A Aliança Medicinal, pioneira no cultivo urbano de Cannabis sativa para uso terapêutico no Brasil, anunciou a expansão de sua produção de óleo medicinal. Localizada em Olinda (PE), a associação planeja dobrar a capacidade, passando de 9 mil para 20 mil frascos mensais até o final de 2025, visando atender mais pacientes em todas as regiões do país.
“Hoje, nossos medicamentos beneficiam 9 mil pacientes cadastrados. Nossa meta é praticamente dobrar esse número e alcançar o maior número possível de pessoas que dependem da cannabis para tratamentos médicos”, afirmou a presidente Hélida Lacerda.
Medicamentos a preço acessível
Os medicamentos da Aliança Medicinal, que tratam mais de 400 condições, como epilepsia, Parkinson, dores crônicas, insônia e ansiedade, são vendidos a preço de custo. Os valores variam entre R$ 150 e R$ 390, dependendo da concentração de CBD e THC. Isso representa um custo até cinco vezes menor do que medicamentos comerciais ou importados.
“A cannabis medicinal pode ser utilizada de forma preventiva ou em associação com tratamentos tradicionais, sempre com orientação médica. Os efeitos colaterais são mínimos, e os medicamentos não induzem dependência”, explicou a diretora médica Rafaela Espósito.
Expansão e tecnologia
Atualmente, a produção ocorre em 10 contêineres com ambiente controlado, mas a associação pretende ampliar para 36 até o final do ano. A estrutura inclui cultivo, extração do óleo e envase, com técnicas modernas que garantem um produto de alta qualidade.
Os medicamentos são produzidos com extratos de diferentes concentrações (1,5%, 3%, 6% e, em breve, 10% de CBD), atendendo às necessidades específicas de cada paciente. Todo o processo, desde o cultivo até a distribuição, segue padrões rigorosos, com envio para todo o Brasil por meio da parceria com a Azul Linhas Aéreas.
História de superação
A Aliança Medicinal surgiu há nove anos, quando Hélida Lacerda buscava alternativas para tratar seu filho Anthony, que sofria de epilepsia refratária. Sem acesso ao óleo medicinal, Hélida iniciou o cultivo caseiro e, em 2018, obteve autorização judicial para produzir o medicamento. Em 2020, fundou a associação, que hoje beneficia milhares de pessoas.
Em 2024, a Lei 18.757, sancionada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), autorizou o fornecimento gratuito de medicamentos à base de cannabis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, a produção da Aliança Medicinal ainda opera sob liminares.
“Precisamos de uma regulamentação definitiva que assegure o acesso ao tratamento e reduza os custos para o sistema público de saúde. A cannabis medicinal é uma solução eficiente, segura e econômica para milhares de brasileiros”, destacou o diretor-executivo Ricardo Hazin.
Com um modelo inovador e um compromisso social, a Aliança Medicinal segue transformando vidas e defendendo o direito ao acesso a tratamentos mais acessíveis e eficazes.
Fonte: Cannabis Medicinal
Foto: Paulo Emílio / Brasil247