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Associações de pacientes lançam campanha por participação ativa na regulamentação

Representantes de diversas associações de pacientes de cannabis medicinal em todo o país uniram forças na campanha “Nada sobre nós sem a nossa participação”. A iniciativa visa obter um diálogo direto com a Anvisa e o Ministério da Saúde para discutir a regulamentação das associações.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, as associações destacam a importância da Anvisa na regulamentação e segurança dos produtos de saúde no Brasil, ao mesmo tempo em que criticam a postura da agência diante da indústria farmacêutica.

As entidades ressaltam que em 2003, 430 mil pacientes utilizaram cannabis para fins terapêuticos, predominantemente por meio de produtos importados e que mais de 65 milhões foram gastos pelo Estado devido à judicialização desses produtos.

Além disso, as entidades enfatizam que iniciativas locais que poderiam gerar empregos, pesquisa e riqueza para o país continuam sem regulamentação e, muitas vezes, são negadas pelo Estado.

Margarete Brito, diretora fundadora da APEPI (Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal) explica que o intuito das associações é chamar a atenção do Ministério da Saúde para que eles abram um diálogo com as entidades.

“Hoje desenvolvemos uma espécie de atividade nova no Brasil, que não se enquadra nas regras existentes. As associações fazem cultivo, extração e dispensação para os associados no Brasil inteiro, ou seja, a cadeia completa, da semente ao paciente.”

Margarete salienta ainda: “Nós atendemos no Brasil cerca de 180 mil famílias, desenvolvemos pesquisas, desoneramos o SUS e estamos pedindo para que o Estado deixe de ignorar as nossas existências e criem regras para que possamos continuar a trabalhar com tranquilidade.”

A presidente da AbraRio (Associação Brasileira de acesso à Cannabis Medicinal do Estado do Rio de Janeiro), Marilene Esperança complementa: “Nosso objetivo é chamar a atenção para nosso trabalho enquanto associação para poder mostrar que trabalhamos com responsabilidade e competência e abrir um diálogo para uma regulamentação que possa nos atender.”

Fonte: Cannabis Medicinal
Foto: Divulgação

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