84. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0021 BTC e R$ 1 compram 0,0000021 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 18 de março de 2025, são: Tokenize Xchange (TKX), PancakeSwap (CAKE), OKB (OKB), com altas de 10%, 8% e 6% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 18 de março de 2025, são: Pi Network (PI), Cronos (CRO) e Litecoin (LTC) com quedas de -15%, -8% e -4% respectivamente.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.
Fonte: CoinTelegraph
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