O número de comércios no mundo que aceitam criptomoedas aumentou 42% nos últimos dois anos, passando de 7.731 em outubro de 2022 para 10.952 em abril de 2024
O número de comércios no mundo que aceitam criptomoedas aumentou 42% nos últimos dois anos, passando de 7.731 em outubro de 2022 para 10.952 em abril de 2024, segundo dados do BTC Map. Essa tendência também é apoiada pela proliferação de caixas eletrônicos de criptomoedas, cujo mercado mundial aumentou 57% em 2023, para 181 milhões de pontos.
Além disso, segundo uma pesquisa da ConsenSys e YouGov, 92% dos entrevistados em 15 países ao redor do mundo já ouviram falar de criptomoedas, e 50% sabem o que são. A narrativa em torno das criptomoedas está mudando. Essa mesma pesquisa indica que 16% dos entrevistados veem as criptomoedas como o “futuro do dinheiro”, enquanto 11% as consideram uma alternativa aos sistemas financeiros tradicionais.
No caso das exchanges de criptomoedas, a adoção também vem crescendo. Recentemente a Binance revelou que a plataforma dobrou o número de visitas diárias e o valor dos ativos dos clientes na Binance ultrapassou pela primeira vez 100 bilhões de dólares.
A exchange destacou que, em média, adiciona 150.000 novos usuários por dia e seu volume de negociação spot subiu 121% para alcançar US$ 1,12 trilhões.
Criptomoedas como aliadas no combate à inflação
Outro fator que tem impulsionado o crescimento da popularidade das criptomoedas é a falta de controle dos governos com relação a inflação. Nos últimos anos, a economia brasileira tem enfrentado desafios significativos, com a inflação corroendo o poder de compra dos cidadãos e Denise Cinelli, COO e Country Manager da CryptoMarket no Brasil, destaca a importância dessa tendência.
“A Argentina nos mostra um caminho valioso para proteger nossas economias pessoais. As criptomoedas oferecem uma camada extra de segurança contra a inflação e a desvalorização da moeda. No Brasil, com a inflação persistente, é essencial considerarmos todas as ferramentas disponíveis para preservar nosso poder de compra”, disse.
A inflação no Brasil acumulou 3,93% nos últimos 12 meses até maio de 2024, com uma taxa de 2,27% apenas nos primeiros cinco meses do ano. Em contraste, a Argentina tem enfrentado uma inflação mensal de 7% a 10%, resultando em um acumulado de mais de 200% nos últimos 12 meses. Os argentinos têm utilizado amplamente criptomoedas como Bitcoin e USDT para proteger suas economias dessas oscilações econômicas severas.
A executiva cripto explica que as criptomoedas, devido à sua natureza descentralizada e limitada, oferecem uma proteção eficaz contra a inflação: “O Bitcoin, por exemplo, tem um fornecimento máximo de 21 milhões de unidades, o que impede a criação desenfreada de novas moedas e a consequente desvalorização.”
Fonte: CoinTelegraph
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