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Maio Furta-Cor amplia o olhar sobre maternidade e saúde mental das tentantes

Especialista Yalle Roseno defende acolhimento das mulheres que sonham com a maternidade, mas ainda não conseguiram engravidar

Enquanto muitas campanhas sobre o Maio Furta-Cor focam no puerpério e na sobrecarga de mães ativas, há um grupo de mulheres que também sofre em silêncio e ainda recebe pouco espaço no debate: as tentantes. Com a campanha do Maio Furta-Cor, o debate vem se tornando mais profundo: a proposta é olhar para as diversas maternidades, inclusive aquelas atravessadas por dor, silêncio e invisibilidade. É nesse contexto que a especialista Yalle Roseno levanta um alerta importante: as mães tentantes também precisam ser vistas e cuidadas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 6 pessoas no mundo é afetada pela infertilidade, número expressivo que, ainda assim, permanece cercado de tabus. As mulheres que enfrentam essa realidade vivem um luto constante, marcado por expectativas frustradas, solidão, invisibilidade social e desinformação, inclusive dentro do próprio sistema de saúde.

Advogada de formação e mentora de mulheres, Yalle Roseno (https://www.instagram.com/yalleroseno/ ) , enfrentou oito anos de tentativas até engravidar da filha Laura, após a segunda FIV. Com base em sua experiência pessoal e profissional, fundou o projeto Movimento Sempre Quis Ser Mãe, que acolhe outras mulheres em situação semelhante e promove conscientização sobre infertilidade e saúde emocional.

“A dor da infertilidade não é só física ou médica. Ela adoece a mente, o coração, a autoestima. Ser tentante é acordar todos os dias com esperança e ir dormir com medo. É viver lutos invisíveis em ciclos que não se completam. No Maio Furta-Cor, a gente precisa lembrar que saúde mental materna também é sobre quem ainda não tem o filho nos braços, mas já o carrega no sonho, no corpo e na alma”, afirma Yalle.

Além do impacto individual, Yalle destaca a necessidade de discutir pertencimento e inclusão para mulheres que desejam ser mães, mas se sentem constantemente excluídas dos rituais, discursos e cuidados que envolvem a maternidade. “Exaustas, vulneráveis, solitárias, incapazes e não merecedoras. É assim que nós, mulheres que enfrentamos a infertilidade, nos sentimos boa parte do tempo. Numa luta silenciosa, intensa e invisibilizada para realizar o sonho de carregar o nosso filho nos braços. Então, me fala: como você acha que fica a cabeça de quem, além de lidar com toda a sobrecarga mental depositada sobre qualquer mulher, ainda tem que esperar, tentar, insistir, confiar e liberar todo o controle a respeito do que mais sonha na vida? Isto sem falar nas expectativas, julgamentos e cobranças? Essas mulheres não estão ‘esperando para ser mães’. Elas já vivem a maternidade de forma profunda e dolorosa. Precisam de acolhimento, visibilidade e acesso à informação responsável sobre fertilidade e saúde mental”, completa.

Ao ampliar o debate, o Maio Furta-Cor também se torna um espaço para derrubar mitos, promover acolhimento e transformar a forma como a sociedade enxerga os caminhos possíveis para a maternidade. Para Yalle, isso significa dar nome e espaço a uma dor real, que ainda é tratada como invisível.

O Maio Furta-Cor é uma campanha criada para ampliar e acolher os diversos sentidos da maternidade, com foco especial na saúde mental materna. Ao contrário de outras iniciativas mais normativas, o movimento convida a sociedade a enxergar as muitas formas de maternar, incluindo mães atípicas, enlutadas, sozinhas, não-biológicas, tentantes e tantas outras, promovendo escuta, empatia e acesso ao cuidado emocional. O nome “furta-cor” representa exatamente essa pluralidade de experiências.

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Caroline Vilas Bôas
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Fonte / Foto: Assessoria de Imprensa

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