Além da educação ambiental, o vereador de Salvador defende que a prefeitura coloque para votação na Câmara o Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado, parado há vários meses
O vereador de Salvador, Professor Hamilton Assis (PSOL), chama atenção para a importância em debater com atenção e responsabilidade as águas e a preservação do meio ambiente na capital baiana. Em Salvador, segundo o Instituto Água e Saneamento, 29.876 habitantes ainda não possuem água encanada em seus domicílios e precisam se abastecer por outros meios, 281.858 habitantes não têm acesso a esgotamento sanitário e 80.992 habitantes ainda não contam com coleta de lixo. O número de bairros com interrupções diárias do acesso à água também é alarmante.
“O município não se preocupa com a questão ambiental, nem com a dignidade da população mais vulnerável. Precisamos conversar sobre as águas, a poluição, coleta adequada e seletiva de lixo, tratar a revitalização dos rios como Camarajipe, Lucaia e Jaguaribe.Temos um Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado amplamente debatido que segue parado sem envio para apreciação e votação aqui na Câmara de vereadores, enquanto isso mais de 280 mil soteropolitanos não tem acesso a saneamento básico adequado”, reflete o vereador.
O Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado (PMSBI) tem como objetivo melhorar o abastecimento de água potável, o esgotamento sanitário e a limpeza urbana. Planeja a gestão dos resíduos sólidos, drenagem e águas pluviais urbanas, por isso é muito importante que o documento discutido em 2023 e 2024 seja enviado à Câmara Municipal de Salvador para votação e passe a ser lei municipal.
De acordo com o Ranking do Saneamento de 2024, com dados de 2022, Salvador é o 49º município em qualidade de saneamento. Assim, o edil, questiona a falta de interesse municipal em encaminhar à Câmara o plano. “Não podemos deixar de pensar que a demora para o envio do plano que gere e melhora a qualidade de vida e saúde dos moradores de Salvador tem atrasos por se tratar da população mais vulnerável, do racismo ambiental e estrutural. Quem vive em locais sem acesso à água encanada e esgoto? Quem está nas comunidades com esgoto a céu aberto? Precisamos cobrar celeridade da prefeitura”, finaliza o vereador.
Fonte / Foto: Ascom ver Professor Hamilton Assis – PSOL