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BTC perde força, volta aos US$ 105 mil e ursos podem testar US$ 104 mil

Bitcoin se mantém acima de US$ 105 mil, mesmo com tensão no Oriente Médio, alta do petróleo e dólar forte. ETFs e liquidez sustentam preço.

O preço do Bitcoin BTC na manhã desta terça-feira, 17/06/2025, está cotado em R$ 588.217,99. Os touros não conseguiram romper com US$ 108 mil e abriram caminho para os ursos tentarem romper com o suporte de US$ 104 mil.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados globais reagiram com cautela após o presidente Trump solicitar a evacuação de cidadãos em Teerã, intensificando o conflito entre Israel e Irã no quinto dia de combates.

Os futuros dos principais índices americanos recuaram, enquanto o petróleo subiu mais de 2%. O dólar se fortaleceu frente ao euro, iene e libra, sendo visto como instrumento de refúgio, enquanto os rendimentos dos Treasuries caíram e o ouro se valorizou 0,5%.

“Já o Bitcoin reagiu positivamente, alcançando os US$ 108.000 e se estabilizando em torno de US$ 107.000. Esse aumento da aversão ao risco tende a beneficiar o Bitcoin no curto prazo, já que investidores estão cada vez mais buscando alternativas de segurança e diversificação fora do sistema financeiro tradicional”, apontou.

Sarah Uska, analista de criptoativos do Bitybank, destaca que apesar do cenário adverso, o Bitcoin demonstrou resiliência e recuperou parte das perdas, encerrando a semana próximo dos US$ 106 mil. Essa recuperação pode indicar que, para parte do mercado, o criptoativo já é visto como uma alternativa mais segura frente às instabilidades ligadas a governos e conflitos.

Agora, os olhares se voltam para a próxima reunião do Federal Reserve, que deve manter as taxas de juros inalteradas. Com essa expectativa já precificada, a tendência é que o mercado siga lateralizado, com volatilidade moderada e viés de recuperação — desde que não haja novas surpresas, seja do Fed ou do cenário geopolítico.

Ela também aponta que no Brasil, a estreia dos contratos futuros de Ethereum e Solana na B3 representa um passo importante rumo à institucionalização do mercado cripto, tornando-o mais acessível e profissional.

No entanto, o setor segue em alerta após o anúncio da Medida Provisória que propõe uma alíquota de 17,5% sobre qualquer ganho de capital com criptoativos. A iniciativa mostra o esforço do governo em construir um ambiente regulatório, embora de forma ainda desorganizada e pouco dialogada com o setor.

Bitcoin análise técnica

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, afirma que o BTC está construindo uma tendência de alta constante dentro de um canal ascendente, apoiado por uma série de padrões de triângulo de continuação.

“O preço testou novamente a base do canal e agora está subindo em direção à linha de resistência perto de US$ 115.000. A estrutura sugere uma compressão de alta dentro de uma zona de estreitamento.O momentum está se curvando para cima novamente, preparando o cenário para uma compressão na banda-alvo”, aponta

Guilherme Prado, country manager da Bitget, afirma que o fluxo institucional segue forte, especialmente via ETFs, sustentando o preço do Bitcoin mesmo após correções recentes. Empresas como MicroStrategy e Metaplanet continuam ampliando suas reservas de BTC, com a última planejando adquirir até 210.000 BTC em uma nova rodada de captação de US$ 5,4 bilhões.

Empresas públicas dos EUA, inclusive uma ligada ao ex-presidente Donald Trump, intensificaram compras de Bitcoin, aproveitando um ambiente regulatório mais favorável. Trump assinou uma ordem executiva para criar uma reserva estratégica de Bitcoin, atraindo ainda mais atenção institucional para o ativo. Mas, apesar do otimismo, existe um risco de liquidez para essas empresas caso o Bitcoin caia abaixo de US$ 90 mil, o que poderia pressionar empresas expostas ao ativo em seus balanços.

“Olhando para o gráfico, vemos no mapa de liquidez, zonas de liquidação concentradas entre US$ 104.200 e US$ 105.800, indicando que movimentos bruscos nessas regiões podem gerar volatilidade extra.Se o BTC se mantiver acima de US$ 106.000 e romper US$ 107.500, há espaço para buscar novamente a região dos US$ 110.000. Caso haja a perda do suporte em US$ 104.000 pode acelerar vendas até US$ 103.200 ou até US$ 101.200, onde há maior concentração de liquidez e interesse comprador” analisa.

Para Valentin Fournier, analista-chefe da BRN, o quadro atual sugere que, apesar da pausa no momentum, o cenário de assimetria entre risco e retorno ainda favorece manter a exposição ao mercado, especialmente no Bitcoin.

“Mantemos alta convicção de que os preços devem subir de forma consistente em 2025, ainda mais se o varejo voltar a entrar ou se o Ethereum retomar força nos ETFs”, projeta.

