Categoria lotou o auditório da Câmara
Antecipando os encaminhamentos da audiência pública da Comissão de Saúde sobre a situação dos residentes em saúde que atuam em Salvador, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), que convocou o evento, anunciou que protocolou na Câmara projeto de lei estendendo à categoria o direito à meia-passagem estudantil no transporte coletivo. E pediu mobilização para aprovar a proposição, que altera a Lei nº 5.699/2000. A iniciativa foi comemorada pelos residentes que lotavam o auditório do Anexo Bahia Center e apontaram esta como uma das principais reivindicações do movimento.
A mesa da audiência foi formada pela presidente da Comissão de Saúde, vereadora Débora Santana (PDT), que parabenizou Aladilce pela iniciativa; pelo diretor da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Humberto de Castro Lima Filho; por Tiago Almeida, da Associação Nacional de Pós-graduandos; Luciano Moura, da Superintendência de RH da Sesab; Sara Cerqueira, representante da Secretaria Municipal de Saúde; e João Marcelo, da Comissão Nacional de Residentes Multiprofissionais em Saúde do Ministério da Educação.
Carga horária e bolsa
Outros pontos da pauta destacados por todos os oradores foi a carga horária excessiva, de 60 horas semanais, muitas vezes assumindo a responsabilidade pelo atendimento, e a necessidade de valorização das bolsas.
A deputada federal Alice Portugal (PCdoB/BA) enviou mensagem ao evento colocando o mandato a serviço da causa e o presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos, Vinícius Soares, gravou um vídeo de apoio ao movimento. Mais de 20 programas de residência foram representados na audiência.
Lembrando que em sua formação em enfermagem pela UFBA também foi residente, Aladilce se solidarizou com a categoria e defendeu o SUS como um programa grandioso de saúde pública, mas com muitas limitações, a exemplo do subfinanciamento.
“Eu espero que a gente saia daqui com essa dimensão do nosso papel e que os residentes são essa potência que nós temos no Sistema Único de Saúde, cada um na sua área específica, mas com essa compreensão. Nós precisamos qualificar, de maneira muito profissional, solidária, e ajudar a construir esse sistema que é a maior política de Estado que já foi construída no país. Eu tenho a maior parte da minha vida dedicada a essa luta de construção do SUS e ela não termina, porque o contexto que a gente vive é adverso e é de hegemonia de um modelo de privatização, de especialização, de lucratividade, de divisão de categorias, divisão de profissionais. E nós precisamos, então, nos fortalecer para a gente fazer com que o SUS seja um sistema para todos, universal, para garantir integralidade, para garantir que nós sejamos responsáveis pela saúde da população, e que a gente possa dar a melhor qualidade. É isso que nós desejamos e é por isso que nós vamos, daqui da Câmara, lutar porque o município precisa corresponder e precisa atender a esses princípios do SUS”, declarou Aladilce.
Fonte: Ascom ver Aladilce Souza – PCdoB
Foto: Victor Queirós