Os touros conseguiram manter o preço do BTC acima de US$ 96 mil, nível que agora eles tentam manter como suporte na busca por um retorno para US$ 100 mil.
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta sexta-feira (02) em R$ 551.906,76. Os touros conseguiram manter o preço do BTC acima de US$ 96 mil, nível que agora eles tentam manter como suporte na busca por um retorno para US$ 100 mil.

Bitcoin: análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, aponta que os mercados asiáticos e os futuros dos EUA registraram ganhos, impulsionados por sinais de possível afrouxamento nas tensões comerciais entre os EUA e a China. O Ministério do Comércio da China indicou disposição para negociações, afirmando que a porta está aberta, desde que os EUA demonstrem sinceridade.
Segundo ele, esse cenário ajudou a reverter as quedas anteriores, causadas por resultados abaixo do esperado de empresas como Apple e Amazon, que alertaram sobre os custos adicionais gerados pelas tarifas. No curto prazo, o impacto no Bitcoin tende a ser positivo, já que o otimismo em relação às negociações comerciais pode aumentar o apetite por ativos de risco.
“No entanto, é importante lembrar que amanhã será divulgado o relatório de empregos de abril, que deve oferecer mais clareza sobre a saúde da economia dos EUA. Caso os dados venham piores do que o esperado, poderemos ver uma retração tanto nos mercados tradicionais quanto no preço do Bitcoin”, afirmou.
Para Isac Honorato, CEO do Cointimes, a criptomoeda está em transição de um ativo especulativo para uma reserva de valor consolidada.
“O Bitcoin não está apenas subindo de preço, está assumindo um novo papel estrutural no sistema financeiro global”, afirma Honorato.
“A pressão de compra está crescendo em um mercado cada vez mais escasso”, observa Honorato.
Ele destaca a queda na volatilidade, que atingiu o menor nível em mais de 500 dias, e a redução das reservas de BTC nas corretoras como sinais de maturidade do mercado. Além disso, a entrada bilionária em ETFs institucionais indica uma crescente demanda institucional.
O cenário macroeconômico também favorece o Bitcoin. Enquanto o ouro recuou quase 10% recentemente, o Bitcoin avançou 10%, destacando-se como alternativa em tempos de incerteza econômica.
“O Bitcoin está deixando de ser ‘o ativo do futuro’ para se consolidar como a base da próxima grande reserva global”, conclui Honorato.
Bitcoin: análise técnica
Além disso, o Bitcoin voltou ao radar dos investidores após o PIB dos EUA recuar 0,3%, registrando a primeira contração desde 2022. Ao mesmo tempo, os dados de inflação apontam para alívio: o índice Core PCE permaneceu estável, e a taxa anual caiu de 3% para 2,6%, aproximando-se da meta de 2% do Federal Reserve.
“Com a inflação perdendo força, os cortes de juros devem chegar mais cedo, injetando liquidez no mercado e favorecendo ativos de risco como o Bitcoin”, analisa Valentin Fournier, chefe de pesquisa da BRN.
Logo após os dados macroeconômicos, o sentimento institucional esfriou: o Bitcoin registrou saída de US$ 56 milhões, e o Ethereum perdeu US$ 2 milhões. No entanto, esse movimento durou pouco. No dia seguinte, os fluxos se inverteram. O BTC recebeu US$ 422 milhões em aportes, e os ETFs de ETH somaram US$ 7 milhões em entradas.
“Acreditamos que a realocação institucional já foi concluída. Os fluxos atuais indicam confiança crescente alimentada por momento de preço e expectativa macroeconômica”, afirma Fournier.
Com o BTC alcançando US$ 97.500, impulsionado por apostas mais dovish do Fed e um novo apetite institucional, a narrativa de que o ativo pode romper os US$ 100 mil ganha força. Ethereum e Solana também acompanham o movimento, com alta de 2% e 1%, respectivamente.
A BRN ajustou sua estratégia para aproveitar o cenário favorável. A nova alocação é:
- 40% em caixa, para preservar flexibilidade
- 40% em Bitcoin, com potencial de rompimento
- 10% em Solana, apesar da volatilidade
- 10% em Ethereum, com preço ainda atrativo
“Estamos aumentando nossa exposição às criptos à medida que a janela de valorização se abre”, conclui Fournier.
Já Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, destaca que agora a tendência de alta esta ainda mais clara, com o BTC negociando acima de US$ 96 mil.
“O BTC rompeu a minifaixa de US$ 93 mil a US$ 96 mil e pode ter uma configuração semelhante à da semana passada, mas ainda precisa transformar US$ 96 mil em novo suporte para então tentar um rompimento em US$ 98 mil, que deve ser rejeitado mas pode ser rompido em uma segunda tentativa, o que levaria o BTC a negociar perto de US$ 101 mil”, afirmou.

Portanto, o preço do Bitcoin em 02 de maio de 2025 é de R$ 551.906,76. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0018 BTC e R$ 1 compram 0,0000018 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 02 de maio de 2025, são: Immutable X (IMX), EOS (EOS) e Quant (QNT) com altas de 35%, 11% e 10% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 02 de maio de 2025, são: Artificial Superintelligence Alliance (FET), Bonk (BONK) e Ethena (ENA), com quedas de -8%, -7 e -6% respectivamente.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.
Fonte: CoinTelegraph
Imagem: Abstract Stock photos by Vecteezy