Diante disso ele indica que a empresa está fazendo uma alocação de portifólio concentrada em Bitcoin e com pouco caixa.

BTC: 70% – Posição principal, com demanda concentradaETH: 15% – Reduzida, aguardando recuperação nos ETFsSOL: 5% – Sob pressão, mas permanece como ativo de alta betaCaixa: 10% – Reserva para oportunidades de alta convicçãoO mercado agora observa se o movimento institucional será suficiente para empurrar os preços para novas máximas ou se o esfriamento do Ethereum e a fuga do varejo frearão o avanço.

Níveis de suporte e resistência

Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, aponta que após o Bitcoin atingir a mínima de US$ 102.664 na última quinta-feira (12), o preço da principal criptomoeda do mercado retomou a alta, e atingiu a máxima de US$ 107.262 uma valorização de +4.40% entre os valores.

Apesar da alta dos últimos dias, o preço do Bitcoin poderá enfrentar a resistência de médio prazo na faixa dos US$ 109.300, mas, para que este movimento ocorra, é necessário antes que o Bitcoin rompa a resistência de curto prazo dos US$ 107.262.Caso entre força vendedora e ocorra a retomada do movimento de baixa, o Bitcoin poderá buscar os suportes de curto e médio prazo das áreas de valor dos US$ 104.780 e US$ 101.900.

Mike Ermolaev, analista e fundador da Outset PR, destaca que se o BTC continuar sua correção, poderá estender a queda para testar novamente seu suporte principal em US$ 103.070, a Média Móvel Exponencial (MME) de 50 dias. Um fechamento bem-sucedido abaixo desse nível poderá estender a queda para testar novamente seu nível principal e psicologicamente importante em US$ 100.000.

O indicador de momentum do Índice de Força Relativa (RSI) no gráfico diário está oscilando em torno de seu nível neutro de 50, indicando indecisão entre os traders. O indicador de Convergência e Divergência de Médias Móveis (MACD) no gráfico diário apresentou um cruzamento de baixa na quinta-feira, fornecendo um sinal de venda e dando credibilidade à tendência de baixa”, afirmou.

Como funciona a liquidez no mercado de criptomoedas

“Embora a liquidez [das criptomoedas] tenha melhorado ao longo dos anos com o desenvolvimento de plataformas mais robustas, instrumentos financeiros (como ETFs) e a entrada de investidores institucionais, ainda existem desafios. Estruturas regulatórias favoráveis ​​e o envolvimento institucional poderiam criar um ecossistema de criptomoedas mais robusto e eficiente.” disse Cristina Polizu, Diretora Geral de Análise Quantitativa da S&P Global Ratings.

Ela aponta que o volume de negociação de criptomoedas é altamente fragmentado entre as plataformas.A Binance domina o volume de BTC e ETH, enquanto a Uniswap lidera para DAI.

Além disso, os ativos digitais na Binance apresentam spreads mais estreitos do que algumas ações do S&P 500 (por exemplo, Broadcom), mas maiores do que ações de alta liquidez como a da Apple.BTC e ETH mostram forte correlação no comportamento de spread, enquanto stablecoins e ações não.

Os mercados de criptomoeda para criptomoeda (por exemplo, BTC-USDT) têm liquidez significativamente maior do que os pares fiduciários-cripto (por exemplo, EUR-USDC).A profundidade é menor nos mercados fiduciários, limitando a execução de grandes negociações sem impacto no preço.

A derrapagem varia de acordo com o ativo e as condições de mercado. As negociações de ETH apresentaram derrapagem de até 4,96% durante alta volatilidade.Pares de stablecoins como USDC-DAI apresentam deslizamento mínimo, indicando alta liquidez e estabilidade de paridade.

Crises políticas (por exemplo, Coreia do Sul) e ataques cibernéticos (por exemplo, hack da Bybit) podem causar interrupções bruscas de liquidez e deslocamentos de preços.

As CEXs se assemelham às finanças tradicionais, com livros de ordens e custódia centralizados.DEXs usam Criadores de Mercado Automatizados (AMMs), permitindo negociações em cadeia, mas expondo provedores de liquidez a perdas temporárias.

O lançamento de ETFs de BTC e ETH aumentou os volumes de negociação, mas não superou a atividade do mercado à vista nas bolsas de criptomoedas.

Portanto, o preço do Bitcoin em 17 de junho de 2025 é de R$ 599.599,96. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 17 de junho de 2025, são: WhiteBIT Coin (WBT), AB (AB) e Bitcoin Cash (BCH) com altas de 60%, 40% e 11% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 17 de junho de 2025, são: SPX6900 (SPX), Hyperliquid (HYPE) e Fartcoin (FARTCOIN) com quedas de -15%, -9% e -8% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.

Fonte: CoinTelegraph
Foto de Alesia Kozik

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